Seu mundo parece apenas desabar quando, deitada na cama de sua casa, Amélia Shepherd se permite apenas chorar. Tudo que um dia já havia tido de interessante com Atticus Lincoln, havia acabado pelo simples fato de que ela havia fracassado novamente n...
-Pode ficar com o Scout hoje?-Amelia pergunta, observando tudo atentamente.- Preciso resolver uma coisa.
-Ele não ia para a escola?- Meredith pergunta, lendo a prancheta, sendo seguida nos corredores pelo hospital.
-Ele ia. Mas...- Amelia se aproxima mais da loira, ficando lado a lado com a sua orelha, a ponto de sussurrar- Entra aqui no almoxarifado.
Elas entram, junto a Scout. na pequena sala, e Amy tranca a porta. Ia ser problema demais se mais alguem visse aquilo.
-Olha isso.- Ela tira o sapato do garoto, mostrando o pé dele para a loira.- Está melhor. A Torres tratou hoje mais cedo. Era uma torção.
-Como ele fez isso?- Meredith pergunta, prestando atenção no ferimento do garoto, e deixando de lado a prancheta.
-Não fiz.- Ele resmunga, recebendo um olhar de desaprovação da mãe, enquanto ela retira a roupa dele.
-Olha o corpo dele. Marcas de tapa. Marcas de unha. Machucados. Se eu mandar ele para escola, vão achar que eu estou espancando meu filho em casa.- Amelia resmunga, ja colocando a roupa do menino de volta por conta da friagem-Enfim, preciso que fique com o Scout hoje. Você estava só de plantão, não estava fazendo nada mesmo... Por favor?
-Primeiro, me conta o que aconteceu.- Meredith resmunga indignada.
-O link...
-O papai me bateu.- O garoto afirma, claramente chateado e interrompendo a mãe.
-Vai fazer um boletim de ocorrencia na delegacia?- A loira pergunta á Amelia, que nega com a cabeça.- Porque não??
-O conselho tutelar vai pegar ele.- Amelia fala, apontando ao filho, enquanto pega ele no colo.-Eu vou... Expulsar ele da minha vida e ele nunca mais vai ter direito de ver o Scout.
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Estava tudo bem. Meredith estava cuidando de Scout. Ele vai ficar bem.
Na casa que Amelia havia acabado de entrar não havia mais ninguem além de Atticus Lincoln, já que todos os moradores haviam decidido trabalhar ou viajar.
-PORQUE VOCÊ ESTÁ BATENDO NO SCOUT???- Amelia grita, entrando na casa, ja assustando o rapaz.
-Eu... Não...
-Ele me contou. Não tenta negar. Ele ta todo machucado.- A mulher resmunga, se aproximando por trás.
Vale destacar que, naquele momento, o odio dominava seu corpo. Como ele pode fazer aquilo??? Como ele pode machucar Scout?? Uma criança pequena e totalmente ingênua. Como ele pode bater e ferir a coisa mais importante que Amelia tinha em sua vida???
Não só ódio dele, quanto odio de si mesma. Como era bobinha. Como permitiu um homem daquele jeito permanecer de baixo do seu teto? Como permitiu que ele os tratasse assim? Como havia permitido que ele voltasse a ter acesso a Scout? Porque havia deixado o garoto sozinho com o rapaz tempo o suficiente para que ele agredisse o filho??
A raiva toma conta do seu corpo, e ela parte para a cozinha, deixando o rapaz na sala.
Na cozinha, ela tinha pensamentos conturbados, pensando em diversas formas de confronta-lo.
Não pensou e nem agiu muito bem. Pegou a primeira coisa que viu. Uma grande garrafa de vidro.
-O que está fazendo?- Ele pergunta, aparecendo na cozinha e se aproximando por tras.
Ela vira com toda a força que tinha no corpo. Sabia que podia causar um traumatismo nele. Ou mesmo mata-lo sem esforço algum.
Bate a garrafa na cabeça do rapaz com uma força que fez com que a garrafa quebrasse.
Ela solta a garrafa no chão quando percebe que o rapaz caiu, manchando o chão de sangue.
A questão agora era outra. Como se livraria disso? De um corpo? Das manchas de sangue?
Começaria pelo mais facil. Pensando rapido, ela retira o tapete da sala, enrolando o corpo do rapaz nele, com certa dificuldade, ja que ele pesava muito pelo seu corpo robusto.
-Você teve o que mereceu.-Ela resmunga, arrastando o tapete até a garagem
Não havia sido dificil esconder o corpo no porta mala de seu carro. Era espaçoso. Tinha espaço suficiente para esconder um corpo de um homem morto que foi atacado por uma garrafa de vidro.
Quanto ao tapete? Diria que o manchou de vinho. Também diria que tentou tirar a mancha e acabou piorando. Então, por fim, diria que havia jogado o tapete fora.
Uma tarefa ja foi. Agora só faltavam duas. Precisava limpar o chão da casa e se livrar de vez do corpo
