Irresistible Woman「 akalynn × ahrilynn 」

10. Planos irresistíveis

e v e l y n n

De longe se via o sorriso no rosto de Seraphine quando estacionei o Jaguar perto da cafeteria. Ela adentrou o veículo super animada, provavelmente feliz que eu esteja cooperando o dia inteiro hoje, e de certa maneira, sua figura me anestesiava dos efeitos da excitação provocada por Ahri, a belíssima criatura que não saía dos meus pensamentos mesmo depois de ir embora do seu apartamento. É estranho que eu tenha me rendido tão facilmente aos toques dela, creio que nenhum amante meu conseguiu tal proeza, é muito difícil me convencer a ceder o controle da situação na maior parte do tempo, principalmente se tratando de sexo.

É, você pode me chamar de dominadora com complexo de Christian Grey, mas a culpa não é minha se eu convenço as pessoas de que a dor e o prazer juntos dão ótimos resultados. E eu amo causar isso nos meus alvos, essa confusão de sensações... Os mais teimosos se negam a dizer que estão gostando da dor que sentem, porém, seus corpos e suas expressões conseguem me revelar muito mais do que o que suas bocas pronunciam.

O problema é que com Ahri eu ainda não avancei o suficiente para chegar nesse estágio e não parece que ela esteja a fim de abaixar a guarda novamente pra mim. Isso me incomoda por não parecer justo que ela me domine cem por cento, talvez não sejamos a melhor combinação. Esse pensamento me deixa frustrada, pois imaginar Ahri rendida ao meu poder sedutor é empolgante e a ideia não quer sair da minha cabeça, por mais impossível que isso pareça. Em geral, quando percebo que um objetivo é difícil demais de conquistar, logo associo a dificuldade à "não vale a pena tentar", e desisto. Com essa vastaya, eu não quero desistir tão cedo, não importa o trabalho que eu tenha para conquistar sua submissão.

— Pela sua cara, o tal amante da vez não era bom mesmo! — desperto dos meus devaneios com Seraphine zombando de mim.

Clássico, Sera'er debochando da minha cara não é nenhuma novidade.

— Não tive tempo pra ter certeza se era bom ou ruim. — respondi, ao passo em que o sinal ficava vermelho e uma lufada de ar estressada saía de meus lábios sem que eu pudesse segurá-la.

— Uh, ou essa pessoa te irritou muito pra você estar assim ou ela era do tipo "propaganda enganosa"!

— Olha, talvez não seja o termo certo, mas "propaganda enganosa" se encaixa de alguma forma! — dou risada.

Realmente, se levar em conta os momentos raros de fofura extrema de Ahri – como a situação do rosto sujo de sopa –, seu cérebro pode associar isso como um sinal de que ela é do tipo mais submisso e permissivo, contudo, as atitudes dela – principalmente as de hoje – destroem completamente a ilusão de que ela é uma completa "passivinha". A carinha de meiga engana muito bem...

— Era homem ou mulher? — indagou Seraphine, com uma curiosidade incomum.

— Ué? Você odeia falar sobre meus peguetes! — ergo uma sobrancelha, estranhando por demais esse comportamento de Sera.

— Bem, é que... — ela se interrompe, aparentemente envergonhada do que pretende me dizer — Você está se esforçando pra ser mais legal comigo, então eu tenho que tentar melhorar também.

Essa realmente me pegou de surpresa, pois não consigo imaginar Seraphine agindo de outra forma comigo em relação ao meu estilo de vida de "pegar, não se apegar".

— Não precisamos falar sobre isso se você não se sente confortável, Sera'er. — respondo calmamente.

— Não é um problema. Quer dizer, costuma ser quando você prioriza seu prazer pessoal e esquece de que eu existo. Mas eu posso tentar te compreender, jiejie, se continuarmos próximas como éramos antes da sua fama chegar. — explicou, e realmente, a teoria até faz um mínimo de sentido.