151-"Guerra de Almofada"

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Revirei os olhos e deitei abraçando o corpo do Miguel, ele parou de reclamar e sorriu envolvendo minha cintura com os braços. Segurei o maxilar dele com a minha mão e virei seu rosto um pouco para o lado enquanto me aproximava da lateral

Mari: Eu amo você, Miguel- Sussurrei perto da orelha dele, sentindo o braço dele me envolver com mais força por um segundo

Miguel: Isso é golpe baixo- Murmurou virando o rosto e se aproximando da minha orelha- E eu amo você, Marina- Confessou baixo como se fosse um segredo e eu sorri

Ele sorria enquanto acariciava meu braço e minha perna, mas o olhar estava um pouco distante, como se também estivesse pensando em outras coisas. Quando percebi que Miguel ia começar a falar interrompi

Mari: Aqui não... agora não- Ele me olhou confuso- Eu sei que temos muita coisa pra resolver, mas agora não- Falei calma e ele assentiu

Miguel: Tudo bem- Foi sincero e deitou a cabeça entre meu ombro e meu peito

Enfiei a mão no cabelo que eu tanto gostava para fazer cafuné.
Eu queria que as coisas fossem fáceis, eu amo a Itália, mas também amo o Miguel. Eu não quero que ele largue o trabalho para ir comigo, principalmente agora tão perto de se tornar promotor, e eu sei que ele ofereceria isso.

Eu... eu poderia fazer como o Heitor, ir frequentemente para lá, para a Itália, e continuar morando aqui. Essa foi a melhor coisa que eu consegui pensar, mas... por que o Miguel não pede para eu ficar?

Me distraí dos meus próprios pensamentos quando a mão do Miguel fez carinho perto da lateral da barriga, onde eu tenho cócegas.

Mari: Miguel!- Reclamei e ele riu

Miguel: Foi sem querer, dessa vez- Ele me olhou sorrindo e eu dei um empurrão nele

Mari: Aham- Falei irônica levantando da cama

Eu nem tinha terminado de virar de costas para ele quando Miguel sentou na beira da cama e segurou minha mão, virando meu corpo e me puxando rapidamente de forma que eu acabei sentando no colo dele, com uma perna dobrada de cada lado do seu corpo

Quase que sem perceber eu apoiei minhas mãos na nuca dele, e Miguel não quebrou o contato visual nem por um segundo, o que me arrancou um sorrisinho

Mari: Eu estava planejando levantar agora, sabia?- Falei sarcástica

Miguel: Jura?- Respondeu com um sorriso irônico

Mari: Sim, temos que sair desse quarto em algum momento- O resto da casa já deveria estar acordado

Ele resmungou me soltando e eu quase caí no chão, quase mesmo, Miguel deu risada e eu dei um empurrão nele enquanto levantava

Mari: Você quase me derrubou!- Reclamei e ele levantou segurando a risada

Levantou e... Agradeci mentalmente por Miguel estar se acostumando com a mesma mania que eu, e agora ele também dorme apenas de roupa íntima. Foco. Foco no rosto.

Miguel: Eu só te soltei, você ia cair sozinha- Deu de ombros e eu cruzei os braços

Mari: Idiota- Falei olhando nos olhos dele escondendo meu sorriso

How everything start(again)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora