Capítulo VII

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Existem noites providas de
um  silêncio  tão  sepulcral,
que  até  a  lua  cala  o uivo
dos lobos.

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O que eu sei sobre as lendas quileutes?

Tentei respirar fundo, para não perder a paciência e mandar Sam à merda. Como eu poderia pensar em lendas quileutes quando meu corpo tinha virado o de um animal e eu estava coberta de pelos?

Ouvi uma espécie de bufar vindo do lobo preto e senti os pelos das minhas costas se arrepiarem. Ada, por favor, preciso que você volte à forma humana para que Billy possa conversar melhor com você.

Ah, desculpe. É claro. Vou fazer isso agora mesmo. Mas só tem um detalhe, seu imbecil: EU NÃO SEI COMO VIRAR HUMANA OUTRA VEZ!

Sam riu. O lobo só emitiu um som muito estranho mas, na minha mente, eu pude ouvir seu riso com clareza. Tente se concentrar em sua forma original. Algo que te prenda como humana e não loba. Uma âncora emocional.

Uma âncora emocional? OK. Eu consigo fazer isso. Fecho os olhos, sentando sobre minhas patas – MINHAS PATAS! – e começo a pensar em coisas que gosto quando humana. Enquanto isso, ouço o som de patas e abro somente um olho, vendo Sam em sua forma humana outra vez, se juntando à Billy. Fecho os olhos mais uma vez, voltando meus pensamentos para tintas e telas. Eu gosto muito de pintar, não poderia fazer isso com patas de lobo. Respiro fundo outra vez. Comida. Porra, como eu gosto de comida. Eu não poderia comer um hambúrguer lotado de cheddar se fosse um lobo. Papai. O que papai diria se visse sua filha transformada em um lobo?

As coisas pareceram mudar outra vez. A atmosfera ficou densa por um momento e depois voltou ao normal. Meu corpo não estava tão pesado e, ao abrir os olhos, não vi nem patas e nem pelos marrom-café. Apenas mãos humanas e uma pele humana.

Deus, como eu gosto das minhas mãos. Abracei elas junto ao peito, fechando os olhos e agradecendo aos céus por estar de volta mas, rapidamente, arregalei os olhos vendo que estava nua, da forma que vim ao mundo.

Peladinha!

— O que aconteceu com as minhas roupas?! — Engasguei na pergunta, me abaixando para o chão e tentando cobrir o máximo de coisas que podia. Que vergonha, meu padrinho e um conhecido me vendo pelada!

— Bem, querida. Elas estão aí, mas não acho que poderá usar uma outra vez. — Billy diz, apontando para algo atrás de mim.

Virei os olhos na direção, vendo um monte de trapo de pano. Então esse era o som que ouvi. Gemi outra vez. Eu gostava daquele pijama.

𝐄𝐕𝐀𝐍𝐄𝐒𝐂𝐄𝐍𝐓, 𝑡𝑤𝑖𝑙𝑖𝑔𝘩𝑡Onde as histórias ganham vida. Descobre agora