•Eu sempre tô certa!•

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LENNON

E mais uma vez eu sofrendo por mulher, e continua sendo a mesma.

Eu queria muito poder pouco me foder pra isso, mas é impossível quando se ama.

Encontrar com ela me fez perceber que nem preparado eu estava ainda. Mas eu não posso parar com a minha vida de novo!

...

  Deixei a chave do carro em cima da mesinha de centro da sala e sentei do lado da minha mãe no sofá.

— Oi meu filho, veio visitar sem avisar? — Ela perguntou me abraçando de lado.

  Deitei a cabeça no ombro dela.

— Tava com saudade de vir pra cá. — Menti.

— Larga a mão de mentira. Não te eduquei pra isso.

Ela me conhecia bem, não ia ter como esconder.

— Só problemas de coração. — Confessei com o ar meio pesado.

— Sempre né meu bem. Quem foi a filha de uma mãe que fez isso? — Ela perguntou protetora.

Ri só de imaginar a reação dela de saber que a meses eu estou ficando com a Mavi de novo. Enfim, melhor só imaginar.

— Uma garota aí que eu voltei ficar. Mas assim queria uns conselhos seus.

Sentei direito pra poder encarar ela melhor. Ela tava preocupada, tava na cara.

— Pode falar meu bem. — Ela disse compreensiva.

Umedeci os lábios procurando as palavras certas pra tirar toda essa dúvida de dentro de mim.

— Olha, eu não sei explicar especificamente então vou usar você e meu pai como um exemplo. — Gesticulei e ela assentiu pra que eu continuasse. — Se caso você lá atrás quisesse ter filhos, construir uma família com meu pai. Mas por algum motivo pessoal dele ele não quisesse isso... Você ficaria com ele ainda?

Ela pensou por uns instantes e gargalhou em seguida.

Essa mulher tá doida?

— Filho, você sabe muito bem toda a nossa história e principalmente a sua. — Ela disse e eu me toquei. Fui burro em usar esse exemplo! — Seu pai não queria um filho, nem a responsabilidade de ter uma família com dezoito anos.

Ela sorriu pra mim confortável.

— Ele abandonou a gente. — Eu disse concordando com a cabeça.

E eu perdoei meu pai. Quando ele voltou alguns anos depois, mas mesmo assim eu ainda sinto muito vaga nossa intimidade.

— Eu deixei ele ir. — Ela disse com um sorriso mínimo.

— Mãe não precisa falar mais, tá de boa! — Disse sabendo que esse assunto ainda doía um pouco nela.

— Agora eu quero falar! — Ela disse firme me fazendo assentir. Eu que não sou doido de contrariar.

— Eu deixei seu pai ir embora porquê amava e amo ele. De princípio ele quis casar comigo e construir uma família. — Ela segurou minha mão. — Mas sabe meu filho, não me arrependo de ter recusado. Se tivéssemos nos casado há vinte e seis anos atrás estaríamos infelizes. Não seria por amor. Ele estaria infeliz e assim eu ficaria também. — Ela deixou uma lágrima cair solitária, isso fez meu coração apertar. — Amar é colocar suas necessidades de lado, é pensar em um coletivo. E eu mesmo sou a prova viva de que quem ama deixa ir e se for pra ser volta.

  Ela segurou meu rosto com todo carinho que dava pra sentir de longe.

— Não sei mãe. Tô um pouco confuso. Tipo, a menina me deu toda uma expectativa de um bom futuro pra do nada, vir dizer que não quer nada sério comigo. — Senti a garganta arranhar um pouco.

  Cara isso dói!

— Outra coisa que eu também queria dizer é que, filho. — Ela me abraçou de lado. — Você é um cara iludido.

  Gargalhei.

— E aí, vai ofender mesmo? — Brinquei e ela riu junto.

— É sério. Já reparou que em todos os relacionamentos que você já teve na vida você criou uma fantasia linda na sua cabeça e quando viu que não era... Brochou. — Ela acariciou meu ombro. — Você não pode colocar a responsabilidade nas outras pessoas de te fazerem feliz. Isso é você no seu pessoal. Você pode estar decepcionado, mas a ilusão foi toda sua!

  Pá! Bem nos meus peitos sem aviso prévio.

  Minha mãe era a melhor conselheira do mundo que, apesar de eu ser filho dela, nunca passou a mão na minha cabeça. Sempre foi dura nas palavras. Isso também reforça o porquê deu ser doido na Vitória.
  Cresci idolatrando minha mãe por me criar praticamente sozinha, por ser tão forte a todo tempo. Vi isso na Vitória também, na verdade ainda acho ela uma fortaleza em pessoa.

— Suponhamos que você esteja certa. — Brinquei e ela deu um tapa leve na minha cabeça.

— Moleque, eu sempre tô certa! — Ela me bronqueou.

— Isso quer dizer que eu estou errado? — Perguntei com a consciência pesada.

— Não sei da história. Não tenho como dizer. — Ela beijou meu rosto. — Mas me lembra muito sua história com a moleca da Vitória e você estava coberto de razão, então não tenho ideia do que pensar.

  Apenas dei risada. Não era possível que não tenha um passarinho verde vinte e quatro horas por dia no ouvido dessa mulher.

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Vem de maratona que eu tô inspirada:

Mas Oh gente, eu ainda não escrevi os capítulos então... Tenham calma

1/5

nada é pra sempre | L7NNONWhere stories live. Discover now