- Boa tarde a todos, se não há questões, comecemos! – iniciou Ellie, enquanto apontava para um ecrã gigante onde mostrava belas paisagens – começamos aqui, numa das mais fantásticas estâncias turísticas, um retiro para relaxar e recarregar baterias – fez sinal a Cat, sua assistente, para mudar de imagem. - O primeiro resort da Williams Corporations com o patrocínio dos nossos parceiros Global Enterprises. Encontrámos um rancho em Castroville, Texas, com 1011 hectares e vistas das mais espetaculares que existem. Vou lá amanhã, para convencer os donos a vendê-lo. Cat, Riley, algo a acrescentar?
Cat acenou com a cabeça - Bem, a boa noticia é que os donos têm três meses de pagamento em atraso ao banco, achamos que vão aceitar negociar um bom valor para nós.
- Mal fechemos negócio, avançamos logo, prevemos concluir o projeto em 34 meses. É a nossa primeira parceria e esperemos que não a última. – Ellie sorriu - Estamos determinados a trabalhar bem. Grata pelo tempo e atenção.
Tanto os parceiros da Global Enterprises, como os colegas da Williams Corporations bateram palmas e um clima de conversa simpática ficou na sala de reuniões.
Ellie arrumou a sua pasta e saiu da sala chamando consigo Cat e Riley, as suas assistentes desde que tomou o cargo de CEO, na Williams Corporation, empresa criada pelo seu pai, Joel, nos anos 50.
- Novidades sobre o dono? – perguntou Ellie enquanto caminhava apressadamente.
- Chama-se Woodward. Falei com o capataz e estão à tua espera. – respondeu prontamente Riley.
- ...estão sobre pressão do banco, estou confiante que aceitem o valor e entreguem a chave – continuou Cat.
- Ótimo! Cat, manda prepararem o avião para amanhã às 10h. Riley, traz-me o relatório e plano financeiro ao meu escritório ...e meninas, ótimo trabalho, estamos de parabéns, arrasamos na reunião – Ellie sorriu para as assistentes e entrou no seu escritório.
Ellie estava confiante quanto à parceria que ia levar a sua empresa para um novo patamar, especialmente por sentir a pressão que é por ser filha do dono. Ela sabia bem que o pessoal falava, mas na verdade tentava não dar ouvidos, sabia bem que era a pessoa ideal para continuar o legado do seu pai, desde que este se reformou.
-- Castroville, Texas –
- Olha só o meu cartaz! – afirmou Annie, uma menina com longos cabelos loiros atados numa trança.
- Oh, tão bonito. Tens mesmo jeito. – respondeu Dina, enquanto pintava também um cartaz. – Acho que é o teu melhor trabalho até agora.
- E último por agora Annie, tens trabalhos de casa, lembras-te? – Abby apareceu por trás das duas dando um susto em ambas.
- Oh mãe, já? Deixa-me pintar só mais um, só mais cinco minutos! – pediu Annie fazendo beicinho.
- Vá Annie, tem que ser, ouve a tua mãe. Nem sei como vocês veem alguma coisa aqui fora, já está a ficar escuro – ordenou Lev, o pai da menina. Annie começou a arrumar as tintas.
- Não te preocupes com isso querida, eu e o teu pai arrumamos tudo, vai com a tua mãe.
- ooook ! – Annie respondeu pausadamente – Boa sorte com os cartazes. – deu um beijo na bochecha de Dina e depois outro no seu pai e foi embora com a sua mãe.
Lev sentou-se ao lado de Dina e ambos começaram a arrumar as tintas e as folhas que estavam espalhadas pela mesa. Abby e Lev ajudavam Dina com o rancho desde que o seu pai faleceu, e em troca, Dina dava-lhes um lugar para viver. Dina não os via apenas como empregados ou amigos, mas sim como a sua família.
- Encontrei-me com o Hal no banco... - começou Lev meio nervoso – Ele e o teu pai conhecem-se há muito, desde a Escola Primaria. Confia, fará tudo o que puder para ajudar, não te preocupes. Porque não marcas uma reunião com ele?
- Não sei, sabes bem que este rancho é a única coisa que me ficou do meu pai, da minha família. Aqui é a minha casa... a nossa casa, minha, tua, da Abby e da vossa Annie.
-- Seattle –
- Este projeto é o principal motivo porque a Global Enterprise se quer fundir connosco, temos de agir rápido e não podemos falhar, essa é a minha tarefa enquanto vou lá. A vossa tarefa é garantir que tudo corre bem aqui, enquanto estou fora. Dão conta do recado? – perguntou Ellie, enquanto caminhava apressadamente e era seguida pelas suas duas assistentes.
- Sim, senhora! – responderam, Cat e Riley em uníssono.
- ...e Ellie, boa sorte. – Acrescentou Cat, sorrindo.
- Eu não acredito em sorte, acredito em negociações. Mas obrigada, tenho de ir, mas falamos mais tarde meninas. Cat, o avião está pronto para amanhã?
- Sim, está.
- Ótimo, amanhã quando aterrar dou novidades.
O carro já "esperava" Ellie à porta, a menina entrou nele agradecendo ao chofer por o ter estacionado e dirigiu em direção a sua casa, um amplo, mas pequeno loft bem no centro de Seattle. Quando chegou a casa, despiu o blazer preto pendurando-o num cabide na entrada, descalçou-se e dirigiu-se ate uma pequena mesinha com uma garrafa de whiskey em cima, serviu um copo e sentou-se no sofá observando a vista da sua janela panorâmica. Ellie raramente se sentia sozinha, na verdade já estava bem acostumada pois saíra de casa dos pais quando foi estudar para Harvard. Assim que terminou o curso, voltou para Seattle, a sua terra natal, mas comprou logo um pequeno T1 e foi trabalhar para a empresa do seu pai, a Williams Corporation.
O telemóvel começa a tocar.
- Sim pai? – Atendeu Ellie - Sim, está tudo em ordem na empresa. Sim, amanhã viajo para Castroville...
Ao fundo ouviu a mãe falar – Ellie, vê se aproveitas para descansar, Castroville é uma pequena cidade linda. Recarrega baterias e ....
- Ela não precisa de descansar, precisa é de fazer negócio rápido – interrompeu Joel fazendo Ellie revirar os olhos, ainda bem que eles não estavam ali para ver.
- Sim, sim, sim... eu trato de tudo, não se preocupem. Agora tenho de ir arrumar as minhas coisas, adeus.
- Adeus filha. – Joel despediu-se e de novo ouviu-se a mãe a acrescentar - ...descansa!!!
Ellie desligou a chamada, revirou de novo os olhos. Sentia a pressão de ser tão boa como o seu pai, apesar de achar que nunca ia chegar aos seus calcanhares, Joel era um ótimo chefe de negócios, um verdadeiro "tubarão" sempre assertivo e correto com todos. Já Tess, a sua mãe, era a mulher mais amável que conhecia. Tess e Joel adotaram Ellie quando esta tinha apenas 3 anos e desde então que ela é a menina dos olhos deles, a única menina da família sempre acarinhada por todos mas ao mesmo tempo sempre com a pressão de ser a melhor, de ser perfeita e de continuar com o negocio da família.
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Woodward Ranch
FanfictionNum universo paralelo, sem zombies nem monstros, Ellie Williams, agora com os seus 28 anos, viaja até Castroville, uma pequena cidade no Texas, para comprar uma grande herdade que atravessa problemas financeiros e construir um resort. Dina Woodward...