• Capítulo 08 •

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Dilacerado, era a forma que se encontrava e batia o coração da jovem Amira

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Dilacerado, era a forma que se encontrava e batia o coração da jovem Amira. Sua mente estava perdida em um turbilhão de memórias, que passavam entre as de sua infância e àquelas criadas para se consolar. Amira, se viu arrastada de volta à realidade de forma tão abrupta, que lhe causava uma dor física, um sentimento semelhante a uma traição, quebrou em pequenos fragmentos algo muito precioso dentro de seu coração. Ela olhava a porta que Khalid passara quando este lhe deu as costas, enquanto esses sentimentos continuavam a invadir seu ser.

Amira, tentou, em uma vã esperança, recriar uma imagem de Khalid, uma imagem para se agarrar e não terminar de quebrar a doce recordação que sustentava dele, desde sua infância.

Afinal, sempre teve a melhor versão dele nos seus momentos de aflição e tormento, aquele homem que habitava sua mente e, que nos piores momentos de sua vida, conseguia resgatar-lhe às forças protegendo-a da dor. E agora, para o seu total pavor, o Khalid que estava ao seu lado, ao segurar-lhe as mãos não era mais o mesmo homem. Este novo Khalid, portava um olhar sombrio e obscuro em sua face. Amira ao tocá-lo, em sua mente, viu suas mãos banhadas em sangue, não estava mais conseguindo discernir a realidade e nem buscar as doces lembranças do seu prometido. O olhar de Amira, carregou-se de dor e as lágrimas densas e pesadas, que passaram a molhar sua face, ardiam como fogo em brasas no seu rosto. O Khalid de sua nova realidade mostrava-se cruel, uma crueldade fria e articulada que se apresentava no momento em que matou o próprio pai.

Ele matou o pai e matou sua esposa, seria você Amira, apenas mais um corpo no seu rastro de mortes que ele logo ia se desfazer? Dizia uma voz pessimista insistentemente na cabeça de Amira, atormentando-a. Torturando-a.

O corpo de Amira tremia, com desespero e agonia, parecia que algo subia de suas entranhas até a sua boca, formando uma bola em sua garganta, o que a fazia sentir uma enorme falta de ar. Precisava de ajuda, sufocada em seus próprios pensamentos, não mais poderia voltar à fantasia e encontrar consolo nos braços de seu amado. Tinha que ser forte e precisava lutar sozinha, mas naquele momento, não se sentia forte o suficiente. Amira sentia sua força se esvair junto com o ar que lhe faltava, levou a mão em seu próprio pescoço e a deslizou até seu rosto. Ao mesmo tempo em que via-se chorando pesadamente.

Era como se diante dela, não estivesse o corpo do sultão, mas sim, de Khalid. O amor de sua vida.

Recordou-se rapidamente, como um feixe de luz, que após matar o próprio pai, os olhos de Khalid encontram os dela. Seu olhar mudou, se tornou brando e deu um passo em sua direção. Amira não conseguia ignorar isso, Khalid parecia surpreso, mas feliz de alguma maneira em vê-la. Ele parecia querer tocar, mas ela se sentiu com medo e se encolheu, o que lhe deu mais acesso para a sua visão. O seu corpo nu e marcado, o seu corpo que quase fora tocado pelo sultão.

Amira havia percebido que Khalid tinha se retraído, não passou ileso a expressão dele quando viu seu corpo nú. Ela gravou em detalhes todo aquele sentimento que ele faiscava pelo olhos. Ele sentiu nojo? Ele a odiava agora?

Vendida ao Sultão | Respostando Donde viven las historias. Descúbrelo ahora