George descansa uma mão no ombro de Dream. "Mas e agora?"

O toque faz cócegas mornas por sua camisa, espalhando-se em sua pele. "Ah, eu nunca quis algo como você."

"Algo como eu, hm?" George fala, e Dream sabe pela sua voz que ele sorri.

"É, você é convencido," ele brinca de leve, mão se erguendo para segurar os dedos de George, "e sorrateiro."

George aperta a palma de Dream em divertimento. "De que forma eu sou sorrateiro?"

Dream finalmente levanta o olhar para encontrar George, sua respiração ficando curta enquanto despenca na escuridão marrom intimidante. Os cantos do cômodo desaparecem em um borrão. Ele sente seu coração batendo nas paredes.

"Não importa o que eu faça," Dream diz, "você sempre me encontra aqui."

George não pisca. Sua voz é lenta e séria quando ele fala, "porque você tenta me alcançar."

A testa de Dream se franze. "...Eu tento?" Ele ergue a mão de George de seu ombro.

"O tempo todo," ele diz.

A gravidade os puxando até a cama rangendo oscila, por um momento.

"Não posso continuar te trazendo aqui." Um incêndio forte de impulso o faz levar a mão de George até seus lábios, e ele murmura uma confissão contra eles, "Isso vai me comer vivo."

O toque de George roça contra sua boca. Numa sinfonia de sentidos, o aperto fraco de Dream se realoca no pulso do castanho, enquanto ele pousa sua mão com carinho na tensão da mandíbula de Dream.

"Então deixe," George suspira.

Dream se inclina contra a palma gelada em sua bochecha. "Não."

Ele sente a presença de George se enroscar nele com beleza amaldiçoada. O ar quente que flui por sua garganta, as nebulosas estranhas no cobertor atrás deles, a cantoria entre sua pele e o toque de George.

É revigorante, e machuca, ao mesmo tempo.

"Do que você tem medo?" George pergunta.

Dream retira a mão dele de seu rosto, deixando-a cair no cobertor de galáxias. "Você sabe a resposta. Já estivemos na minha cabeça antes."

O cheiro da beira do mar e de bronze flutua até o quarto com a lembrança de florestas de palmeiras. Dream quer olhar ao redor rapidamente, quer checar as sombras na busca por seu reflexo ou suas roupas por respingos rubros.

George pega a mão de Dream, e a empurra até seu peito. Com a orientação silenciosa, ele espalha seus dedos no tecido escuro até que sente as batidas do coração de George na palma da mão.

"Ele não está aqui," George diz suavemente.

Um suspiro surpreso deixa os pulmões de Dream. O pulso de George flui com sangue quente e honestidade sob seu toque. Ele se sente vivo. Se sente real.

A pontas dos dedos de George viajam pelo comprimento exposto do antebraço de Dream, deixando uma trilha de nervos em brasas, antes de se enrolar na base de seu bíceps.

A destra de Dream se move devagar pelo peito de George, o dedão traçando sua clavícula. A bainha da camisa é macia onde roupas dão lugar à pele. Ele para em sua nuca, sentindo seus ombros subirem e descerem com cada respiração que se aprofundava.

"Ninguém mais está aqui," Dream reitera com confiança baixinha. Seus joelhos se encontram.

George puxa Dream para perto gentilmente. "Só a gente."

ondas de calor - dnf [ heat waves by tbhyourelame ]Where stories live. Discover now