Capítulo 21

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Último dia de maratona

Pov Dakota

Três dias haviam se passado desde a noite da trepada sacana que tive com Jamie. Eu nem tive muito tempo para pensar sobre isso devido ao fato de minha filha estar triste de uma maneira que nenhum pai gosta de ver seu filho.

Jamie ainda não teve novidades com relação ao Eric e isso está me deixando agoniada.

O que será que está acontecendo?

Eliza não tem tido mais pesadelos, pelo menos não que eu tenha visto, mas seu semblante triste está de cortar o coração. Jamie tem feito de tudo para alegra-la, porém ele tem ficado frustrado ao não conseguir.

Eu queria saber o que realmente estava acontecendo para poder falar sobre isso com Eliza, porém Jamie não sabia de nada.

As coisas entre nós ficaram estranhas. Ele ficava me olhando, porém quando percebia que eu estava observando desviava o olhar. Ele estava mais estranho agora do que antes de transarmos. Eu sabia que as coisas iriam mudar depois que fizemos sexo eu só não imaginava que ele ficaria nesse estado.

Eu sei que nós dois precisávamos tirar essa tensão, mas não significa que eu ache legal a forma como estamos agora. Antes pelo menos podíamos colocar a culpa em todo o rolo que vivemos no passado, só que agora nós já sabemos tudo o que aconteceu. Não há a menor necessidade de ficarmos nos tratando feito dois estranhos. Eu sabia que era um baita erro me entregar ao desejo que estava sentindo e ainda assim eu cedi. Agora estou me sentindo péssima por deixado as coisas seguirem.

Mas afinal, não era isso o que eu queria?

Eu mesma disse que isso não voltaria a acontecer. Foi só tesão, nada além disso. Mesmo que eu não esteja mais parecendo o Homem-Aranha, eu ainda sinto o impulso de me jogar em cima dele. Eu sei que desde que Eliza acordou chorando naquele dia as coisas mudaram demais entre nós. Nosso maior foco tem sido manter Eliza distraída de sua dor. Nunca mais tivemos um momento sozinhos para conversar sobre nós.

Isso deveria ser bom. Depois de tudo o que falamos um ao outro colocar sexo na história seria um grande desastre. Todavia eu não consigo convencer ao meu corpo. Minha mente sabe o que é certo, mas meu corpo teimoso quer passar as mãos naquele monte de músculos que ele esconde debaixo daquela camisa.

Espanto meus pensamentos ao ver minha filha vir em minha direção.

— Mamãe, amanhã eu posso ir na cachoeira com o tio Jamie? — Me agacho para ficar em sua altura.

— Claro que pode, meu anjinho! Se amanhã estiver sol todos nós iremos lá, está bem? — Ela assente e me abraça com força.

— Eu sinto falta do papai! — Ela sussurra em meu ouvido.

Meu peito aperta.

— Eu sei, meu amor. Logo você vai vê-lo. — Minto, pois talvez seja a única maneira de fazer minha filha sorrir.

Minha tática não funciona. Ela me sorri sem humor e seus olhos enchem de lágrimas.

— Eu amo o meu papai! Não quero que ele fique sozinho. Ele fica triste e eu fico triste também.

Eu assinto, mas fico sem saber o que mais dizer a ela.

— Vamos colocar um sorriso nesse rosto. Se ficar triste o tio Jamie não vai levar a gente na cachoeira. — Ela respira fundo e tenta inutilmente colocar um sorriso no rosto.

Ela sai para a frente da cabana e eu sigo para a cozinha para fazer o jantar. Fico perdida em pensamentos quando sinto minha pele inteira arrepiar e eu sei que Jamie está me observando com aqueles olhos de predador que ele tem.

Obstinada Paixão (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora