• Capítulo 06 •

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Khalid, olhava Amira. Escutando-a ofegar, continha o desejo de tirar o véu da mulher que diziam ser tão bela, tinha curiosidade e algo mais, desejo. Mesmo cada pequena coisa que vinha dela, parecia o afetar diretamente. Ele fechou a mão em punho ao lado do corpo, fechando os olhos por alguns segundos, se recordando do azul de seus olhos sobre ele e quando voltou a abri-los, portava um sorriso em face. Mascarando a bagunça em sua mente.

— Então estamos de acordo... — disse e o sorriso que ele ofertou a ela, era um que há anos ninguém recebia.

Um verdadeiro sorriso.

Ele sabia que deveria refrear seus pensamentos, porém, não conseguia. Não sentia estes tipos de ímpetos comumente. Talvez...ela fosse uma feiticeira, mestre na arte de roubar o coração dos homens. Isso deveria bastar para refrear sua mente.

O silêncio entre os dois causava uma tensão palpável em todo o ambiente, ambos perdidos em seus próprios pensamentos. Para então Amira voltar a se movimentar.

— Sim... — disse a ele, com uma calma falsa em sua voz.

O sol dava sinais de que logo nasceria, por isso, Jaffar invadiu a tenda, para o alertar do pouco tempo que tinham, por sorte, Khalid e Amira já tinham entrado em um acordo, não teriam mais tempo para poder conversar e tiveram que se separar. Nenhum dos dois ficou muito satisfeito por isso, mas cederam. Amira seguiu-os até a abertura da tenda em silêncio, mas com o coração batendo fortemente e ao vê-lo de costas, pronto para partir, sua mente viajou a um passado longínquo e nostálgico. O passado de quando ela o viu partir pela primeira vez, e como tudo deu errado logo em seguida.

Seu coração anuiu em dor.

E não era como se ela não fosse mais o ver, sabia disso. Todavia, de alguma forma, não conseguia evitar o sentimento de solidão e angústia que a tomava por dentro. Sentia sua força em declínio a cada passo que Khalid dava para longe e quando ele alcançou uns bons quatro metros de distância, Amira não conseguiu mais conter as lágrimas. Abaixou a cabeça e levou a mão sob o véu para tentar contê-las.

Neste instante, Khalid voltou seu olhar para trás, num desejo latejante de vê-la uma vez mais e gravar na memória a sua imagem, entretanto, ao vê-la de cabeça baixa, seu instinto gritou em alerta e parou os seus passos. Sem saber como, ele sabia que ela estava triste e por isso deu meia volta, e fora até ela apressado. Tomou sua mão livre com a sua e congelou neste momento.

Se sentiu pego de surpresa ao dar-se conta do que tinha feito, não havia pensado muito e somente ao sentir a maciez e delicadeza tocando sua pele, aquele toque de uma mão quente sobre a sua, Khalid pareceu acordar do seu transe.

Para disfarçar, Khalid levou a mão dela aos lábios, beijou com doçura e calidez, e fitou-a nos olhos profundamente, aproveitando cada instante em que seus lábios puderam tocar aquela pele delicada sob seus lábios . Um arrepio percorreu todo o corpo daquela mulher à sua frente e ele sorriu ao perceber isso, virou a palma de Amira para cima, tirou o próprio anel e o fitou. O anel que usava em seu dedo menor era uma recordação de sua falecida mãe e ele depositou-o na palma de Amira, fechando a mão dela em punho para que ela não pudesse recusar.

Vendida ao Sultão | Respostando Where stories live. Discover now