– Proteu?! Então, esse é o nome do deus que você serve?
– Hum... hum... hum... tanto tempo esperando neste fim de mundo, e o vaso com o selo estava nas raízes da árvore dos cristãos. Ironia dos deuses não acha, Cavaleiro?
Aiolos permanecia quieto. Um vaso com o selo de Atena não era algo que ele esperava encontrar na região de Salem. O mero conflito que ele, sem nem entender muito, se intrometeu havia se revelado uma grande ameaça não só aquela região, mas também ao próprio Santuário.
– Fahad. Me entrega o vaso... seja lá o que tiver aí dentro, não pode ser despertado.
Fahad riu, e foi um riso bem debochado; depois provocou: – Então, porque é que você não vem tirá-lo de mim? Está com medo que eu derrube antes?
– Só vou falar mais uma vez! Me entregue o vaso!
De forma firme ele respondeu: – Não! – Sem muito esforço, o gongorviniano rompeu o lacre do selo e antes que o Cavaleiro pudesse reagir, uma energia de aspecto sobrenatural se expandiu para fora do vaso. A rajada de vento obrigou Aiolos a proteger os olhos, bloqueando sua visão.
Alguns segundos se passaram e os ventos se tornaram brisas até desaparecer por completo. Aiolos voltou novamente os olhos para Fahad, mas algo nele estava diferente. O vaso agora estava caído no chão, a tampa de um lado e o recipiente do outro. Mas o que chamava a atenção do Cavaleiro era o próprio Fahad que permanecia parado ainda mais ameaçador que antes.
– Finalmente. Depois de tanto de tempo. Livre!
– O quê?! – Os olhos de Fahad estavam com as pupilas dilatadas, o corpo firme como um monumento e o cosmo nem por um instante podia se comparar com o cosmo singelo de minutos atrás. – Fahad renda-se! Ou, em nome do Santuário, o matarei agora mesmo!
Fahad ainda distraído com sigo mesmo notou a presença de Aiolos, logo em sua frente: – Fahad? Por que se refere a mim com esse nome? Espere... essa armadura. Ela brilha como ouro, o antigo ouro das eras mitológicas. Maldito Peixes! Veio outra vez tentar me deter? Não, há algo diferente, a Armadura de Peixes não é essa, não tem asas. E o homem que a trajava tinha outro semblante.
– Fahad!
– Mas ainda é um Cavaleiro...
Aiolos em alerta, tentava se convencer de que aquele homem ainda era o líder dos gongorvinianos. Porém, não parecia ser uma tarefa possível. – "Os olhos dele mudaram. Nem parece ser a mesma pessoa de antes".
– Um Cavaleiro de Atena testemunha o meu despertar.
– Então, é verdade. O espírito de Fahad não domina mais seu corpo, agora seu corpo é receptáculo de... Proteu.
– Exatamente. Proteu. Eu! O deus pastor dos mares. E servo leal do senhor Poseidon.
Aiolos enrugou o rosto. Sabia que apesar de nunca ter tido contato com Proteu, quando ouviu que ele era servo leal de Poseidon sabia que não era um simples inimigo.
– Agora, se me permite, devo sair e ir atrás do meu senhor. – Proteu se moveu mas foi brevemente interrompido por Aiolos.
– Não! – O rosto de Proteu voltou para o Cavaleiro.
– O quê?! Como assim: "não!".
– Então esse é seu plano? Trazer Poseidon de volta.
– Mas é claro. Ele deve reinar sobre esse mundo e sobre os humanos.
– Proteu! Eu, Aiolos de Sagitário, Cavaleiro de Ouro do exército de Atena. Não posso deixar que um servo que Poseidon possa sair por Ateia com a missão de despertar o deus dos mares.
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Crônicas do Zodíaco - Anjo Dourado
ActionAiolos caminha pela floresta com sua Urna Sagrada até que ele encontra um menino desfalecido em uma ravina. Ele descobre que a vila do garoto foi dominada por um povo estrangeiro. Desconfiado ele vai até a vila do garoto e recebe a missão de caçar c...