Ártemis

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Quando acordei escutei duas vozes mais abaixo. Abri meus olhos para reparar que já era noite quando vi Olívia enfaixada e Gean com a cabeça enfaixada idem. Eles olharam para mim quando viram que eu acordei. Gean deu um sorriso, Olívia nem tanto, mas eu sentia que eles estavam felizes em me ver acordando.

- Finalmente você acordou cara! – Gean falou sorrindo enquanto olhava para mim – Você ficou apagado por uns bons dias... dez se não me engano!

- Para de falar desse jeito, ele acabou de acordar mal deve entender o que está acontecendo... – Olívia dizia brava para o loiro.

- Está tudo bem! – disse com dificuldade enquanto me sentava com esforço – Vocês estão bens?

- Sim, graças a você! Você salvou a gente! – ele falava com animação enquanto gesticulava animado.

- Obrigada Arte, você salvou eu e meu filho. Eu te devo minha vida! – ela dizia com uma voz rouca como se tivesse chorado por muito tempo, parecia que estava segurando o choro agora.

- Desculpa não conseguir salvar o Leo. – disse me sentindo culpado por ter metido eles naquele problema – Espera, você disse filho?

- Sim, eu estou gravida a gente tinha descoberto no meio da missão. – ela dizia rindo da minha cara de espanto – E não se preocupe quanto ao Leo. Nós sabíamos no que estávamos nos metendo, ele morreu como um guerreiro. Tenho certeza que ele está muito agradecido por você terminar a última missão dele.

- Obrigado pelas palavras de apoio, eu juro que vou me vingar por ele! Se pelo menos aquele raio tivesse aparecido antes... – falei cerrando os punhos com raiva.

Estávamos todos usando roupa da enfermaria branca e azul meio escuro, quando eu falei de vingança eles se entreolharam e depois me olharam surpresos de novo quando falei de raio.

- Bom, Arte com raio você quis dizer aquela onda massiva de energia que saiu do seu braço? – o filho de Apolo me olhava curioso.

- Sim, aliás, não estou reclamando, mas vocês não falaram que só quando eu fizesse dezessete anos eu teria meus "poderes" liberado? – falei fazendo aspas com a mão olhando para eles.

- Acredito que sua mãe viu que você estava passando por problemas e resolveu te ajudar com liberando um pouco deles para você, mais cedo no caso para você não morrer. – dizia Olívia enquanto me olhava e balançava a cabeça tendo quase certeza do que a mesma dizia.

- Então, meu parente divino, é minha mãe? Vocês sabem quem ela é? E ela só liberou um pouco? – dizia me lembrando do sonho que eu tive enquanto estava morto, será que era minha mãe?

- Sim, mas não podemos te contar quem ela é até ela reclamar você como filho dela. E sim, ela provavelmente vai liberar todo o seu poder interno quando ela te reclamar. Até por que ela sabe que se liberasse muitas mais criaturas iriam atrás de você para te matar naquele momento. – o loiro falou no mesmo nível de intelecto que a Olívia, o pensamento deles eram sincronizados, devia ser pelo fato de anos de convivência juntos.

- Vocês falaram outro dia no ônibus que os poderes de vocês sempre estiveram liberto desde o início, por que comigo eles foram selados até determinada data? – falei confuso enquanto olhava para eles, estava começando a entender como as coisas funcionavam.

- Acredite, já vimos outros dois casos como você, mas por tempo muito menor, até os dez anos se não me engano... acredito que só sua mãe para te contar. – o loiro falava tentando buscar as melhores palavras para explicar aquela situação inexplicável.

- E ai, acho que você está com fome, toma um pouco disso aqui e depois vamos para fora. – Olívia me entregava um copo com canudo com o que parecia suco de maça.

O Filho De Nix - Arte (Percy Jackson)Där berättelser lever. Upptäck nu