Asteroide

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Ou pelo menos pensei que tinha morrido...

Na cabeça eu ouvia as vozes de uma mulher novamente. Uma voz doce e incrivelmente relaxante que me guiava no meio da escuridão. Comecei a seguir a voz em meio a escuridão. E foi seguindo a voz que dizia palavras reconfortantes eu pude sentir um abraço. Claramente uma mulher me abraçava, mas eu não conseguia ver nada.

- Não é sua hora... você tem muito que lutar! E eu estarei sempre com você! Já é 18 horas...

A voz se distanciava e ia embora na mesma velocidade que tinha chegado. Eu olhava para frente, e agora eu me encarava. Era realmente eu, sem roupas na minha frente. Quando eu me mexia aquele na minha frente se mexia igual a minha pessoa. Podia ser simplesmente um espelho na minha própria mente...

Ou só uma representação do meu eu que estava mudando. Uma leve aura e emergia do meu corpo junto de uma nevoa acinzentada. Meus olhos mudavam de cor para um tom de roxo com lilás, meu corpo criava forma como se eu fizesse academia. Meu cabelo permanecia ondulado e escuro como a noite, mas agora se movimentava junto com a aura cinza como a nevoa que emergia do meu corpo.

- Esse é meu novo eu?

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Acordei da minha própria mente, cuspindo sangue e olhando para frente com uma enorme dor no peito. Ainda tinha uma enorme lança fincada que me prendia junto a arvore. Podia ver pelo céu que ao menos já tinha se passado 30 minutos depois da meia noite. Olhei para meu braço que antes queimado, agora sem nenhum arranhão. Meu braço esquerdo que estava deslocado, agora estava no lugar e parecia melhor do nunca.

Na minha frente: Leo morto com um buraco enorme no peito me encarando com os olhos abertos, Olívia desmaiada e ofegante com febre devido a ferida em seu corpo e Gean inconsciente a 10 metros de distância. E, indo em direção ao corpo do Leo, um monstro. Uma criatura de 3 metros de altura, grande e gorda segurando uma arvore em sua mão.

- EI! – gritei – Não ouse encostar nele seu puto!

Falei a última parte ofegante ao sentir dor. Ainda tinha uma lança me perfurando. E no meu grito, o monstro olhou na minha direção com seu único olho.

- Um ciclope? Espera...

Aquele ciclope já estava morto. O buraco onde deveria ficar seu olho foi arrancado. Apenas uma orbita vazia com uma cor levemente roxa pairava. Eu conseguia ver também da onde surgia a energia que o mantinha em pé mesmo agora morto. Ele estava sendo controlado, com certeza veio buscar os corpos na intenção de confirmar a morte ou terminar o trabalho.

Comecei a andar fazendo força para frente. Meu peito aparentemente tinha se regenerado também envolta da lança, fazendo a carne ficar presa no bronze, agora eu tinha que arrancar aquilo usando força e rasgando o resto do meu peito, enquanto eu andava para frente cuspindo sangue.

O monstro enfeitiçado parte na minha direção antes de eu conseguir me soltar. Ele precisou dar apenas três passos para chegar em mim levantando seu bastão para me acertar, foi no último segundo que eu consegui me desgrudar daquela lança e me jogar no chão antes que fosse atingido pela arvore que ele segurava.

Tive um pequeno vislumbre do céu para checar e ver cinco harpias, criaturas voadoras parte mulher e parte pássaro. Peguei a espada que estava no chão e comecei a correr para mais perto das arvores grandes. Eu conseguia ver que as Harpias estavam sendo controladas também, elas avançam na minha direção enquanto o ciclope tenta disferir outro ataque. Dei alguns passos para trás apenas para ver ele acertando três harpias.

Ainda sim duas harpias vieram na minha direção, balancei a espada contra elas, a qual elas nem precisaram desviar e passaram por mim cortando meu braço e rosto com suas garras. Enquanto uma tentava passar, lhe segurei pela perna e bati ela contra o chão e finquei a espada contra sua cabeça no chão. Ela se transformou em areia.

O Filho De Nix - Arte (Percy Jackson)Where stories live. Discover now