Aprovados na U.A.

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A garota balançava a cabeça para os lados enquanto estralava os dedos da mão direita loucamente, já a esquerdaapenas se focava em mexer com o cubo negro cheio de mecanismos de relaxamento, tudo isso era pelo seu nervosismo e estresse. O cordão em seu pescoço balançava de um lado para o outro junto de seus cabelos longos de coloração ebana. Enquanto isso, o idoso de tapa-olho abria a carta com o símbolo da escola de Heróis "U.A.", a garota não contia o desespero em saber se leria ou não, então praticamente obrigou o seu avô a ler o que estava escrito.

– PASSOU!

– PASSEI!?– perguntou em lágrimas

– PASSOU!– Ele chorava de alegria e orgulho por sua netinha amada.

– PASSEI O PAU NA TUA CARA!



(...)

As mechas brancas estavam em seu rosto, se misturando com as pretas. Seus olhos lentamente iam da esquerda para a direita com muito medo do que poderia estar escrito lá, mas com calma ele terminou a sua leitura e fechou a carta, embora fosse um ano mais novo que os demais alunos ele havia sido aceito… um sorriso infantil se estampou em seu rosto… o aos 14 anos ele havia entrado na U.A….

–aiai...– Se levantou e começou a saltitar e rodar pelo quarto como se fosse um praticante de balé, sentindo seu coração palpitar e quase sair pela boca… porém acidentalmente ele chutou a parede e fez um um buraco nela– merda…. e agora Kay?

– Que barulho foi esse?– A mais velha perguntou da sala de estar.

– N-Nada!– Cobriu o buraco com uma estante.



(...)



Seu coração palpitava, lembrava do sentimento que tinha ao ficar junto de seu antigo amor, mas não chegava nem perto daquilo, mesmo assim lágrimas caíam por seu rosto enquanto um enorme sorriso se formava na pele branca como a neve.

Ele rabiscava em seu caderno a letra "N", a página do objeto já estava lotada dessa letra, que era desenhada com tanta força que marcava as outras páginas abaixo.

– Espero que você sinta orgulho de mim...– Virou seus olhos para o 3DS e começou a jogar Mario 64.



(...)

A carta aberta estava em cima de sua cama enquanto loucamente o ruivo fazia flexões, levantava seu corpo e logo em seguida ele batia palmas, apenas pelo desafio que fez para si mesmo, mas novamente ele caiu de cara no chão.

– Como eu vou ser um herói foda se nem posso fazer mais de 6? – Com raiva ele usou sua individualidade, assim ficando mais rápido, mas em menos de 15 segundos ele caiu no chão novamente, enquanto suas veias ficaram negras em seus braços e antebraços– Peitos… Peitinhos… Peitões..

– TUDO BEM AÍ?– O mais velho entrou no quarto e viu a cena mais estranha da sua vida… seu filho largado no chão babando e sorrindo com o rosto vermelho.

– Peitos… Peitinhos… Peitões...– Lentamente o mais velho fechou a porta e foi embora.



(...)

Preparado para mais um ano, o garoto de cabelos brancos arrepiados se olhava no espelho, acabara de acordar de uma "soneca da tarde" como ele chamava e sentia seu rosto formigando. Seus olhos tomavam um aspecto estranho no espelho sempre que ele usava a sua individualidade, e isso o causava uma leve tontura. O pequeno quase-adulto foi em direção ao sofá e se jogou nele, pretendendo dormir por mais algumas horas.

U.A. BrasilWhere stories live. Discover now