Capítulo 03 - Seu corpo parece um parque de diversões

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– Lucas, como você conseguiu minhas medidas? A roupa ficou perfeita!

– Eu tive que observar um pouco suas curvas, enquanto te despia. Preciso admitir que se não estivesse preocupado com seu estado, essa tarefa teria sido mais divertida.

– Você também dormiu comigo, na mesma cama, e me deu banho hoje pela manhã, certo?

– Sim, mas me comportei. Estava apenas protegendo e mimando uma menina que precisava de cuidados e carinho, em nome dos velhos tempos. – Sorri para Júlia que ficou vermelha, muito tímida minha pequena. Esse seria o momento ideal para você me surpreender pulando no meu pescoço, e me oferecendo seus lábios. – Júlia, por favor, só não me faça ter que despi-la e te dar banho novamente sem poder tocá-la. Você é encantadora e deliciosa! Foi com certeza uma das tarefas mais difíceis que já tive que executar. – Júlia bateu de leve no meu ombro, e eu brincando, fingi sentir dor, fazendo uma careta. Ela ri. assim que eu queria vê-la todas as manhãs, sorrindo e feliz.

– Seu babaca, se bem me lembro, já dormimos muitas noites juntos e perdi a conta dos banhos.

– Não se compara, éramos duas crianças inocentes. Você tinha dez anos, Júlia, seu corpo não era esse parque de diversões todo.

– Parque de diversões??? Lucas, eu não conhecia esse seu lado sexy e pervertido, tenho que me preocupar? – Diga que sim, diga que sim, por favor, fiz uma oração silenciosa.

– Toda mulher deve se preocupar em ficar sozinha e nua na frente de um homem que ela não queira igualmente nessas condições, Júlia. Não fique preocupada comigo, não faço nada que não seja consensual e, além do mais, gosto das minhas mulheres conscientes, ativas e não drogadas. – Me aproximei de Júlia e a abracei, minhas mãos percorreram sua coluna. Quando me distanciei, acariciei seu rosto, ela baixou os olhos e suspirou. – Vamos, você tem que aparecer no escritório antes que os seguranças tenham que acalmar um Thomas querendo invadir nosso quarto. – Consegui desviar o assunto. O que ela pensava de mim? Jamais seria capaz de fazer algo que não fosse lhe dar muito prazer, ou contra sua vontade. Isso me deixou confuso, talvez fosse melhor não ficar falando essas coisas antes de ter certeza da possibilidade de uma chance.

– Vamos, Lucas. – Queria que aquele momento com ele, durasse para sempre.

*****

Entramos no elevador e fomos direto para o escritório. Thomas já estava na recepção aguardando Júlia, inquieto. Abri a porta da sala dela, e apontei para que entrassem, apertei a mão dele num aceno de bom dia, dei um beijo na testa da minha pequena e comuniquei que estaria na minha, caso ela precisasse de mim. Daria um espaço para que pudessem conversar a sós, pois, pelo que percebi, eles realmente eram amigos há algum tempo e eu precisava pensar e analisar tudo o que aconteceu, bem como tomar algumas providências.

*****

Olhando pela janela da sala, observando os carros lá embaixo, repassei todos os acontecimentos da noite anterior. Liguei para minha assistente e pedi que localizasse Jony, meu amigo e o melhor investigador que conheço.

– Coloque-me numa conferência com ele o mais rápido possível, pois preciso convencê-lo a pegar um voo hoje à tarde. Quero-o na minha sala amanhã pela manhã. – Eu ainda estava ao telefone, quando Júlia bateu na porta e entrou.

– Vamos almoçar? Papai já está no segundo drink.

– Claro, como você está se sentindo e como foi com o Thomas?

– Lucas, o Thomas é um bom amigo, gostaria que vocês dois tivessem tido um começo diferente, facilitaria muito as coisas para mim. Ele está chateado com você por não o deixar ficar ontem e ajudar a cuidar de mim.

Para amar e proteger - Minha pequena, Grande MulherOnde as histórias ganham vida. Descobre agora