Ellie apoiou-se no parapeito, Joel juntou-se a ela agarrando no seu café.
- Hey. – Cumprimentou Joel deixando fugir um sorriso, enquanto observava como a filha tinha crescido, não fisicamente, mas no seu interior. Notava que Ellie estava diferente. – Sabes, sempre te imaginei a viver num lugar assim...
- Aí sim? Porquê? – Questionou a ruiva olhando para o chão.
- Tu és pura e tudo isto é a tua cara... – Joel sorriu lembrando quando Ellie era apenas uma menina, só desejava que o tempo voltasse atrás para poder cuidar da sua menina. – Nunca quiseste ter tudo, para ti sempre foi mais importante a essência do que os bens matérias. Lembras-te quando quiseste salvar aquele pequeno esquilo que encontraste ferido no nosso jardim? Isso és tu sempre a querer ajudar tudo e todos...
- Pai, eu tinha o negócio sobre controle. – Interrompeu Ellie.
- É, eu sei... – Joel suspirou.
- Tens de parar de querer controlar tudo o que eu faço... deixar-me agir sozinha.
- Dina! Ela é tua... namorada? – Perguntou o pai.
- Não... – mentiu Ellie, mas logo se apercebeu. – Quer dizer, acho que sim. Não assumimos nada oficial, mas gosto dela... – custava-lhe revelar os seus sentimentos para qualquer pessoa, mas para o seu pai era sempre mais difícil. – Bem, e ela gosta de mim.
- Ama-la?
Ellie fez uma longa pausa, desviando ainda mais o olhar, suspirou: - Sou tão estupida...
Joel viu claramente no rosto da filha a resposta à sua pergunta: - Olha, eu não sei quais são as intenções dela, mas... Eu sei que ela tem toda a sorte do mundo por te ter ao seu lado.
- És um idiota, sabes disso!! – Disse Ellie com algum carinho na voz.
- Não estou a tentar convencer-te...
Ellie interrompeu-o: - Quase que a perdi por tua causa, por causa da estupida empresa e o negócio...
Joel endireitou-se: - Quando te fomos buscar ao orfanato, olhei para ti e vi o sofrimento que sentias, parecias indefesa e nesse dia prometi que não ia deixar nada nem ninguém tirar-te de nós... Jurei proteger-te para sempre. – Suspirou. Não era pai de sangue de Ellie, mas ambos tinham tudo em comum, o feitio dos dois era igual – e quando senti que te estavas a afastar de nós, da nossa casa, senti que tinha de vir até aqui para te levar de volta. Foi errado...
- É...
- Espero que me perdoes...
- Pai... – Ellie também queria o perdão de Joel. – Eu... – estava nervosa. – Eu comprei a ideia de Dina.
- Já sabia que os ias fazer, Ellie. – Joel sorriu. – Não estava à espera de outra coisa vindo de ti. És boa pessoa. Como vais fazer agora? Vais viver aqui?
- Sim... – Ellie suspirou, olhou para o rosto velho do seu pai. – Estou eternamente agradecida pelo que tu e a mãe fizeram por mim, mas... – fez uma pausa – sinto que este lugar aqui é a minha casa, que sempre pertenci aqui ao rancho e a Dina. Acredita que foi uma decisão rápida, mas que me custou muito a tomar... especialmente por ti e pela empresa.
- Filha, tu és mais importante que qualquer empresa. – Joel colocou a sua mão quente por cima do ombro da filha. – Só a tua felicidade importa. A empresa fica bem, eu fico bem.... Além disso... – sorriu – ouvi dizer que ia abrir aqui perto um ótimo Rancho Turístico com alguns quartos para hospedes, acho que se chama Woodward Ranch, acho que já ouviste falar. – Ellie riu, adorava aquela ironia em Joel e em como sempre a fazia rir. – A tua mãe adorou a cidade, está encantada, sinceramente acho que ninguém a vai tirar daqui também...
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Woodward Ranch
FanfictionNum universo paralelo, sem zombies nem monstros, Ellie Williams, agora com os seus 28 anos, viaja até Castroville, uma pequena cidade no Texas, para comprar uma grande herdade que atravessa problemas financeiros e construir um resort. Dina Woodward...