18. Oi, mãe...

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02/03

~Emily~

Um dia, mais um dia nessa desgraça de lugar, minha vontade de fugir é imensa. Não consegui dormir, passei a noite em claro, aposto que estou com olheiras fundas, eu estou péssima.

Desde que aquele rapaz me ajudou, ninguém mais entrou aqui, se não fosse pelo moletom que ele me deu, eu estaria morrendo de frio.

Levanto do colchão e ando pelo lugar, estou cheia de fome, faria muito bem uma boa comidinha da Sofia. Ai, tantas saudades dela, dos meus amigos, meu pai...

O céu está pouco nublado, a luz do sol está fraca, acho que há uma possibilidade de chover. O céu nublado condiz completamente com meus sentimentos, meus pensamentos, minhas emoções, tudo!

Eu só queria estar em casa...
Em meio a pensamentos e andando pelo lugar abandonado, alguém entra, entro em pânico. E se for aquele homem de novo?

Estou de costas para a pessoa, estou com medo de me virar mas arisco. Me viro lentamente e dou de cara uma um homem, não é o mesmo de ontem mas é um homem.

Grande, alto e musculoso. Ele está parado olhando para mim, estamos bem distantes, ele vem se aproximando. Congelo no momento, ele se aproxima e fica a mais ou menos dois metros de mim e fala.

- Terá uma "vista" hoje queridinha. - diz ele com seu tom frio. Meu coração dispara na hora. - Tragam ela!

Após ele gritar isso dois outros homens entram. Meu sangue gela quando vejo quem eles trazem. Como é possível? Quando? Onde? Ela não estava morta? Eu enterrei ela!

Ver eles entrando com minha mãe fez meu coração se apertar, minha respiração não é estável, era ela! Kátia estava viva!? Que porra é essa???

Lá estava ela, sendo segurada por aqueles homens, cada vez mais se aproximando de mim, aquilo estava me matando, ver aquela mulher de novo... Argh!

Em minha mente eu tinha enterrando minha mãe nos meu 14 anos, e ver ela... ali, vindo em minha direção, me matava por dentro, até que finalmente ela chega perto.

Ela olha nos meus olhos, está calada apenas olhando para mim com seu olhar sério pra mim.

- Aproveitem a vossa estadia... - diz um deles e vão embora.

Continuamos olhando nos olhos uma da outra, como se pudéssemos ler as mentes uma da outra, como se assim estivéssemos nos comunicando.

Ficamos um tempo assim, até que finalmente tomo coragem para pronunciar uma palavra...

- Oi, mãe...

~Yunny~

- Tenho uma ideia... - fala Brendon chamando nossa atenção. - Mas para isso precisamos do Tom!

- Quem é Tom? - pergunto tio Miguel. Eu e o pessoal nos entreolhamos. - Tá... o que mais eu perdi...

- Bom... er... tio, o Beckett está de volta... - falo.

- O quê? Aquele garoto voltou? Eu vou matar ele!

- Calma tio, eu vou contar tudo, é uma longa história, começou assim... - Troy conta tudo a ele.

We Turned It PossibleWhere stories live. Discover now