Capítulo 41

4K 377 111
                                    

~ Hannah  ~♪

Eu jamais usara tanto aço. Lâminas foram presas por todo o meu corpo, escondidas nas botas, nos meus bolsos internos. E ainda tinha a espada illyriana em minhas costas.

Apenas algumas horas antes, eu sentira uma felicidade tão sobrepujante depois de tanto horror e tristeza. Apenas algumas horas antes, eu estivera nos braços de Rhys enquanto ele fazia amor comigo.

E agora, Rhysand, meu parceiro e Grão-Senhor e igual, estava ao meu lado no vestíbulo, com Mor, Azriel e Cassian armados e prontos nas armaduras semelhantes a escamas, todos nós calados.

— O rei de Hybern é velho, Rhys, muito velho. Não se demore — dizia Amren.

— deixa eu pegar aquela mocreia pra tu ver. -disse Balyo surgindo com luvas de boxe.

Eu ri baixo o vendo sumir.

Uma voz perto de meu peito sussurrou: Oi, linda e travessa mentirosa.

As duas metades do Livro dos Sopros, cada uma enfiada em um bolso diferente. Em uma delas, o feitiço que eu deveria dizer havia sido nitidamente escrito. Não ousei pronunciá-lo, embora o tivesse lido dezenas de vezes.

— Entraremos e sairemos antes que dê por nossa falta — disse Rhys. — Guarde bem Velaris.

Amren observou minhas mãos enluvadas e minhas armas.

— Aquele Caldeirão — disse ela — faz o Livro parecer inofensivo. Se o feitiço falhar, ou se não conseguirem movê-lo, então, fujam. — Assenti. Ela nos observou de novo. — Voem bem.

Supus que esse fosse o máximo de preocupação que Amren mostraria.

Balyo surgiu.

— gente que babado, vamos entrar lá dentro que nem a pantera cor de rosa!. -disse ele fazendo cara de mistério.

Ele surgiu ao lado de azriel, Balyo estava completamente vestido de preto, com uma máscara que revelava apenas seus olhos.

— vamos ser sigilosos não é azrielzinho?. -ele disse do lado do espião.

Azriel ficou calado mas vi que ele segurava a risada assim como todos ali.

— entendi, seja uma sussurro no vento. -ele sussurrou.

Eu ri.

— Baly, preste atenção. -pedi.

Ele surgiu em minha frente, sem aquelas roupas, apenas a minha raposa.

— Não quero que apareça lá, não quero que ninguém saiba de você, entendeu? Você é que mantém a minha sanidade, e virou meu melhor amigo, não quero que façam alguma coisa ruim com você, já estou com uma lista bem cheia de pessoas que quero matar não me importaria em acrescentar o rei se caso ele te visse. -falei.

Ele assentiu.

— Só apareço quando você pedir. -disse ele fazendo patente de soldado.

— ótimo. -sorri acariciando suas orelhas.

— boa sorte, minha laranjinha. -ele beijou minha bochecha antes de sumir.

Eu suspirei.

Nós nos viramos para Mor, cujos braços estavam estendidos, esperando por mim.

Cassian e Rhys atravessariam com Azriel, meu parceiro seria deixado alguns metros fora da costa, antes que os illyrianos encontrassem Mor e eu segundos depois.

Eu me movi na direção dela, mas Rhys se colocou na minha frente, o rosto tenso.
Fiquei nas pontas dos pés e o beijei.

— Ficarei bem, todos ficaremos bem.

Corte de Sonhos e EstrelasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora