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— Então por favor... Me dá essa chance, da essa chance para nós... — ele murmura, antes de se aproximar mais de mim, deixando nossos rostos bem próximos, me fazendo sentir até sua respiração quente em mim.

Minha respiração falha e eu não consigo responder, minha mente ainda vagava na dúvida, porém a única coisa que consigo fazer e me aproximar mais dele e selar nossas bocas num beijo quente e necessitado, eu não beijava ele de verdade já fazia semanas e nossa como eu sentia saudades disso, de explorar sua boca e brincar com eu língua. Levo minha mão até sua nuca e puxo os fios de seu cabelo, enquanto o beijava com vontade, um beijo cheio de saudades e desejo.

— Não posso transar com você... Mesmo eu querendo muito... Não quero que ache que tô fazendo isso apenas por sentimento carnal, quero que veja que o que eu quero é muito mais que isso... — ele sussurra, após separarmos o beijo, com a voz ofegante e rouca.

— A viagem acaba domingo a noite... — sussurro.

— Você tem até lá para me responder, se você aceitar, vamos na segunda mesmo para a Inglaterra e vamos conversar com meu pai — ele diz logo apoiando nossas testas uma na outra, enquanto fazia carinho na minha mão.

— Tá bem...

Logo nos afastamos e nos deitamos sobre aquela cobertinha quentinha.

— Hero? — ele responde que sim com um murmúrio. — Como era sua infância? — digo me virando um pouco para ele, para que eu pudesse olha-lo.

— Era uma loucura — ele ri baixo e começa a falar. — Sempre foi eu e minha irmã, meus pais trabalhavam muito e a gente mal via eles, estudamos a maior parte da nossa infância em casa, por isso não tínhamos quase nenhum amigos, acho que os únicos além de nós mesmos eram os filhos dos amigos dos meus pais que venham em festas de vez em quando — ele dá de ombros se ajeitando um pouco no cobertor. — Minha irmã, quando a gente era pequeno me fazia vestir vestido, me por salto e me maquiar — ele ri baixo.

— ui se produzia todo, deve ficar lindo — Rio baixo e sorrio.

Na minha cabeça só aparece na minha mente o Hero pequeninho com todo produzido e lindo, brincando junto com a irmã, essa imagem me fazia sorrir, ainda mais porque ele brincava com a irmã sem ligar para nenhum tabu e pelo jeito que ele fala, ele parecia gostar muito dessa memória e isso me fazia sorrir junto.

— Ela fazia isso para que eu pudesse brincar de desfile com ela, já que ela não tinha ninguém e eu deixava porque eu gostava de brincar com ela e ela sempre brincava comigo, ela se vestia de policial, ou de super herói, brincávamos de carros, nossos pais davam tudo pra gente, por isso éramos lotados de fantasias, todo dia era uma diferente e uma brincadeira nova e aquilo ajudava a gente a não se sentir tão sozinho, até crescermos e nossos pais deixarem a gente estudar num lugar de verdade, que foi aí que conhecemos às pessoas e você já sabe o que rolou — ele sorri fraco, passa a mão em meu rosto e coloca uma mecha do meu cabelo para trás. — E a sua? Como foi?

Respiro fundo e penso meio nervosa, não gostava de falar da minha infância, já que a maioria dela eu não lembro, é como se fosse um preto na minha mente, não lembro, e eu só sei que é por causa do meu pai, me lembro de algumas coisas da minha infância, mas nada que envolva ele e sei que são memórias ruins, porque só de pensar eu fico com vontade de chorar e começo a tremer, e eu não tô preparada para falar sobre essa parte com o Hero agora.

— Minha infância foi normal — minto, porque sei que não foi. — Eu passava a maior parte dos meus dias lendo, eu amava ler o tempo todo, era minha escapatória da realidade, me fazia viajar pra outros mundos, pra algo melhor — dessa vez não minto porque eu fazia isso, isso era verdade eu amava ler e ainda amo, ler é como uma salvação para mim sempre foi, e por isso eu tanto gosto. — Minha mãe sempre lia para mim, quando eu era pequena, todos os dias a noite, ela lia romances, fantasias, nossa eu amava — suspiro sorrindo.

— Você sente saudades dela? — ele pergunta.

Concordo com a cabeça.

— Muita...

— Você vai vê-la logo, mesmo que eu tenha que ir lá buscar ela pra você ver — ele ri baixo e sorri.

Rio baixo, e concordo com a cabeça denovo.

— E você Langford, o que você quer fazer quando crescer?

— Crescer? — Rio.

— Profissão boba — ele ri.

— Hmm, quero trabalhar com algo que envolva literatura, quero mexer com algo que eu amo, e isso sempre me fez bem, então com certeza será literatura e você? O que quer ser?

— Hmm, astrologia, gosto muito de estudar isso, sobre estrelas, céu, planetas, gosto da ideia que existe algo muito maior do que isso tudo, que existe muito mais do que apenas nós, eu amo isso — ele sorri.

Conversamos por horas, que acabamos nem percebendo as horas se passando, que quando formos ver, já era 2 da manhã e ainda estávamos ali, deitados juntos e conversando.

— Meu deus 2 da manhã, Hero a gente fala demais — rito alto, sorrindo, enquanto me sento, olhando para ele.

— Quem mandou perguntar sobre minha vida — ele se apoia em seus braços, enquanto sorria ainda me olhando.

— Bobo, agora precisamos ir, antes que comecem a procurar a gente — digo me levantando.

— Queria que pudéssemos ficar aqui para sempre — ele resmunga fazendo bico, enquanto se senta.

Rio baixo, me agachando e selando nossos lábios num beijo calmo e fofo.

— Eu amo você Josephine — ele sussurra.

— Eu amo você Hero — sussurro de volta.

— Fica comigo e não vai embora nunca mais...

— Vou pensar... — lhe dou um último selinho.

Logo nós dois se levantamos e vamos juntos até a escada, ele pede para que eu primeiro vá sozinha para que ninguém visse a gente indo embora juntos, desço as escadas e deixo o cartãozinho lá para que ele conseguisse sair, desço os degraus devagar e agradeço por não encontrar ninguém, assim que entro no meu quarto, acendo a luz e escuto um barulho estranho, entro mais no quarto e aí eu vejo, levo um susto assim que encontro Mike e Mary na cama de Mike se pegando, já semi nuus, quase transando.

— Que porra tá acontecendo aqui? — digo assustada.





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Good Morning Love [COMPLETO]Where stories live. Discover now