Capítulo Doze - Apenas uma Fé

11 0 0
                                    

A flecha dourada continuava apontada para Proteu, mas o deus se recusava a reconhecer o poder do Cavaleiro de Sagitário. De alguma forma Aiolos e seu imenso poder haviam sido abençoados com alguma força estrangeira ao domínio do Santuário e mesmo sem querer reconhecer esse grandioso poder como uma ameaça, Proteu se intrigava.

"Que poder é esse? Ele estava no chão prestes a ser morto por mim. E agora seus olhos brilham como a mais intensa luz dourada que emana do sol. Será que outro deus tem alguma coisa haver com essa força?"

Proteu olhava para Aiolos em uma mistura de ódio, rancor e medo – mesmo que não quisesse reconhecer.

"Mas isso não importa agora! Essa luta já chegou longe demais. Nenhum mortal pode se sobressair a um deus. E isso é uma regra inquebrável". Proteu elevou seu cosmo. E como se tivesse lutando com alguém do nível de um deus atacou.

Rebanho dos Mares!

Do outro lado Aiolos – cujo cosmo emanava como cosmo de uma grande estrela – atirou a flecha dourada que disparou de forma linear conduzindo toda sua fúria e poder. A flecha rasgou o espaço entre os dois e atingiu a força esmagadora dos cavalos marinhos de Proteu. A colisão entre os dois poderes desencadeou uma onda forte de poder e energia. De um lado os cavalos marinhos se unindo como uma grande força destruidora das profundezas, do outro, a fecha dourada que sozinha fazia contraponto ao poder divino.

Maldito Cavaleiro! Não importa o que você faça e de onde vem o seu poder, eu não vou ser vencido por um homem... por um mortal! O cosmo de Proteu expandiu e sua fúria gerou mais poder aumentando o volume do ataque. Nem que para isso terei que usar todo meu poder! Os cavalos marinhos ficaram ainda maiores e avançaram ainda mais agressivos.

Do outro lado, Aiolos refletia: "Que poder incrível. De fato ele é um deus. Mas, por algum motivo eu não tenho medo dele... não posso ter medo quando tanta coisa está em jogo." A fecha com poder dourado do Cavaleiro parecia não deixar se sobrepor ao poder de Proteu, e de forma contínua avançou. Proteu, impactado com a situação, não deixou de exclamar:

Não pode ser! Como que alguém como ele pode resistir tanto?!

A flecha avançou. E seu poder exterminou os cavalos marinhos de Proteu, avançando até atingi-lo e transpassar o corpo do deus que ao vê-la traspassar seu corpo gritou:

Agh! Com o impacto o rosto voltou-se para cima e os braços se abriram. Não. Impossível. Mesmo eu não trajando minha armadura e sem está com meu corpo real, um mortal não poderia ter conseguido esse feito.

Atrás de Aiolos – ainda protegendo Jagur – a figura masculina, olhando para Proteu pronunciou: Saia!

Do outro lado, olhando para Aiolos, Proteu – com muita dificuldade – finaliza:

Sagitário... você é um guerreiro diferente dos outros... mas se eu tivesse com minha ar..armadura... Proteu deixou de possuir o corpo de Fahad, a pupila voltou ao normal como de um humano, não mais dilatada com nos olhos dos deuses. De uma hora para outra, o poder que envolvia Fahad deixou de lhe cobrir e sem a presença de Proteu, e até de próprio Fahad, o corpo agora sem vida cai no chão.

O homem com as vestes brancas olhou para Jagur e sorriu de forma discreta. Em seguida, desapareceu o deixando sozinho. Akala, o vendo desaparecer, também rir com satisfação e alívio. Não precisava de palavras para entender o que havia acontecido.

Hum... Gabriel...

Jagur lentamente se aproxima de Aiolos. E olhando o corpo sem vida de Fahad, o questiona: Ele realmente está morto? Aiolos se incomoda em o garoto ver aquilo:

Crônicas do Zodíaco - Anjo DouradoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora