"Vou-me embora daqui a uma semana. Ele tomará o meu lugar de imediato."

"Ele sabe da minha condição?" Louis pergunta, lentamente.

"Não, mas vou informá-lo, com certeza", o médico promete, e Louis levanta-se

Ele já podia sair.

Enquanto o Louis percorre o caminho de três quilômetros para casa - ele prefere andar a conduzir - ele vê uma van em movimento à frente de uma casa, a meio do caminho. Talvez seja o seu novo médico, a mudar-se para a sua nova casa. Enquanto ele olha para a casa com curiosidade, ele não vê o buraco no chão da calçada à sua frente. E para sua sorte, ele tropeça no mesmo e cai no chão.

"Porra", ele murmura, verificando se há cortes. As suas calças protegiam-lhe os joelhos, mas há pedras pequenas a ficarem dentro dos cortes nas mãos de Louis devido à queda. Ele tira-os de lá, sem sequer estremecer. Afinal de contas, não doía.

Quando Louis continua a andar, ele verifica se não há nada de anormal durante o resto da caminhada, como um tornozelo partido, por exemplo. Não há, e se houver algo de errado depois desta viagem, o Dr. André poderá tratar disso amanhã.

Continuando a caminhada, ele agarra no seu telefone, apenas para o verificar. Não é como se estivesse há espera de alguma coisa nova, tendo em conta que o mesmo não tem muitos amigos. Mas, para sua surpresa, o seu amigo Liam tinha-lhe mandado uma mensagem. Ele para de andar para lhe responder, porque ele não é nada bom em multitarefas, e não queria cair de novo.

Eventualmente, Louis subiu a própria rua e entrou em sua casa.

"Louis! Como correu?" A mãe de Louis, Jay, pergunta assim que ele entra pela porta.

Ela examina-o de cima a baixo para se certificar de que não está ferido - é um hábito.

"Normalmente," Louis responde imediatamente, mas então ele reconsidera. "Na verdade, o Dr. André, vai mudar-se para Espanha, e eu vou ter um novo médico na próxima semana." - O rosto de Jay contorce-se numa expressão de desaprovação. 

"Confio no Dr. André contigo e com a tua...condição." ela não gosta de chamar a doença de desordem. "É uma pena que ele se vá mudar." Ele disse-te o nome do novo médico?"

"Dr. Francisco."

"A sério? Eu conheci-o hoje no trabalho." Jay trabalha no banco. O Dr. Francisco deve-lhe ter depositado o dinheiro dela, deduz Louis. "Ele parece fixe"

"Foi o que o médico disse", afirma Louis, ainda não gostava muito desse novo médico.

"Bem, eu acho que ele é fixe, então." Jay encolhe os ombros e entra na cozinha. Ela deve estar a fazer o jantar.

Louis vai até ao seu quarto, que fica no canto mais distante da sua pequena casa. Não precisa de ser maior, no entanto, porque apenas lá moram ele e a sua mãe. Louis sempre foi filho único. Bem, ele tem sido, exceto pelas suas meias-irmãs do lado do seu pai. Mas ele não fala com ele. Logo, também não fala com as suas meias-irmãs.

O seu pai foi-se embora depois de descobrir a condição de Louis. Ele não conseguia lidar com isto, Louis imagina. Mas ele alguma vez considerou como o Louis se sentia? Não, claro que não.

Louis tira a sua mente do seu pai, pega no computador e coloca o purê de maçã na sua cama, colocando-o à sua frente. O computador geralmente demora um pouco para iniciar.

Enquanto o Louis espera, ele conversa com o Liam por mensagem e, de alguma forma, a conversa deles mudou para qual super-herói era o melhor: Batman ou Super-homem?

Para o Louis era o Super-homem e para o Liam era o Batman. Louis eventualmente vence, talvez tenha sido por causa das suas habilidades de debate atrevido ou porque o Liam se cansou da discussão, provavelmente. O Louis não sabia.

Assim que o computador se liga, Jay chama-o para a cozinha.

Ele caminha por ali e fica encantado com o cheiro de pizza que paira no ar. Ele vê a pizza no balcão e corre até ela.

"Louis, está quente. Espera", Jay diz assim que o Louis pega num pedaço.

Claro, se ele o tivesse agarrado e começado a comê-lo, não teria sentido a queimadura nas pontas dos dedos ou na língua.

"Eu estava a pensar", começa Jay após um instante de silêncio, "que devemos ir procurar o teu novo médico amanhã."

"Eu tenho que ir?" Louis responde imediatamente: "É só que, vou passar bastante tempo com ele", explica.

"Sim, precisas."

Louis não responde.

Depois de esperar cinco minutos, sua mãe concede-lhe a pizza que o estava a torturar, apenas sentado ali, parecia deliciosa.

Então, sim, o Louis está feliz por ter uma mãe cautelosa como ele. Ele definitivamente estaria morto agora se ela não o fosse.

sem dor - larry stylinson.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant