Invasão

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Meus olhos brilharam na mesma hora, não sei se contei, mas Ártemis sempre foi minha deusa favorita. Foi um sentimento de felicidade misturado com medo que surgiu ao lembrar das suas histórias. Bom, Ártemis era muito conhecida por odiar homens.

- Meu nome é Arte. – falei sem jeito enquanto olhava para ela meio receoso com medo de usar alguma palavra errado e ela me transformar em um javali.

- É muito bom ver você novamente tia. – Asclépio falava para Ártemis mas deu para perceber que mesmo ele estava com medo.

- Eu sei Arte, eu que escolhi seu nome. – ela dizia em meio a um sorriso de quem nunca sorriu para um homem, mas era um sorriso sincero e ao mesmo tempo muito bonito, as palavras saiam tímidas enquanto ela falava, como se já me conhecesse - Asclépio, eu estou dando permissão para o Arte poder dormir no meu chalé por quanto tempo for necessário, ou até quando ele quiser.

Por um momento eu pensei – "Ela é minha mãe? " E por esse momento eu fiquei feliz, afinal fazia até sentido, uma deusa que não tinha feito uma promessa muito tempo atrás, combinava perfeitamente com Ártemis, mas novamente, Ártemis odiava homens. Todavia, meus olhos brilharam ao escutar as palavras dela.

Asclépio deu um sorriso enquanto ouvia as palavras dela como se soubesse de alguma coisa que eu ainda não sabia.

- Eu vou avisar as ninfas para limparem o chalé antes de você ir para ele Senhor Arte. Vou deixar vocês conversando! – ele deu um sorriso saindo local.

Ártemis olhava para ele meio que com medo, como se falasse para não deixar ela sozinha como se não fosse boa palavras. Sim, sempre fui muito bom em analisar expressões, algumas semanas eu descobri que era só uma habilidade da minha progenitora divina.

Ártemis usava uma roupa acinzentada, era ornamentada com algumas partes prateadas, uma calça cinza com botas escuras que iam até um pouco abaixo do joelho, uma blusa de manga comprida no lado esquerdo e sem manga no lado direito, usando uma luva na mão direita provavelmente onde puxava as flechas no seu arco. Parecia que acabava de sair de uma caçada, era realmente linda como a luz da Lua refletia em seu rosto.

- Então você conhece minha mãe? – perguntei como se não quisesse nada. Admito que por dentro faltava eu pular de alegria, afinal meio que fui reconhecido pela minha deusa favorita.

- Tem tanta coisa que eu queria poder conversar com você agora Arte... – ela dizia com um pesar em seu rosto, mesmo na aparência aparentando ter minha idade, eu sentia como se ela me conhecesse a muito tempo.

- Entendo, ninguém pode falar nada. – falei revirando os olhos, aquela situação já estava chata – Desculpa a grosseria, mas qual sua relação comigo?

Pude ver ela apertando o punho como se quisesse falar mas não pudesse. Ela veio na minha direção e se sentou do meu lado.

- Um dia vamos ter essa conversa de novo e eu vou poder falar tudo que você quiser! Até lá o que posso dizer é que, eu sempre vou estar com você! – ela disse em um sorriso reconfortante – Por favor aceite isso!

Das suas mãos, surgiu um colar de prata delicado. Era bonito com pouco ornamento parecia brilhar mais agora com o luar, tinha um pingente nele de arco e flecha também em prata. Ela olhou para mim e eu aceitei o presente com a cabeça. Ela colocou o colar envolta do meu pescoço e deu um sorriso aliviado por eu aceitar ele.

- Foi muito bom te ver novamente Arte... não será nosso último encontro. E não caia no papo furado do Apolo se você por acaso ver ele. – ela falava com um sorriso que sumiu ao mencionar o irmão.

O Filho De Nix - Arte (Percy Jackson)Where stories live. Discover now