Capítulo 44

3.1K 343 208
                                    

~♪Hannah  ~♪

Não permiti que a declaração de Lucien fosse absorvida.
Alice, no entanto, se virou para ele.

— Ela não é tal coisa — disse minha irmã, e o empurrou de novo. — e não chegue perto dela, você, é inimigo da minha senhora, raios. -ela rosnou.

Lucien não se moveu um centímetro. O rosto estava pálido como a morte enquanto encarava Pietra. Minha irmã não disse nada, ela hora me encarava e hora o encarava.

Céus, Hannah, será que minha irmã está ferida?.

Podia ouvir os pensamentos preocupados e desesperados de todas em relação a mim e soluce, elas não me odeiam, não me odeiam.

O rei de Hybern murmurou.

— Interessante. Muito interessante. — Ele se virou para as rainhas. — Estão vendo?
Mostrei não uma, mas duas vezes que é seguro. Quem gostaria de ser Feita primeiro?
Talvez consiga um senhor feérico bonitão como parceiro também.

A rainha mais nova deu um passo adiante, os olhos chegaram a percorrer os homens feéricos reunidos. Como se pudesse escolher entre eles.

O rei gargalhou.

— Muito bem, então.

Ódio percorreu meu corpo, tão violento que não o controlei, e não havia nenhuma canção em meu coração além do grito de guerra do ódio. Eu os mataria. Eu mataria todos eles...

— Se está disposto a oferecer barganhas — disse Rhys subitamente, ficando de pé e me puxando consigo —, talvez eu faça uma.

— Ahn?.

Rhys deu de ombros.

Não. Bastava de acordos, bastava de sacrifícios. Bastava de ele se entregar, pouco a pouco.
Bastava.

E se o rei se recusasse, se não houvesse nada a fazer a não ser observar meus amigos morrerem...
Eu não podia aceitar aquilo. Não podia suportar... não aquilo.
E por Rhys, pela família que eu tinha encontrado... Eles nunca haviam precisado de mim, não de verdade. Apenas para anular o Caldeirão.

Eu tinha fracassado com eles. Assim como fracassara com minhas irmãs cujas vidas eu agora destruíra...
Pensei naquele anel me esperando em casa.  Pensei em Pietra, se Lucien sequer a deixasse partir.

Pensei em todas as coisas que queria pintar... e que jamais pintaria.

Mas por eles... por minha família, tanto a de sangue quanto a que escolhi, por meu parceiro... A ideia que me atingiu não pareceu tão assustadora.
Então, não tive medo.

Caí de joelho com um espasmo, segurando a cabeça enquanto trincava os dentes e soluçava, soluçava e ofegava, puxando os cabelos...

O punho daquele feitiço não teve tempo de me pegar de novo quando explodi além dele.

Rhys estendeu o braço para mim, mas liberei meu poder, um clarão daquele branco, luz pura, tudo que conseguiu escapar da represa do feitiço do rei. Um clarão de luz que era apenas para Rhys, apenas por causa de Rhys. Eu esperava que ele entendesse.

O poder irrompeu pelo salão, e a força reunida sibilou e recuou.
Até mesmo Rhys congelou, o rei e as rainhas ficaram boquiabertos. Minhas irmãs e Lucien tinham se virado também.

Mas ali, bem no fundo da luz da Corte Diurna... eu vi. Um poder nítido e purificador. Quebradora da Maldição, quebradora de feitiço.

Rainha de chamas, escuridão antiga, e também luz.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora