Cap. 4

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Josh Beauchamp – sexta-feira

Acordo com o barulho irritante do despertador. Vou no banheiro pra fazer minhas higienes e tomar banho. Lego desço pra tomar café. E a última pessoa que eu queria encontrar eu encontrei, meu pai.

-Ron: acordou tarde né, deve ter ficado até tarde aonde não devia, chegou tarde, por isso dormiu tarde e por isso acordou atrasado.

-olha sinceramente, não estou afim de brigar já cedo, e não eu não estava no bar nem pegando todas como você pensa que eu faço, eu estava ajudando uma amiga, então não fala o que não sabe.

Meu dia sempre começa assim, nunca tenho paz, já meio que me acostumei. Tenho que ir na empresa do meu pai, eu sou tipo seu braço esquerdo e direito, ele quer que eu tome frente da empresa daqui uns anos, mas pra ser sincero é o que menos quero, ficar o dia todo dentro de uma sala, depender de alguém pra te avisar o que você tem ou não que fazer, esse vida não é pra mim, queria ter a mesma coragem do meu irmão, sair de casa e ser livre, mas não é tão fácil.
A única hora que tenho paz é quando saio à noite, vou ver meus amigos, mas não é sempre que vou pra lá, as vezes vou em outro lugar que não me orgulho de ir, tenho meus motivos também, escutar tudo que meu pai fala todos os dias não é pra qualquer um.
Estou na frente da empresa do meu pai, hoje ele vai ter uma reunião com o dono de uma das maiores empresas dos Estados Unidos, e pra não  vim com ele eu vim com meu carro, depois que ele, atrasado como sempre, vou levar um xingo. Vou direto pra sala de reuniões e assim que entro meu pai lança um olhar da morte pra mim.
Odeio reuniões, 3 horas sentado escutando essas pessoas chatas falando, essas cadeiras que me dão dor nas costas, aff... assim que acaba meu pai pede pra que eu vá até a sala dele. Já até imagino.

-Ron: você sabe que odeio atrasos não sabe- diz assim que eu entro na sua sala- e sabe também que odeio que você não preste atenção nas reuniões, você acha que é brincadeira isso, não é, será seu trabalho você tem que saber das coisas pra assumir isso aqui- diz em um tom alto.

-algum dia da sua vida você se perguntou se é essa vida que o SEU FILHO quer?- ele fica em silêncio- não né, pois não, não é essa vida que eu quero, nunca quis, assim como meu irmão nunca quis essa vida por isso foi em bora, eu sé estou aqui porque não sei do que você é capaz de fazer se eu fugir, e pela minha mãe, ela também não queria que eu seguisse essa vida, e eu não me orgulho de não orgulhar ela.

Não deixo nem ele responder e saio da sala batendo a porta, minha respiração já está desregulada, e minhas mãos trêmulas, o que eu menos queria agora era uma crise.
Tento respirar com mais calma mas não dá, água, minhas mãos estão tão trêmulas que nem um copo de água eu consigo segurar, eu me sinto tão fraco tendo crises, um homem fraco, incapaz, por isso ninguém sabe,
não tenho coragem de contar pra alguém, vergonha de ir em um psicólogo, vergonha de ter que tomar um remédio pra me acalmar porque sou uma pessoa incapaz de fazer isso sozinho.

[...]

Acabei de chegar em casa, cansado como sempre, acho que se eu fizesse o que eu gosto, gostaria de sentir esse cansaço, mas eu odeio sentir isso. Deixo esses pensamentos de lado, e vou tomar banho.

Marquei de encontrar o Noah e Bailey na lanchonete, foi difícil convencer eles a sair, estavam com suas namoradas mau assumidas. Só que eu precisava sair e não queria ir sozinho, acho que se eles soubessem iriam...

Chego na lanchonete e vejo maus amigos sentados no lugar de sempre.

-oi gente-digo me sentando.

-Sabina: o que em vocês pra virem tão cedo hoje?

-Noah: nem eu sei, Josh que quis vir antes, certeza que quer ver a Gabrielly e nos trouxe pra ficar de vela.

-não estou em um dia bom, queria sair com eles antes mas eles são enjoados- digo pra Saby- cadê a Any?

-Sabina: já sentiu falta da sua amada né.

-para de graça Sabina- falo e ela dá risada.

-Sabina: mas respondendo sua pergunta, ela foi buscar Luiza na escola, já já seu amor estará de volta- reviro os olhos.

-Any: oii minha gente, oi Josh- todos fazem um 'huuuumm' e ela revisa os olhos- o que estão fazendo aqui tão cedo?

-Bailey: seu amado está em um dia ruim e quis vim antes, no caso eu e o Noah fomos obrigados a vim, e falando nisso já estou indo, fuuuiii.

-Noah: aproveitando que ele foi eu também vou, tchauuuuu.

-traíras.

-Any: deixa eles, você tem eu e a Saby de companhia- diz com aquele sorriso maravilhoso dela.

-Sabina: cadê a neném que a tia Saby mais ama- fala com a Luiza.

-Any: ela ainda não está tão bem, não sei quanto tempo demora pra sair o açúcar do leite, tenho até medo de comer agora.

-Sabina: fica tranquila, já passa e não deixa de comer hein.

Ficamos conversando sobre assuntos banais, está vazio hoje, tem meio que show no centro e as pessoas devem estar todas lá. Por voltas das onze da noite, Luiza começou a chorar, parecia que estavam batendo nela, um choro desesperador.

-Any: minha filha o que eu faço- fala pegando ela no colo.

-Sabina: não quer pedir pra ir em bora?

-Any: não, não estou afim de ser demitida.

-quer que eu pegue ela?- as duas me olham- posso dar uma volta com ela lá fora e quando ela estiver mais calma eu trago de volta.- Any pensa um pouco- você sabe que sou de confiança, não vou roubar ela.

-Sabina: deixa vai, daqui a pouco o chefe chega aqui e fala 'controlas essa criança'- diz fazendo uma voz grossa.

-Any: ta bom vai- coloca Luiza no meu colo- filha o tio Josh vai passear com você- Any fala e ela da um sorrisinho, tão fofa.

Saio com ela e fico do lado de fora, hoje não está frio então da ficar aqui fora. Sento em um banco próximo e espero ela se acalmar, ela está mais calma mas até ela achar uma posição confortável está resmungando. Eu nunca segurei um bebê então por isso ela demorou pra achar um jeito pra se aconchegar. Fico conversando com ela, ela é muito parecida com a Any, tão linda quanto.
Meu Deus porque to falando isso.

-oi pequena, você não está mais com dor não é- ela da uma risadinha- se estiver com dor, já vai passar e logo logo sua mamãe vai vim pra você ir pra sua casa, passar o fim de semana todo lá- ela está rindo tão gostoso- sabia que você é muito fofa- olho pra cima e vejo a Any olhando pra nós com um sorriso no rosto- a quanto tempo está ai?

-Any: o tempo suficiente pra saber que se da bem com crianças, e ela gostou muito de você, e olha que ela não vai no colo de muita gente- ela diz e eu coro.

-você já está pronta pra ir?

-Any: já sim, só vim buscar a cereja do bolo- ela se refere a Luiza- obrigada por ter cuidado dela, ajudou muito mesmo- diz pegando a pequena do meu colo.

-eu até iria com você, mas não vai dar dessa vez, mas da próxima eu levo vocês.

-Any: vou cobrar viu? E vou sentir saudades e Lua também irá- diz olhando pra menina em seus braços
-mas nos vemos amanhã- ela me abraçou e saiu, mas antes de se distanciar ela se virou- tenha calma, respire, e lembre-se sempre que você é forte- e saiu.

Se isso me entrigou? Vocês não imaginam o quanto, ela parece um anjo que lê mentes, ela sabe usar as palavras certas a todo momento, e olha que eu nem disse a ela... ah sei lá vou pra casa estou com a cabeça cheia.

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