Capitulo 56

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Faz exatamente três meses que estou nas mãos de Nick

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Faz exatamente três meses que estou nas mãos de Nick. Três meses presa em sua propriedade, servindo como namorada troféu, como um suprimento de prazer que ele tem em seu quarto, em sua cama. Eu o amo, mas como posso amar alguém que me obriga está ao seu lado? Isso de fato é amor ou obsessão? Fiquei assustada quando descobri quem ele realmente era, por isso tive tanto medo de permanecer ao seu lado, em sua vida. Prezo pela minha vida, afinal eu não a arriscaria me relacionando com alguém que comanda uma organização de ilegalidade, não é essa vida que eu escolhi.

Suas ameaças, manipulações, ordens, me deixam confusa com meus sentimentos. No início eu jamais pensei que o teria, que me apaixonaria por Nick Ross, que teria um romance com ele. Mas não me preparei o suficiente para algum dia acabasse me decepcionando. Nick não aceitou o fim do namoro, não aceitou a minha escolha e com isso me sequestrou, me obrigando a ficar com ele por bem ou por mal. Tento aceitar essa nova vida, mas sempre que percebo nas circunstâncias que me trouxeram para cá me deixa infeliz, estou infeliz com a minha própria vida.

Estou grávida, essa gestação deveria está sendo perfeita, afinal é a minha primeira gravidez. Para Nick esse relacionamento é  normal para ele, em sua cabeça deva ser já que está acostumado a fazer tudo o que deseja, não duvido já que ele me sequestrou e ao menos a policia chegou próximo a sua propriedade. Mas por que chegaria? Não tenho conhecidos lá fora, as únicas mais próximas de mim estão mantidas presas em algum lugar de Costa Rica, onde ele não ousa me dizer. Seguimos vivendo uma convivência tensa e intensa, muitas vezes me pegava o admirando, vendo-o com Erick no jardim, outras era dominada pela frustração de raiva em me manter presa aqui, embaixo do seu teto.

Meus dias eram menos tediosos ao lado de Erick e na presença de Bianca, ela sempre aparecia na propriedade para me acompanhar as consultas do pré-natal, isso porque pedi para Nick na base da manipulação através do sexo. Mesmo relutante com meu pedido ele aceitou, mas com condições de vários seguranças me vigiarem, ironia que o grande rei do submundo teria insegurança com uma mulher grávida.

— E o chá de fraldas? Não vai fazer?
— Bianca, eu só tenho você e dona Carolina mais próximas de mim. Que graça teria?
— Ah! É verdade.
— E além do mais pedir algo para Nick sobre dona Carolina está fora de questão, isso ele já deixou bem claro.
— Kami, você não acha estranho ele não te deixar vê-la.
— Não me lembre disso, todas as paranoias já esgotaram minha mente, todas elas me levam na possibilidade dela está morta.
— Mas não faz sentido ele matá-la, ela não fez nada, assim como eu também não fiz.
— Questioná-lo só irá aborrece-lo e não é isso que eu quero.

Bianca olha para mim com ternura, seus olhos descem para minha barriga e contempla arqueando suas mãos e levando até o ventre já avantajado.

— Esse bebê vai ser um incentivo de mudá-lo, você acredita nisso?
— Não, ele muda se realmente quiser, Bianca.
— Eu acredito na mudança dele, deveria acreditar já que mesmo assim, o ama.
— Ele não merece o sentimento que sinto por ele, estou há meses presa, ele me sequestrou!
— Correção, ele nos sequestrou, me obriga a conviver com um insuportável.
— Sobre esse insuportável, como ele se chama?
— Um tal de Viktor González, o chamo de tinhoso.
— Por que esse apelido?
— Porque ele dificulta a minha vida, ainda mais quando me levou para a propriedade dele.
— Mas ele é bonito?
— O infeliz é uma tentação, eu daria pra ele se não fosse o braço direito do seu namorado.
— Tem algo que não se encaixa.
— O quê?
— Ele deixar te ver, mas dona Carolina não, isso não bate.
— Não mesmo.
— Eu penso que tenha acontecido o pior e que ele não tenha coragem de me contar.
— Kami, para de criar paranoias, não faz bem a você.
— Eu não consigo, me entende Bianca, é de dona Carolina que estamos falando, ela cuidou de mim de quando eu mais precisei.
— Eu sei, mas acredito que ela esteja bem, talvez ele esteja querendo isso, que você permaneça aflita sem saber dela.
— Sim, eu também penso nessa questão doentia.
— Então pronto, pare de pensar tanto, isso fará mal ao bebê.

Rei do Submundo - (CONCLUÍDO)+18Onde as histórias ganham vida. Descobre agora