– Sim? — pisca seus olhos azuis, as sobrancelhas arqueadas levemente.

— Se seu cio está chegando, não passe com Luke. Fique sozinho, se necessário, mas não...Tente reforçar isso. — ele alerta, Louis assentindo sério por tamanha seriedade vindo de alguém tão alegre.

Ele ficou pensativo, o estômago revirando em ansiedade.

Gelado, de um jeito ruim.

Um sentimento que ele tentava camuflar durante as duas semanas.

Medo.

Ele se sentou na sala de aula ainda vazia, o celular em mãos com os dedos trêmulos, a tela brilhou com a mensagem do pai do seu filhote.

Seu amor.

Harry

Comprei os balões e encomendei o bolo. Precisa de mais alguma coisa? Perdi minha lista...

H.

Louis

Eu cuido do resto, fique tranquilo. Obrigado, Harry.

-x-

Louis não se sentia tão a vontade em casa quanto antes. Na verdade, ele sentia que aquela não era sua casa.

Apenas o remetia a uma marca dolorosa, irritante e que o deixava louco se não tivesse nada para se distrair.

O ômega estava cortando cenouras para Henry, o filhote que estava deitado no tapete enquanto assistia algum filme.

Luke chegou cerca de cinco minutos depois, se aproximando de Louis devagar, o ômega sentiu seu cheiro, então rapidamente mostrou suas presas ao meia raça.

Louis estava assim há dias, arisco e irritadiço perto do alfa. Dormia apenas com o filhote e evitava falar com Luke, já que a única coisa que o mesmo conversava era sobre a maldita marca e como deveria tentar mordê-lo novamente para selar.

Louis sentia como se pudesse chorar ou arrancar o olho do alfa em um mesmo sentimento.

— Hey, cheguei. — Luke tenta sorrir, tocando a cintura do ômega, Louis se esquiva do toque, terminando de picar a cenoura. — Louis, fale comigo.

— Não, Luke. — ele rosna, jogando os cubos de cenoura na vasilha.

Ele desvia do alfa, levando as cenouras para o filhote esparramado no tapete.

— Aqui, baby. — ele sorri, limpando o suor brotando na testa.

— Louis. — o alfa surge na sala, mantendo certa distância do menor. — Nós-

— Não. — ele franze as sobrancelhas, o pescoço exposto pela falta do lenço.

O único lugar onde ele deixava a pele respirar.

Ou as gotículas de sangue se acumularem livremente, sem sujar o tecido.

— Por favor, me deixe tentar. — o alfa suplica, os braços soltos na lateral do corpo.

Louis o ignora, se dirigindo ao quarto do casal para pegar seu celular, Luke o seguiu, fazendo o ômega bufar irritado.

— Lou. — ele rosna, encostando a porta do quarto. — Nós podemos consertar isso, ok? Me deixe ver. — ele se aproxima, Louis com os olhos apertados em direção ao alfa, as mãos fechadas em punho e suas presas prontas para fincar em algo.

Five Years After You  - LS | ABO Where stories live. Discover now