— Desculpe, não costumo receber conselhos de estranhos. — lhe dou as costas, não havia uma janela se quer. — Como sabe o meu nome? — viro confusa, em nenhum momento eu havia lhe dito.

— Sua amiga me disse da última vez que nos vimos. — ele levanta-se se aproximando e eu ergo o meu queixo, por mais que estivesse de salto, ainda assim ele era mais alto do que eu. — Magnus Venturine. — ele estendi a mão e eu apenas ergo a sobrancelha.

— Poderia abrir a porta agora Magnus? — aponto para a mesma.

— Ainda não. — ele caminha pelo quarto me fazendo querer acertar meu salto em suas costas. Ele abre uma gaveta e tira um objeto que não faço a menor idéia do que seja. — Sabe o que é isso? — nego. — Um massageador.

— Preciso de um desses. — murmuro tocando meu ombro, porém a expressão em seu rosto me faz recuar. — massageador de que?

— Depende bastante. — ele se aproxima e meu rosto fica próximo a seu peito. — Normalmente é usado como estimulante. — foi impossível não buscar seus olhos para saber se ele não estava brincando, e não, ele não estava.

— Qual é? Sai fora! Não venha com esse papo para cima de mim. Eu sei muito bem o que eu vi lá embaixo, e não tinha nada disso ai. — aponto para o objeto preto em suas mãos, o que me faz morrer de vergonha.

— Eu sei, tinha isso. — ele puxa uma corda vermelha de uma gaveta. — Também conceitual, admito, pode causar dor, machucar, mas ninguém ali está sendo forçado.

Eu não estava entendendo aonde ele estava querendo chegar, para que me mostrar esses objetos? Para que me trazer aqui?

— Estou nem aí, o dono desse lugar deveria ser preso.

— Você acha que eu devo ser preso? — ele se aproxima a um ponto que tenho que sentar na cama para não beijar o seu peito.

— Você é o dono disso aqui?. — apoio minhas mãos na cama para manter minha cabeça erguida.

— Tenho um sócio. — ele me vira as costas, e eu levanto da cama.

— Poderia abrir agora por favor? — eu só queria a minha casa e não pisar nunca mais nessa loucura.

— Claro. — ele pega a chave do bolso a destrancando.

E levanto rápido da cama arrumando meu vestido, porém meu corpo é prensado a porta do quarto antes que eu consiga sair.

— Mas que diab...

Sou interrompida por ele antes que consiga concluir minha frase.

— Não quero que saia daqui com uma péssima impressão do lugar, quero que volte_seus olhos não desviam do meu, e isso faz meu corpo traidor esquentar.

O fato de estar em toda essa situação "inusitada" liberava uma adrenalina no meu sangue, que eu rezava para ser esse o motivo do meu corpo estar arrepiado, e pelo incomodo úmido entre minhas pernas. Eu me recuso a todo custo em estar atraída por esse desconhecido.

— Nunca mais eu ponho meus pés aqui. Isso é um lugar de loucos sádicos, e se você é o dono, deve ser um lunático sádico ainda pior do que aquelas pessoas! — ele apoia as mãos ao lado do meu rosto, uma de cada lado, o que me faz apenas encara-ló de cabeça erguida.

— Ah Corine, cada palavra que sai da sua boca, só me causa ainda mais vontade e ansiedade em puni-lá. —o homem diz como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Você perdeu o juízo de vez!? — fico boquiaberta e me abaixo para sair de perto dele.

Porém ele é mais rápido e agarra minha cintura, juntando seu corpo ao meu.

— Se não quiser voltar, tudo bem. Mas caso fique curiosa, ou queria saber mais, peço que volte, ficarei feliz em ajuda-lá. — ele diz e beija minha testa me soltando.

— Você é louco!

— Estarei lhe esperando amanhã. — ele diz saindo do quarto, porém sou mais rápida, e passo por ele correndo descendo as escadarias daqueles quartos.

Foi difícil, mas encontrei Sara e Thomas, que felizmente não se opuseram a irem embora quando notaram meu nervosismo.

Invés de parecer que eu havia acabado de passar por uma situação estranha com um homem. Eu estava parecendo uma doida que acabou de fugir de uma quadrilha de assaltantes.

— Corine, é sério, o que aconteceu? — Thomas insiste quando já estamos no carro da Sara.

— Eu já disse que nada Tom. — tento não soar irritada, afinal ele não tem culpa da confusão que está na minha cabeça. — Eu só não gostei daquele lugar.

— Desculpa ter te forçado amiga. Mas veja pelo lado bom, agora você tem uma experiência para contar. — Sara olha para mim pelo retrovisor.

— É — sorri sem graça — Uma grande experiência.

[...]

Abro a porta de casa, dando de cara com Caio e Eva sentados no sofá assistindo algo.

— Cor! — Eva abre os braços para mim quando me nota.

— Já não está tarde para garotas bonitas estarem acordada mocinha? — pergunto fazendo cócegas em sua barriga enquanto ela tenta se desvencilhar das minhas mãos dando risada.

— Eu penso o mesmo Corine. — Caio ergue uma sobrancelha seria para mim.

— A nem vem, você sempre reclama que eu não saio.

— Não estou reclamando por você ter saído, mas avisar também é bom sabe? Para eu saber que você ainda está viva! — ele recolhe os pratos sujos de bolo no tapete.

— Que horror Caio! Isso lá é coisa que se diga?— questiono ouvindo sua risada da cozinha.

Eva agarra meu cabelo em seus dedinhos, ela adora fazer isso, sinal de que está com sono, tenho ainda mais certeza quando ela apoia sua cabeça no meu ombro.

— Como foi na casa da sua noiva? — pergunto caminhando com a pequena até a cozinha, aonde Caio lavava a louça suja.

— Foi bom, ela ficou feliz quando viu a Eva nos meus braços — ele sorrir.

— Também poderá né? Quem não gosta dessa bolinha? — digo passando a mão nas bochechas da minha irmã que já dormia.

— Os pais dela, talvez? — jogo uma banana nas costas do imbecil.

— Que humor negro, meu Deus!

Caminho até o quarto dela, tirando sua roupa, para colocar o pijama.

Que noite inusitada!

Que noite inusitada!

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