— Tenho sentido sua falta Magnus. — seu tom de melancolia só reforça minha convicção que sim. Esse será o último restaurante.

— Mama, já conversamos, depois da inauguração dos restaurantes, minha dedicação maior será nas cozinhas, vou ter mais tempo para ir visitar a senhora. E não é como se minha presença estivesse lhe fazendo falta, a senhora ama as crianças. — tento reverter o jogo.

— Crianças sempre são uma benção. Eu ficaria mais feliz se fosse seus filhos? Ficaria!, Mas isso não muda o carinho que sinto por elas. Mas você é meu filho, sinto falta.

— Eu sei, também sinto sua falta bela dama, agora preciso desligar. Prometo que Domingo estarei aí logo cedo, e quero seus maravilhosos Muffin de banana no café da manhã, beijo. —desligo não a permitindo que se despeça.

Minha mãe não mora mais em Nova York comigo. Ela preferiu não se manter em uma cidade tão "habitável", então quando minha condição financeira melhorou, eu comprei uma casa de campo para ela em Hoboken, Nova Jersey. E o bom é que não gasto nem uma hora indo visitá-la aos finais de semana. Contratei dois empregados da minha confiança total, para eles esse é o título dado, porém na verdade eles estão lá mais para fazer companhia a minha mãe, ainda mais por possuírem filhos, isso a distrai muito.

Meu pai, bem, um homem incrível, gentil, bondoso, porém trambiqueiro, quando ele descobriu sobre a Cólera, não houve como fazer tratamento, muito menos o uso de medicamentos, pois a doença já estava muito avançada, ele morreu dois meses após descobrir a doença, isso tem 13 anos.

Na época eu iria iniciar na faculdade de Gastronomia, e com a morte e o monte de dívidas que recaiu sobre a minha mãe, eu tive que largar, nós dois trabalhamos duro para isso, e é por isso que eu faço de tudo pela aquela mulher.

Só não dou o mundo pois está cheio de bandidos e corruptos.

Uma batida na porta me faz praguejar, pois já sei que será mais burocracia.

— Pode entrar. — digo e minha secretária entra, porém acaba sendo atropelada por Enrico, que se desculpa, se jogando na cadeira a minha frente_é bom saber que minha presença é tão requisitada, porém a que devo honra dos dois seres humanos aí? — ergo uma sobrancelha.

— Cara, você não vai acreditar. Adivinha quem está de volta a Nova York? — ele usa minha mesa como tambor.

— É sério isso? Eu não trabalho como adivinho Enrico, então trade de dizer. — movo minhas mãos já impaciente.

— A Morgana, da para acreditar? — tenho certeza que minha cara estava no chão.

É sério isso?

— Está tão feliz assim, pela sua paixonite que te deu um pé na bunda a 7 anos atrás? Incrível. — volto minha atenção a secretária.

— O senhor tem uma reunião com o engenheiro da obra do restaurante. — ela diz e se retira.

— Pensei que ficaria animado por mim.

— E estou, muito animado. Afinal se trata apenas da loira que te deixou plantado no altar para fugir com o amante, oh estou muito feliz sim, já ligou para ela? — não consigo evitar a ironia em cada palavra.

Eu não entendia a felicidade do meu sócio nos meus dois negócios. Por se tratar de uma mulher sem um pingo de caráter, o mínimo que ele poderia desejar dela, é distância.

O mínimo!

— Ah Magnus, qual é? Já faz tanto tempo, eu tenho certeza que ela mudou, e não, eu não liguei para ela, ela me procurou ontem no clube. — ele explica todo sorridente como se fosse a coisa mais perfeita do mundo.

— No clube? Você voltou a ser submisso dela?_ergo uma sobrancelha.

Conheço Enrico do tempo em que tive que fazer curso de Administração. Desde lá nos tornamos amigos, e sócios, então eu me preocupo com ele. É como o irmão que eu nunca tive, somos o oposto um do outro, Enrico é uma criança alegre e saltitante, e eu sou mais na minha. E a volta da Morgana para Nova York não vai trazer nada de bom para ele.

Principalmente por ele ser um submisso completo. Morgana exerceu sobre ele um papel muito além de Sub e Domme, e eu claramente não podia me envolver na relação dos dois. Uma das regras desse mundo, é que não se deve deixar marcas permanentes em seu sub, e Morgana adorava isso. Além de envolve-ló em negócios ilegais e criminosos, e era como se tudo que eu falasse para o Enrico soasse como "inveja".

A partida dela foi um reinício na vida dele, um reinício que está bem perto de náufragar.

— Eu não voltei a ser submisso dela, não quero mais isso_ele levanta incomodado, ata que não quer. — só nos encontramos por acaso ontem a noite.

Levanto pegando minhas coisas em cima da mesa, e colocando os óculos escuros.

— Lá vai uma dica de irmão mais velho. Se mantenha longe da Morgana, de inocente aquela mulher só tem a cara mesmo. Procura outra Domme, ou sei lá. Para o seu próprio bem. — caminho até a porta, mas antes de sair olho para ele novamente. — se eu fosse você seguia o meu conselho.

Até porque depois sobra pra mim juntar os cacos de um homem no fundo do poço.

Pego o elevador me deparando com um carro vermelho e extravagante em frente ao meu escritório de contábilidade. E logo o reconheço, voltando a caminhar até o hall do lugar.

Estou vendo a forma que você não a procura Enrico!

O carro pertence a Morgana, que com certeza está dentro do automóvel esperando o submisso.

— Não se meta Magnus. — me repreendo mudando a direção para a garagem, apenas desejando sair do local.

 — me repreendo mudando a direção para a garagem, apenas desejando sair do local

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