Capítulo 5

670 65 14
                                    

JIN ON


Primeiramente eu imaginei sim que a S/n ia ficar um pouco relutante com a minha proposta de casar, agora que ela ia desmaiar, isso eu definitivamente não esperava.

Se eu tivesse demorado mais um segundo S/n teria caído no chão da sala.

-S/n, acorda – digo tentando desperta-la.

Nós dois ainda estávamos no seu apartamento e a cada instante percebo o quanto mais quente ela fica. Ela está com febre.

- Droga – digo antes de pega-la em meus braços e sair do apartamento.

Descer as escadas foi o mais complicado, o prédio em si na minha opinião já deveria ter sido interditado, qualquer movimento brusco sinto que ele ruirá.

Quando saio do prédio, abro a porta do passageiro do meu carro e coloco S/n ali, a mesma está cada segundo mais pálida.

- S/n não ouse em me deixar agora está me ouvindo – digo em pânico.

Eu mau a encontrei, não posso perde-la, algo dentro de mim afirma que eu nunca me recuperaria se isso ocorresse. Eu havia escolhido a S/n para ser o meu novo começo, era isso que ela significava.

S/n é minha segunda chance, é o meu recomeço.

Não posso perde-la, a ideia de não estar com ela pelo restante dos meus dias já não era mais imaginável em minha mente. Mesmo ela não sabendo, ela já é a minha vida.

Pode até parecer estranho para as pessoas que vêm a situação de fora, ou até mesmo para a própria S/n, mas a verdade é que eu havia me segurado na ideia de construir com ela algo real.

S/n se tornou o meu bote salva vidas, ou a luz no final do túnel escuro na qual o término com a Hana havia me colocado.

Quem nunca se segurou em algo da sua imaginação para não sucumbir em meio a uma tristeza real?

Só que diferente da maioria, eu quero tornar a minha imaginação uma realidade, e para isso vou lutar até final dos meus dias.

Prendo o cinto de segurança nela e corro para o lado do motorista, ligo o carro e o GPS em busca do melhor hospital da cidade e percebo que ele se encontrava a 20 minutos da minha atual localização.

Dirijo o mais rápido que posso nas ruas alagadas da cidade, a chuva ainda era constante e o meu pânico também e quando finalmente avisto o Hospital entro com o carro direto na ala de emergência e passo a gritar por socorro.

Um grupo de médicos vem correndo e tiram S/n de dentro do carro, parece até que estou em uma daquelas cenas de cinema onde o homem acompanha os médicos levando a mocinha.

Fico ainda mais nervoso quando chega aquele momento em que os enfermeiros me barram. Mais nada posso fazer, a não ser sentar e esperar.

Permaneço na sala de espera por algumas horas, eu estava sozinho ali até o médico finalmente aparecer, o mesmo ficou chocado ao me reconhecer, todavia não falou nada sobre mim e sim sobre a S/n, o que eu definitivamente agradeço imensamente.

- Como ela está? – pergunto.

- Bem na medida do possível, a Senhorita S/n está com um quadro inicial de hipotermia e desnutrição, fora isso a pressão dela estava muito baixa, provavelmente decorrente de alguma emoção forte – informa o médico.

- Ela acordou? – pergunto.

- Sim, o senhor pode entrar para vê-la Senhor Kim – o médico afirma, e após começa a andar rumo a S/n e eu o sigo.

Em busca do RecomeçoWhere stories live. Discover now