Destinos

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Edward pensou rapidamente. Sabia que não era momento de uma conversa frente a frente de Surya com o pai dele. Até porque ele e Surya nunca conversaram sobre futuro juntos. Não havia nada certo. Seu pai não poderia ter aparecido em pior hora.

Papai, eu posso falar a sós com o senhor lá em cima?perguntou ele e Sr. Smith fez uma cara feia mais concordou se levantando. Edward olhou para Surya e pediu em hindu. Espere um pouco aqui, por favor. Preciso ter essa conversa com ele a sós. O importante é saber que estou adiando essa conversa há dez anos.

Tudo bem disse ela sem emoção e o viu subir as escadas com o Sr. Smith.

Ela se levantou e começou a olhar melhor a casa. Sem graça como os ingleses, pensou. Tudo muito sério e sem cor, sem vida. Tudo parecia ter sido comprado muito recentemente. Surya concluiu que o Sr. Smith ao chegar e ver tudo vazio mandou comprar algumas coisas. Como estava faminta não se segurou e foi até a cozinha a procura de algo para comer.

Lá em cima Edward e o pai entravam no último quarto do corredor e o primeiro fechou a porta atrás de si.

É tão típico de você inventar um romance com uma selvagem dessas só para me irritar. Parece que tudo o que você é para me contrariar.

O senhor se dá muita importância disse Edward tetando manter a voz baixa.

O que fará? Levá-la para Londres? Casar? Ficar aqui e abandonar sua mãe a própria sorte?

Eu não sei. Não conversamos sobre nada disso. Ela está com um problema muito, muito maior do quê tudo isso e no momento a única coisa que eu gostaria era de resolver o problema dela.

Eu acho que você ainda não entendeu o eu problema. Com a morte do seu irmão, você passa a ser herdeiro do meu título e dinheiro. Se você some e eu morro, sua mãe fica sem nada.

Eu sei disso.

Sabe? E por quê quando recebeu a carta informando da morte do seu irmão não largou tudo e foi encontrar sua mãe? Você ignorou! Você ignorou seu irmão, sua mãe. Ignorou sua família como um egoísta que sempre foi!

Eu tenho trinca e cinco anos, não é possível que continue me tratando como um menino.

Então pare de se comportar como um! E volte comigo para Londres no próximo navio. Essa é a única atitude possível para um homem. Você quis estudar em Oxford, eu banquei. Quis casar com aquela miserável, eu deixei.

Não coloque a Jocelin nessa história.

Realmente, entre ela e essa selvagem, mil vezes a Jocelin. Pelo menos não nos fazia passar vergonha, era apenas uma aluada como você.

A Surya é uma princesa.

Princesa? Ela está carregando uma espada. Não passa de uma selvagem.

Eu não posso ir para Londres agora.

Vai esperar até quando? Mais cinco anos? Mais dez? Esperar eu morrer e sua mãe perder tudo? Pense pelo menos nela! Se bem que ela é a culpada por tudo. Passou a mão na sua cabeça. E o resultado foi isso e eu ainda tive medo que virasse um maricas, mas pelos menos aparentemente esse desgosto não me deu. É o último aviso. Volte para Londres. O próximo navio zarpa em cinco dias. Sr. Smith saio do quarto batendo a porta. Edward começou a chorar de raiva. Não abandonaria a Surya para brincar de conde na Inglaterra.

Ele respirou fundo e desceu as escadas a procura dela a encontrou comendo uma manga na cozinha com uma faquinha.

Desculpe-me, eu estava com muita fome disse ela e o fazendo sorrir.

Viu meu pai?

Eu o vi saindo de casa, parecia bem irritado, mas não falou comigo.

Melhor assim.

É tão ruim?

É muito ruim disse ele e a abraçou. Eu tenho que contar ainda algumas coisas sobre minha vida. Sente-se. Surya se sentou ainda com uma manga e faca em mãos e o observou abrir os armários.Eu tinha vendido tudo antes de ir embora.

Edward pegou outras frutas que tinha perto da pia e colocou entre ele e ela. Sabia que precisaram de algo mais forte do que frutas. Mas era o que havia naquele momento.

Então, o que você ainda não me contou?

Meu pai é um militar de alta patente e um conde. Isso nunca foi uma questão para mim, já que meu irmão seria o herdeiro. Mas com a morte dele, tudo mudou.

Seu irmão morreu há dois anos?

E eu fugi disso. Como sempre fugi de toda situação difícil. Não voltei quando a Jocelin morreu para não encarar a família dela, não voltei quando meu irmão morreu para não encarar minha família. Talvez meu pai tenha razão, eu sou um covarde.

Edward, eu não posso te pedir para ficar. Eu queria que você ficasse, mas não posso te pedir isso. O que eu posso te dizer agora é que em nenhum momento ao meu lado você agiu como um covarde. Eu só vi um homem fiel aos seus princípios por todo tempo. Agora se algo no passado você se envergonha, você tem o resto da sua vida para ficar de bem consigo mesmo disse Surya estendendo a mão e ele a segurou.

E a única coisa que eu sei é que eu quero ficar do seu lado.

Temos muitas decisões para tomar. Só espero que as coisas que você terá que fazer e as coisas eu terei que fazer não nos coloque em destinos opostos.

Então eu tenho sugestão disse ele se levantando e indo até ela. Vamos aproveitar todos segundos que pudermos passar juntos. Surya se levantou e o abraçou.

Nunca imaginei que encontraria paz no abraço de um de vocês disse ela fechando os olhos.

Eu não sei para onde meu pai foi, mas acho que poderíamos descansar um pouco antes de qualquer coisa. Lá em cima tem outro quarto mobilhado. Deixa meu pai no quarto que era meu e ele já estava.

As vezes eu tenho vontade de sair correndo daqui. Mas eu estou tão cansada. Não é hora de fazer nada estúpido.

Edward segurou a mão dela e a levou até o quarto em frente a escada. Lá dentro havia apenas uma cama e um armário. Deitaram e adormeceram.

A escolha das DeusasHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin