Capítulo 33

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Jacaré narrando

Deus me livre se um sermão desse, achei que ia chegar na Karina e ia dormir tranquilão mas ela enfiou a Luíza aqui e não para de reclamar desde que a gente chegou, por pouco não deu na cara dela também, e a Luíza tava escutando tudo quietinha, tá?! Da sala só se escutava a voz da mandada dando surto no quarto.

Só vim pra cá pq não queria aparecer em casa por causa da diaba que reside lá, até pq queria nem olhar na cara da Karina por uns tempos, mina mandadona. Chamei ela pra lanchar namoral ontem e ela deu surto falando que eu achava que ela era cachorra e tudo, agora vcs vê? Custava a ter se arrumado e ido?

Karina saiu de lá junto com a Luíza que tava chorando até agora.

Lu: Valeu, Jacaré. -falou baixo e eu assenti-

- Tranquilo, da próxima eu não...

Karina: Não vai ter próxima, Jacaré. -me interrompeu nervosa- Vc se tiver, eu mesma deixo a Jaqueline deixar ela careca, pra ela aprender que quem não escuta amiga, escuta coitada.

Luíza só fui pro banheiro e se trancou, Karina veio sentar no sofá e respirou fundo passando a mão no rosto.

Karina: Cara... Obrigada! Sério mesmo, eu não sei nem como te agradecer. -me olhou-

- Parando de surtar comigo sem necessidade já é um bom começo. -falei sério- O que te custava ter saído comigo ontem?

Karina: Quando vc aprender a perguntar se eu quero ir ao invés de mandar eu me arrumar e ir, eu penso se saio com vc ou não. -estalei a língua-

- Palhaçada do caralho! A mesma coisa, mano.

Karina: "Quer ir lanchar cmg?" e "Se arruma e vamo" são duas frases muito diferentes. Consegue distinguir?

- Tu quer boiolagem, agora eu entendi!

Karina: Eu quero respeito, é diferente. -levantou indo pra cozinha-

Cara, essa mulher é confusa demais, quando tu acha que ela tá de boa lá vem ela com 7 pedras na mão pra te acertar. Perco a paciência com isso, papo reto!

- Ela vai ficar aqui?

Karina: Claro né, tenho que cuidar dela. -falou rude-

- Fala direito, porra, tô te dando o papo namoral!

Karina: Jacaré, me poupe, tô muito agradecida pelo o que vc fez por mim hoje mas não começa a encher o saco não.

Nem rebati, só levantei puto e fui embora pra não me estressar mais com ela, entrei no carro e imbiquei pra casa da minha mãe, já que se eu batesse de frente com a Raphaela também não ia prestar. Bati no portão e minha mãe logo veio atender.

Dani: Caiu da cama, vagabundo? -me fitou-

- Bom dia pra vc também, mãe. -falei entrando-

Me joguei no sofá respirando fundo.

Dani: O que foi? -cruzou os braços- Vc e Raphaela brigaram?

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