Capítulo 32

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Dia do segundo ultrassom...

Chegamos no consultório da médica e estou tranquila. No primeiro ultrassom e no exame de sangue deu tudo bem. Estou tomando umas vitaminas e controlando minha alimentação, pois como já estava acima do meu peso não posso sair comendo qualquer coisa.

A médica me explicou que teve uma paciente que engordou 24 quilos na primeira gravidez, a mulher teve até alguns problemas por conta de ter engordado muito. Como não quero ter problemas de saúde, estou cuidando de mim e do meu bebê direitinho.

Eu e Stefano nos sentamos e ficamos aguardando a médica chamar. Uma Senhora chega com uma adolescente e a menina está visivelmente grávida, ela deve ter uns 16 anos.

Depois de falar com a secretária da médica ambas se sentam. A menina parece nervosa e a mulher a acalma.

- Calma, não faz bem ficar nervosa. - A mulher diz dando um beijo nos cabelos da menina, acho que a Senhora é mãe ou avó da menina, pois elas têm os traços do rosto parecidos.

- Já era pra ele ter chego. - A menina diz olhando para a porta do consultório.

- Karen, você viu o Joe hoje cedo, ele disse que ia vir, não precisa ficar nervosa. - A senhora diz tranquilizando a garota.

- Eu sei, mãe... é que eu sinto muito a falta dele. - A menina diz e a Senhora assente.

Então a mulher é mãe da menina, fico feliz por saber que a garota tem apoio, afinal tem muitos pais que se revoltam quando a filha menor de idade engravida.

- Já estamos 5 minutos esperando, essa porra tá demorando pra caralho. Vou reclamar. - Stefano sussurra de cara feia.

- Se acalma, que desespero. - Digo o fitando.

- Essa história de esperar nove meses é um absurdo. Os bebês deveriam nascer uma semana depois que a mulher engravida. - Stefano diz gesticulando.

- Para de falar besteira! São 9 meses para a mãe se programar, seria um absurdo engravidar e parir, não daria tempo nem de comprar um berço para a criança. - Falo negando com a cabeça.

- Por mim o quarto do bebê já estaria pronto, mas você fica com essa história de sabermos o sexo do bebê. É só montar o quarto em cores neutras. - Stefano queria montar o quarto do bebê a todo custo, mas fui taxativa e não deixei, só vamos montar quando descobrirmos o sexo do bebê.

- Amor, sossega. - Digo segurando a mão de Stefano, ele resmunga um pouco e fica quieto.

Vejo a porta do consultório abrir e um homem entra, ele aparenta ter uns 20 e poucos, usa um terno bonito e é um rapaz simpático, ele traz um ursinho nas mãos e vai direto para perto da Senhora e da adolescente.

- Olha o que eu trouxe para minha princesa. - Ele diz e a menina abre um sorriso toda feliz. Ele dá um selinho nos lábios da menina, entrega o ursinho e cumprimenta a mãe da garota, então coloca a mão na barriga da menina.

- Papai chegou. Desculpem pela demora, a reunião demorou um pouco mais do que deveria, mas vim correndo. - O homem diz e segura a mão da menina.

Os dois se olham apaixonados e percebo que o rapaz ama a garota, fico feliz por eles. Engravidar na adolescência deve ser desesperado, ter esse apoio do pai da criança deve passar uma segurança absurda.

Se tem uma coisa que me deixa puta é homem escroto, tem muitos por ai que simplesmente ignoram a mãe e a criança, acham que é só dar uma miséria de pensão e que se foda.

Meus pais foram uma bosta, não me deram amor, mas pelo menos na questão financeira eles tinham responsabilidade. Se bem que eu preferia ter tido uma vida mais humilde e amor, pois viver sem amor é triste e deixa traumas.

LauraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora