PROLOGUE

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Dezesseis anos atrás, Olimpo

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Dezesseis anos atrás, Olimpo

SEGUNDO TODOS OS RELATOS SEU NASCIMENTO FOI UM ERRO. Foi um ano difícil de vários conflitos e perdas, além da Grande Profecia que se aproximava. E, Ártemis sabia disso, sabia que sua filha estava em perigo e de repente não sabia de mais nada. Nem disso, nem de mais nada, só que estava trazendo uma nova vida ao mundo.

" Aonde você está, Apolo ?" pensou a filha de Leto enquanto emanava o cheiro de sangue e fogo. Os gritos da deusa da caça ecoaram pelos corredores do Monte Olimpo, durante aquela longa e fria noite. As ninfas faziam o seu trabalho, elas entravam e saíam dos aposentos. Ártemis queria gritar, ela não queria nenhuma delas ali, muito menos Hera e Afrodite, ela não confiava em nenhuma delas.

Os gritos da deusa começaram a se acessar e em seu lugar sobressaem os gritos agudos do recém-nascido. Logo, a semideusa fora deitada sobre o peito suado de sua mãe, que finalmente viu-se verdadeiramente alegre, sentido as lágrimas de felicidade descerem por seu rosto cansado. Ártemis estava encantada com a imagem de sua primeira e única filha, admirando-a como se fosse o mais belo prêmio de uma das suas caçadas.

A criança tinha penetrantes olhos cinzentos prateados e a cabeça coberta por cabelos pretos. Dava a entender de que cresceria para virar uma cópia viva de sua mãe, e Ártemis não pode evitar sorrir com a possibilidade, imaginando que seu pai também adoraria saber disso. Zeus sempre teve um favoritismo pela sua filha com Leto, enfrentando até a fúria de Hera para que Ártemis e Apolo morassem com ele no Monte Olimpo.

Tal pensamento fez com que seu sorriso entristecesse levemente. A deusa não poderia ficar com a filha, muito menos levá para as caçadoras e o Acampamento Meio-Sangue, não era um lugar ideal para um bebê, estremeceu só de pensar. E, mandá-la para o pai mortal dela estava fora de cogitação, ele não poderia protegê-la de seus inimigos, não como Ártemis.

- Você é minha lua, minha Arabella - murmurou a deusa ao juntar as testa com à da criança. Deixando uma única lágrima escorrer de seus olhos dourados.

As portas do aposento se escancaram com um estrondo. E, apareceu um deus sorrindo, a observando ambas mãe e filha. Tudo parecia incerto nos últimos tempos, como se a profecia do Oráculo não bastasse, coisas antigas estavam voltando a se agitar, eles conseguiam sentir, mas o seu pai - o senhor do céu - Zeus, encerrou esse assunto rapidamente.

- Você sempre favoreceu as garotas. Não é mesmo, maninha ? - disse uma voz suave invadindo seus ouvidos. Ela abriu um pequeno sorriso nos lábios, não deixaria Apolo estragar aquele momento.

- Irmão - saudou Ártemis. - Venha conhecer a sua sobrinha.

Ele hesitou, só por um instante, Ártemis tinha quebrado o seu voto de castidade, e lá nos braços dela estava as consequências de suas ações. E, mesmo assim, Apolo não conseguiu deixar de sorrir, sua sobrinha tão parecia com a irmã. Era linda, simplesmente linda e indefesa. Ele estendeu a mão e gentilmente cutucou o pequeno punho com o dedo indicador. O deus do sol não tinha certeza do que achava que aconteceria, supôs que o bebê iria começar à chorar. Em vez disso, ela envolveu seus dedos minúsculos ao redor do dedo e apertou, surpreendente forte para alguém tão pequena e meio-sangue.

MOONLIGHT ⚡J. GRACEWhere stories live. Discover now