CAPÍTULO 12

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Entrei no taxi sem olhar para trás, seguindo em direção ao aeroporto, eu deixava escapar uma lágrima de vez em quando.

Chegando ao aeroporto paguei o taxista e fui ao balcão de atendimento, visto que já estava na hora do meu vôo, mostrei meus documentos e peguei a passagem, já que tinha comprado pela internet.

Entreguei a passagem na hora do embarque e adentrei o avião.

Chegando no aeroporto, meu pai estava a minha espera, não pensei duas vezes e corri para abraça-lo enterrando meu rosto em seu peito e deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto.

-Filha, vamos para o carro por favor, lá nós conversamos...-Meu pai disse tentando não chorar.

-Vamos pai.-Eu disse enxugando as minhas lágrimas e indo para fora do aeroporto com meu pai.

Um tempo depois nós chegamos em um prédio

-Pai, não vamos para casa?-Eu perguntei.

-Não Lize, eu não consigo mas entrar lá..Entende?-Disse meu pai com os olhos lacrimejando.

-Tudo bem pai, eu entendo.-Eu disse o abraçando forte.

-Eu aluguei um apartamento, só por enquanto, vamos subir Lize, você tem que se arrumar.-Disse meu pai enxugando suas lágrimas.

Eu assenti e nós entramos no prédio, depois de subir cinco andares de elevador, nós chegamos no apartamento.

-Vá tomar um banho filha, eu vou te esperar aqui para nós irmos.-Meu pai disse se sentando em um pequeno sofá que se encontrava na varanda.

-Vamos aonde pai?-Eu perguntei.

-Para o velório Lize.-Meu pai disse com a cabeça baixa.

-Pai...-Eu tentei falar alguma coisa mas não consegui, simplismente não saiu.. Eu chorei, mais uma vez, e dessa vez eu tinha alguém para chorar comigo.

Abracei meu pai forte e ficamos assim por um bom tempo.

-Pai, eu vou tomar um banho e nós vamos ok?-Eu disse secando minhas lágrimas.

-Tudo bem Lize.-Meu pai respondeu.

Tomei um banho rápido e me vesti uma calça jeans e uma  t-shirt preta.

Cheguei na sala e meu pai estava cochilando no sofá, parece que ele não dormiu a noite toda, me aproximei e chamei ele com calma.

-Paai...pai acorda.-Eu disse sussurrando.

-Lize, já está pronta?-Meu pai perguntou se levantando.

-Estou pai, já podemos ir.-Eu disse prendendo o choro.

Nós descemos os cinco andares pelo elevador, chegando na recepção pude avistar alguns amigos da mamãe, alguns vizinhos nossos e para minha infelicidade os pais de Giovanni...

Já não era sofrimento o bastante?

Eu estava indo para o enterro de minha MÃE, e ainda tenho que lidar com a falta imensa que sinto dele.

Cumprimentei a todos e todos me olhavam com pena, era horrível a sensação de todos estarem com pena de você, todos te olhando como se fosse a coitadinha... Talvez eu fosse mesmo.

Fomos de carro até o cemitério onde seria o enterro, chegando lá me deu um frio na espinha.
Eu não quero entrar ali, mas eu tenho que fazê-lo.
Adentrei a capela onde velavam o corpo de minha mãe segurando na mão se meu pai.
E eu vi..eu vi o que eu não pensei que veria, minha mãe deitada dentro de um caixão, ela não me parecia morta parecia estar dormindo, sua expressão era serena e doce.

E eu cai...cai porque minhas pernas fraquejaram, as lágrimas caiam sem eu nem notar, eu não queria fazer nem um escândalo nem chamar atenção para mim,mas as pessoas me olhavam de um jeito que dava para ver que era isso que eles estavam pensando.

Me despedi da minha mãe com um nó cortando a minha garganta.
Meu pai achou melhor eu ir para o apartamento visto que eu não conseguia parar de chorar por um instante. Eu também não queria ficar ali por mais um minuto, então meu pai me colocou em um taxi.

-Filha eu já estou indo, tome a chave, coma algo e descanse.-Meu pai disse me entregando a chave do apartamento.

-Ok.-Eu disse sem expressar emoção alguma.

***

Chegando no apartamento tomei um banho demorado, lanchei e fui me deitar..

As lágrimas insistiam em cair, e eu estive pensando que eu não posso voltar para Londres, não posso deixar meu pai sozinho...

(********************)

Um mês depois.

As últimas semanas não tem sido fáceis, as vezes eu pego meu pai chorando sozinho em um canto, as vezes eu choro sozinha em meu quarto...

Mas de uns dias para cá o clima vem melhorando, hoje eu decidi levar meu pai ao supermercado, já que no apartamento não havia muita coisa para comermos.

-Então pai, já pensou na proposta que eu te fiz!?-Eu disse pegando leite condensado na prateleira.

-Lize eu disse que vou pensar...Você me perguntou isso a meia hora atrás.-Meu pai falou.

-Mas pai eu preciso voltar aos estudos.-Eu retruquei.

-Tudo bem Lize, nós vamos, mas tenho que procurar um apartamento lá.-Meu pai disse.

-Aleluia!-Eu falei revirando os olhos.

Nós pagamos as compras e fomos de volta para o apartamento.

Arrumei as compras e fui tomar um banho.

Saindo do banho peguei meu celular e haviam... 17 ligações perdidas??

Eu hein, número desconhecido...

Decidi ligar de volta, visto que deveria ser algo de muita importância.

(CHAMADA ON)

-Alô?

-Oi.

-Nick??

-Sim linda, sou eu..Como está?

-Estou melhor Nick..Que bom que ligou, preciso da sua ajuda.

-Da minha ajuda?? Que honra.

-É.. Conhece um tal de Luchino?

-É claro que conheço, eu estou atrás desse cara tem um bom tempo.

-Então...Eu também. E preciso que você me ajude a encontrá-lo.

-Com certeza linda, pode contar comigo! Quando volta!?

-Daqui a uma semana estou aí...Quando eu chegar te ligo e nos encontramos.

-Okay linda..

-Tchau Nick.

-Tchau Lize!

(CHAMADA OFF)

Oii, me desculpem pelo cap. super pequeno, não estou tendo tempo para escrever..
Posto outro o mais rápido que puder...
Beiijos de Luz..   ;)

Steal my girl [H.S]Where stories live. Discover now