Capítulo 3

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Estava feliz com aqueles poucos momentos, meu coração parecia aquecido. Embora soubesse que logo teríamos que nos separar, e seguir cada um, um rumo.

Assim que vi a lua se abaixando, para dar início do sol voltar a brilhar. Nós nos levantamos, em simultâneo. Sabíamos que teríamos que nos despedir, mas sentia que não seria a última vez que nos veríamos.

— Irei retornar para minha dupla... Não falarei sobre o que ocorreu aqui. — falei com um timbre um tanto triste, e realmente estava, não queria me despedir.

— Farei o mesmo. Até logo, S/n. — Ele falou aproximando sua mão em meu rosto, encostando dois dedos em minha testa. Era um ato que às vezes o via fazer com o irmão mais novo, mas não sabia o que de fato significava. Entretanto, não pude deixar de sorrir para o mesmo.

— Até logo, Ita-kun. — Falei com um sorriso, olhando em seus olhos. Logo vi o mesmo sair dali, em mais uma despedida.

Fui em direção a pedra em que deixei minhas roupas dobradas, tirei meu manto para coloca-las, e logo o vesti por cima. Algumas regiões da roupa ainda estavam molhadas, mas ignoraria isso. Logo a pantera que estava de guarda, retornou. Me notificando que não havia ninguém por perto.

Assim que tudo estava pronto, caminhei até onde estava acampando. Kisame ainda estava dormindo, e o felino que eu havia chamado permanecia de prontidão e alerta para qualquer som ou movimento. Assim que estava próxima, dispensei minhas invocações. E esperei que meu parceiro acordasse para continuarmos o caminho, e concluir nossa missão.

As missões eram divididas em diversos tipos, a caça aos jinchuurikis, cobrança, espionagens e entre outros. Algumas delas vindo a pedido de cidadãos de vilas, e dependendo do valor, concluiríamos.

Mantinha minha bandana guardada. Não a utilizava muito, e claro, não queria ser conhecida como alguém que pertenceu à Folha. Isso poderia me prejudicar em algum momento.

Minha missão no momento, era a de matar um homem, tal missão foi dada pelo pai de uma garota, que foi abusada e morta pelo cara, mas ninguém acreditava no progenitor, pois segundo todos, o agressor era alguém de bem que não faria mal a ninguém.

Gostaria que ele pagasse eternamente pelo crime que cometeu contra a moça. Por isso, o mataria de maneira lenta. Talvez o prendê-lo em um peso e jogar ele em um rio fundo?

Havia conversado com o rapaz tubarão, que andava ao meu lado, sobre o plano para encontrar o homem, e então eliminar ele sem deixar pistas. Alguns informantes haviam nos dito que avistaram o alvo em uma vila que era próxima ao caminho que seguíamos e que andava indo em um bar a noite e andava bêbado de madrugada. Sendo assim, nos encaminharíamos para lá.

— Nessa vila tem uma hospedaria ótima. Talvez te ajude a sorrir mais, ouvi dizer que a noite eles fazem algumas festas, é um lugar bem animado. — Kisame disse, andando ao meu lado. O Mesmo reclamava de que era chato as missões comigo, já que eu não falava quase nada. Então, tentava ao máximo responder suas frases ou perguntas, com frases longas. Trabalhar com alguém que você não se dá bem, era péssimo. Por isso aceitava a "amizade" do mesmo.

— Você quer ir para dormir com alguém. Não precisa de desculpas para ficar mais tempo na vila. Podemos ficar um dia a mais. — A expressão do mesmo havia sido engraçada. Logo ele começou a dizer que era uma necessidade masculina. Acabei por rir do mesmo querendo se explicar. Era uma situação engraçada. Um membro da Akatsuki, estando um pouco constrangido, o que poderia fazer? Era engraçado.

Mas aparentemente, a maior surpresa para ele, havia sido o meu riso, que havia saído um pouco alto, por conta da máscara que deixei abaixada por conta do calor.

𝐓𝐰𝐨 𝐛𝐨𝐝𝐢𝐞𝐬 - Itachi UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora