Dream foi forçado a comparecer em sessões semanais com Dr. Lauren muitos anos atrás, quando seu questionável comportamento rebelde levantou alertas demais para sua família e autoridades locais. Ele as detestou no começo, mas percebeu que no fim de seu tempo juntos, alguma parte dele florescia em expressão e orientação.

Jovem demais para admitir que era algo de que precisava, recusou a oferta de continuar como cliente, mas foi dito que "a porta sempre estaria aberta."

Ele e sua mãe não compartilharam muito desses meses terríveis com seus irmãos, e ainda assim, sua irmã lhe dá um sorriso afiado.

"Porque eu sou inteligente," ela diz.

Ele suspira. "Ahã. Difícil de acreditar nisso."

Ela hesita na aplicação da fina, final camada de esmalte. "Você feriu meus sentimentos."

"Não."

"Talvez vocês queiram ir logo," sua mãe interrompe, "tá quase escuro o suficiente pro show começar."

"Tá praticamente pronto," sua irmã garante, tampando o vidro transparente. "Só não borra antes de secar, tá?"

Dream amassa seu guardanapo e começa a empilhar utensílios em seu prato, atento a suas mãos agora roxas. "Ainda vão fazer? Pensei que tinha um banimento temporário por causa da cabana que pegou fogo ano passado."

Sua mãe estende seu prato até ele, que o coloca no monte em suas mãos. "Acho que Roy e a família dele ainda são amigos do xerife," ela diz, "daí conseguiram permissão."

"Hum." Dream sai de seu assento com o último dos pratos, e começa a levá-los até a entrada emoldurada. "Ok, então, se quiser esperar por mim, vou sair em tipo, cinco minutos."

Ele pressiona suas costas contra a porta para abri-la, as fechaduras de metal rangendo com resistência enquanto ele entra.

"Cinco minutos?" Ele vê sua irmã apoiar seu copo, e limpar seu queixo. "Lerdo."

Ele revira os olhos. "Você podia ajudar, sabe."

Eles se encaram pela tela da porta que é fechada, até que os olhos de sua irmã esguelham para os pratos, para logo depois se desviarem com desdém.

Ele ri de canto.

Ao lavar os pratos de cerâmica, e jogar os guardanapos vermelhos, brancos e azuis no lixo, ele protege sua mão esquerda da água e arranhões obedientemente.

Ele examina as camadas lisas com carinho crescente depois de estar descendo várias quadras na rua, onde vizinhos arrumaram uma pequena celebração na interseção suburbana. Quando sua irmã lhe devolve o sorriso, ele decide que ama roxo mais ainda.

Ele observa os cilindros e quadros escuros descansando no asfalto, e eles compartilham olhares animados.

"Não chega muito perto," ele diz, e ela revira os olhos. Eles permanecem na grama recém-cortada do vizinho, escuridão se aconchegando ao redor deles enquanto as crianças e parentes locais formam uma pequena multidão.

Uma mulher que mora a duas portas dali passa por eles, gentilmente oferecendo pequenas bandeiras e colares com pingentes. Eles murmuram agradecimentos e colocam as joias de plástico em suas cabeças alegremente.

Dream gira a bandeira barata em sua mão, assistindo à aproximação dos meninos mais velhos aos fogos de artifício com ansiosa supervisão adulta. Ele se lembra de acender o fusível pela primeira vez quando criança, segurando o longo acendedor em seu pequeno aperto, com responsabilidade intensa em sua mente. Ele apreciou a ideia e ficou com medo, até na época, de ser queimado.

ondas de calor - dnf [ heat waves by tbhyourelame ]Where stories live. Discover now