Capítulo 32 - Entrando na floresta

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S/N

Estou pisando fundo no acelerador pelas ruas de Duskwood em direção a entrada da floresta para abandonar esse carro, antes que eu veja viaturas atrás de nós ou que a polícia nos cerque, pois a essa altura, com certeza eles já devem ter percebido o que aconteceu. Eu recém tirei a barba, a peruca e parei de forçar a voz e finalmente o Jake me reconheceu.

Ele está branco e paralisado, como se tivesse visto um fantasma. Acredito que vai levar alguns minutos para o cérebro dele processar o que está acontecendo e eu não consigo parar de sorrir.

S/N: Você nem desconfiou que era eu?

Silêncio.

S/N: Jake?

Jake: Eu... Não. Eu ainda não estou acreditando que isso é real. 

S/N: Mas pode acreditar, porque é.

Jake: Seus olhos... Eles estão diferentes...

S/N: Estou usando lentes. 

Jake: Aquela voz que você fazia...

S/N: Horrível, né? 

Jake: Você se vestiu de policial...

S/N: Sim!

Jake: Você é louca. 

S/N: Eu sou. Louca por você. 

Nesse instante, eu estaciono a viatura e abro as portas com pressa. 

S/N: Vamos, Jake. Precisamos nos afastar desse carro rapidamente. 

Jake e eu saímos da viatura com pressa e eu começo a entrar na floresta e Jake vem caminhando atrás de mim. Eu acelero os passos e ele me acompanha. 

Jake: Não é perigoso a gente entrar na floresta?

S/N: Por causa do homem sem rosto? Não é não. Se ele for quem eu estou pensando, ele não vai nos fazer mal. E aqui é o único lugar que tenho certeza que nenhuma pessoa vai passar a qualquer momento e, se passar, é mais fácil a gente se esconder. Já pensou se alguém ver a gente? Eu com essa roupa de policial e você de presidiário... 

Jake: Qual é o seu plano? 

S/N: Nos esconder nessa floresta até que eu entre em contato com a Lilly. Então ela vai vir nos buscar e nos levar até a cidade vizinha de Duskwood, para um hotel em que ela fez uma reserva para nós. Ela vai trazer tudo o que precisamos: roupas, notebook, celular, itens de higiene...

Jake: Nós não podemos ir em um hotel, isso é perigoso. 

S/N: Não é se usarmos identidades falsas e se colocarmos uma peruca para entrar. 

Jake: O que? 

S/N: Eu já pensei em tudo, Jake.

Nisso, eu começo a correr e percebo que Jake está correndo com certa dificuldade, mas está conseguindo me acompanhar. Depois de algum tempo eu paro de correr e Jake para ao meu lado. 

S/N: Ainda bem que a floresta é grande. Acho que já estamos numa distância boa o suficiente. Eles não vão nos achar aqui... E se achar... Eu levanto um pouco a minha blusa, deixando a mostra o revólver que está preso em minha cintura. Então eu vejo Jake arregalar os olhos para mim. 

Jake: Você...

S/N: Espero não precisar usar. Eu olho em minha volta...

S/N: A floresta é cheia de árvores, dá para se esconder em vários locais e o chão está cheio de folhas... Além do mais, não é para a Lilly demorar...

Jake: (Seu nome)? 

S/N: Sim, Jake?

Jake: Se não for muito incomodo, será que você poderia ser uma policial boazinha e tirar essas algemas de mim?

Olho para o Jake e ele está sorrindo, então eu percebo que ele ainda está com os braços para trás, algemado.

S/N: Ai, meu Deus! Na adrenalina que eu estou, eu nem tinha percebido que eu ainda não tinha te soltado. Por que não me avisou antes? Você correu assim, meu Deus...

Jake: O mais importante era a gente se esconder. 

Ele está sorrindo e eu pego as chaves do meu bolso e tiro as algemas do Jake e coloco tudo no meu bolso. 

No mesmo instante, Jake me puxa pela cintura e me dá um abraço apertado. Desse modo, eu retribuo esse abraço passando meus braços pelas suas costas e nós ficamos assim por alguns minutos, apenas nos abraçando fortemente.

Amor ImpossívelWhere stories live. Discover now