Por que?

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Ao emergirem na superfície, Jisoo segurou firmemente a mão de Rosé e se arrastou pela areia. Esperava ansiosamente o retorno de suas pernas, agora um processo rápido e indolor, ao contrário da primeira vez. Assim que suas pernas apareceram, Jisoo ajudou Rosé a se levantar e, juntas, correram em direção a Jennie e Lalisa. As duas estavam sentadas ao pé de uma árvore, ainda sonolentas e fazendo um esforço para se levantarem.

Jisoo olhou para trás e viu a mulher saindo do mar. Ela também se arrastava pela areia, e suas pernas começaram a surgir enquanto avançava. A visão fez Jisoo apertar o passo, determinada a colocar mais distância entre elas e a sereia.

— Precisamos ir para um lugar seguro!

— Para onde, Chichu? — Rosé tentava fazer Lisa ficar de pé, apoiando-a em seus braços.

— Tem um vilarejo aqui perto, talvez alguém possa nos ajudar. Ajude Lisa que irei ajudar Jennie e ande o mais rápido possível, essa mulher louca está atrás da gente.

Rosé olhou para trás e viu a mulher já se aproximando da areia. Ela andava a passos lentos, com um sorriso maldoso no rosto, como se não tivesse pressa nenhuma para alcançá-las, confiante na facilidade de sua tarefa.

Apressaram-se, conscientes de que, se a mulher as alcançasse, seria difícil lutar nas condições em que estavam. Ao chegarem ao vilarejo, Jisoo arrastou Jennie até a casa mais próxima e bateu desesperadamente na porta.

— Por favor, nos ajude! — Jisoo gritou, com a voz carregada de urgência. Rosé olhou ao redor, em busca de qualquer sinal de apoio ou refúgio.

A porta se abriu lentamente, revelando apenas uma fresta. Jisoo só conseguiu ver uma moça que a olhava desconfiada.

— O que querem aqui? — Perguntou a moça.

— Precisamos de ajuda, por favor. Cuide de minhas amigas, precisamos de um curandeiro ou um médico, estou desesperada.

A moça pareceu entender do que se tratava e, sem esperar Jisoo terminar de falar, fechou a porta na cara dela. Jisoo suspirou desanimada, sentindo o peso do desespero em seu peito.

— Chichu, vamos nas outras casas, talvez alguém possa nos ajudar. Aquela mulher estranha não está mais nos seguindo — Disse Rosé ofegante, carregando Lalisa com dificuldade.

Jisoo olhou para trás e viu que a mulher realmente havia desaparecido.

— Isso não é nada bom — Afirmou Jisoo — Ela vai voltar, tenho certeza disso. Mas enquanto isso, vamos procurar algum abrigo.

Indo de porta em porta, elas procuraram incessantemente por ajuda, precisavam desesperadamente de um médico que pudesse cuidar do envenenamento de Lalisa e Jennie. Porém, em cada casa, encontravam apenas portas fechadas e olhares desconfiados. Ninguém estava disposto a ajudar. A presença da mulher sereia, que parecia dominar a vila com seu poder e medo, era uma sombra constante sobre o lugar.

— Vamos fazer uma pausa — Jisoo ajudou Jennie a sentar.

— Precisamos ao menos cuidar dos ferimentos delas — Rosé aconchegou Lalisa em seu colo.

— Espere... — Disse Jisoo, colocando as mãos sobre os ferimentos de Jennie. Murmurando encantamentos de cura, uma luz suave emanou de suas mãos, e os ferimentos começaram a fechar, deixando apenas pequenas cicatrizes. Em seguida, fez o mesmo com Lalisa — Só não consigo tirar o veneno.

Jisoo sentiu-se sem forças, sua visão começou a turvar devido ao esforço excessivo de energia que usara para curá-las. Ela cambaleou, quase caindo, mas Rosé a amparou.

— Você fez o que pôde, Chichu. Agora descanse um pouco — Disse Rosé, sua voz cheia de preocupação — Elas vão ficar bem. São fortes e...

De repente, foram interrompidas.

SirenWhere stories live. Discover now