• Capítulo 05 •

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Amira engoliu em seco e um medo descomunal apoderou-se de todo o seu ser. Afinal, não tinha certeza do que aconteceria a seguir. Agora, o homem sabia quem era ela. Ele podia tomá-la à força, vendê-la ou... matá-la.

O desconhecido aproximou-se de Amira, com passos felinos e um olhar vidrado no seu véu, como se pudesse vê-la através do mesmo. Mas aqueles olhos, de alguma forma, levavam-na para uma espécie de transe. Uma expressão de dor estava ali, muito viva naqueles olhos e, sem perceber, ela havia sido capturada pelos braços daquele homem misterioso novamente.

Ela não entendia o porquê estava se deixando levar por esse homem, ou o porquê sua dor importava para ela, então recobrando seu controle e saindo do transe que fora acometida por ele, por alguns segundos, fechou os olhos e pediu forças a Alá, por mais esta provação que lhe fora imposta. Amira abriu os olhos, o encarou ferozmente sob o véu e com mais empenho, retomou a sua luta pela liberdade. Debatia-se ferozmente nos braços do homem, ao ponto que desta vez, ele mal conseguiu contê-la.

Sua roupa e os diversos tecidos que a envolviam, mostraram-se um problema para conter a fúria da Flor do Deserto. Amaldiçoando, ele continuava segurando-a como conseguia. Mesmo que por vezes seu rosto fora golpeado. Mesmo que por vezes... sentia as unhas da mulher arranhando a carne de sua pele. Ela parecia uma fera capturada, o homem sentia dor na ferida mal curada, mas tudo dentro dele parecia gritar que ela valia a pena, enquanto ela por sua vez, só via um futuro incerto de desgraça. Desejando evitá-lo a todo custo.

O homem ordenou por diversas vezes que ela parasse de lutar, dizia que não a faria mal, mas Amira nervosa como estava, sequer conseguiu permitir que essas palavras chegassem a sua mente e em meio a sua luta. Em determinado momento, Amira pisara em falso e isto serviu para que ela perdesse o equilíbrio, indo parar de encontro ao chão, levando-o consigo.

Amira, fechou os olhos e esperou o baque forte no chão ou a dor latente, mas nada chegou. Não entendeu o que havia lhe acontecido. Curiosa como era e confusa como estava, abriu os olhos e ficou sem ar. Os segundos se arrastaram e viraram minutos, quando deparou-se completamente aturdida com aquele lindo homem, tão próximo a ela que podia sentir sua respiração, o seu cheiro natural e o calor de seu corpo forte contra o dela.

Seu corpo todo vibrou, completamente consciente dele.

Ela desceu o olhar sem conseguir conter sua fascinação por aquele belo espécime e percebeu que ambas as suas mãos estavam contra o seu peitoral, deslumbrada, podia sentir seus músculos rígidos e o bater acelerado do coração contra sua palma. O ar parecia estar ficando mais escasso em seus pulmões quanto mais tornava-se ciente da proximidade com aquele homem e ela não sabia o porquê. Isso a incitava e a deixava curiosa, embora o homem sob ela estivesse completamente inconsciente do estado em que ela se encontrava.

Amira sentiu o seu próprio coração doer no peito de tamanha força que batia e justo neste instante, em que ela se via tão surpresa com o que sentia, abalada pela forte presença do homem, percebeu que uma das mãos dele, estava apoiando-se no chão e a outra sob sua cabeça, protegendo-a de qualquer machucado. Mesmo em meio a queda, ele a protegeu e isso mexeu com algo muito mais profundo dentro dela, algo que ainda não conseguia entender.

Vendida ao Sultão | Respostando Where stories live. Discover now