Capítulo 17 - Por que eu?

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Estou dentro desse carro desconhecido, com esses três homens estranhos, indo para um lugar que eu não sei qual é. 

S/N: O que vocês querem comigo? 

Motorista: Quando nós chegarmos, você saberá. Sem papo até lá. E, Ryan, algeme ela, só por precaução. 

Percebo que o homem que está na minha direita tira uma algema do bolso, puxa as minhas mãos e me algema. 

S/N: Nossa, três homens altos e fortes estão com medo de não conseguirem deter uma única mulher? Isso chega a ser bizarro.

Motorista: Cuidado com a língua, mocinha, você não sabe com quem você está falando. 

Ryan: Tem certeza que pegamos a garota certa, Agente Kevin?

Desse modo, o motorista responde:

Kevin: É claro que sim. Eu vigiei ela o tempo todo nos últimos dias. 

S/N: Eu vi que você estava no Bar Aurora, na praça... Você só me olhava e disfarçava com o celular... Você estava me seguindo. Bom saber que seu nome é Kevin, vou me lembrar disso.

Kevin: Você está ameaçando um policial? É isso mesmo?

S/N: Sério, que tipo de brincadeira é essa? Para onde vocês estão me levando? Por que eu? Eu não fiz nada! Isso tudo é uma palhaçada.

Ryan: Sem papo. Você não ouviu o Agente? 

Reviro os olhos suspirando e olho para o homem que está na minha esquerda. 

S/N: E você? É mudo? Só fica aí com essa cara amarrada e não diz nada.

Ele apenas me encara com um olhar fuzilador. 

S/N: Eu sou uma cidadã e tenho os meus direitos. Então eu exijo ser respeitada e saber o que está acontecendo. Não seria muito mais fácil vocês simplesmente terem me abordado e falado o que vocês querem? Muito mais fácil e digno do que ameaçar me matar e me obrigar a ir com vocês sabe-se lá onde. Além do mais... 

Kevin: JÁ CHEGA! Brian, faz ela calar a maldita boca agora! Eu não tenho saco para ficar ouvindo mimimi de uma matraca dessas que pensa que é uma cidadã do bem. 

Nesse instante, percebo que o homem que está na minha esquerda pega um pano e enfia ele dentro da minha boca e então, pega uma faixa e cobre toda a minha boca com ela, dando uma volta ao redor da minha cabeça e amarra.

Vejo o motorista me olhar pelo retrovisor e ouço ele falar:

Kevin: Você está falando com uma das maiores autoridades do governo e você não faz ideia do que somos capazes de fazer se você não colaborar e nos obedecer. 

As palavras "autoridades" e "governo" me atingem como um soco. Eu só não quero que seja o que estou pensando...

                                                                     ***

Richy

Estou no banheiro olhando para o meu reflexo no espelho. Deus sabe que eu falei mais do que eu deveria para (seu nome). Ela é muito inteligente, tenho certeza que em breve ela vai entender o que eu tentei lhe dizer. Ao mesmo tempo, mais cedo ou mais tarde ela iria descobrir a verdade de qualquer maneira. Eu só espero do fundo do meu coração que ela me perdoe. 

Agora eu vou lá mostrar para ela que eu não sou um monstro, que no fundo eu sou um cara legal e que eu tenho muitos sentimentos, principalmente por ela. Vou fazer de tudo para que o nosso encontro ser o mais agradável possível para que ela goste da minha companhia. Talvez, com o tempo, ela consiga me perdoar... Isso já é o suficiente para mim, pois eu sei que ela jamais vai se apaixonar por mim, assim como eu estou por ela. 

Saio do banheiro e vou até a mesa onde (seu nome) e eu estávamos, mas não vejo ela lá. Olho em minha volta e nenhum sinal dela. Será que ela entendeu o que eu disse e se assustou? Ou será que ela simplesmente desistiu do nosso encontro? 

Pego meu celular e tento ligar para ela. 

Ela não atende. 

Meu Deus, o que eu faço? Vou até um garçom e descrevo (seu nome) para ele e pergunto se ele não a viu. Ele fala que não e pede para um outro garçom. Esse segundo garçom diz que viu uma garota com essas características saindo do restaurante juntamente com um homem. 

Desse modo, eu pergunto:

Richy: Com um homem? Como ele era?

Garçom: Não prestei muita atenção, só vi que era um homem alto, forte... Ah, ele era ruivo. Por que? Algum problema?

Richy: Isso não faz sentido. Ela estava junto comigo. 

Garçom: Eu vi que aquele homem foi até a mesa dela e eles conversaram por alguns instantes e depois saíram. Não vi nenhum comportamento estranho ou suspeito. Também não tenho certeza se estou falando da mesma garota que você está procurando. Muita gente entra e sai daqui a cada minuto. Eu sinto muito.

Richy: Mas que droga! Obrigado mesmo assim.

Pego meu celular e ligo para a Lilly.

Richy: Lilly?

Lilly: Oi, Richy. 

Richy: (Seu nome) está ali com você?

Lilly: Não. Não era para ela estar com você?

Richy: Sim, nós estávamos no restaurante, então eu fui no banheiro e quando eu voltei, ela não estava mais aqui. Conversei com um garçom e ele disse que acha que viu ela saindo com um homem. 

Lilly: O que? Isso não faz sentido. Vou tentar ligar para ela. 

Richy: Eu já tentei. Ela não atende. 

Lilly: Richy? Será que ela está em perigo? 

Richy: Não, isso não pode acontecer... 

Lilly: Vou ligar para o pessoal para ver se alguém sabe onde ela está. Me avise se você souber algo. 

Richy: Claro. Você também

Amor ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora