Capítulo 20 - A Explosão de Luz

392 70 63
                                    

Todos os personagens estão unidos agora.

Todos acabaram estranhamente por ir parar aquele lugar obscuro e que guarda muitos segredos, muitos dos quais eles ainda não deram conta.

Muitos dos segredos podem acabar por magoar, prejudicar ou matar cada um deles de maneiras inimagináveis.

Os personagens poderão se aperceber e evitar a sua morte ou irão perceber quando for tarde demais. Poderão não morrer todos, mas irá haver sacrifícios...

A confiança conquista-se através de atos e palavras. Mas quem diz as palavras e pratica os atos pode apenas ser um bom ator.

A pessoa ou o grupo de pessoas em quem confias poderá te trair ou apenas tirar o proveito que quer de ti.

Por vezes os que aparentemente são mais vulneráveis, são aqueles que te poderão fazer cair mais facilmente.

Por vezes os cordeiros mansos são os que governam os lobos.

Se percebeste o que está escrito, poderás ter o início do final... O primeiro passo para o final da história.

-----------------------------------------------------------

Chegando à escola, Kate, Tommy, Jin e Bethany conheceram Amon e os outros. A Naomi não, pois ainda estava inconsciente.

Ao início assustaram-se com a sua aparência, mas Peter e John acalmaram-nos.

— Eles são quem nos estão a ajudar a sair deste lugar. Eles sabem como abrir um portal - disse Peter.

Os outros concordaram.

— Desta vez vamos nos separar em pares - disse John - A Kate e o Tommy vão procurar a pedra com o anel na floresta e eu e o Peter vamos para a cidade. A Bethany e a Naomi ficam a cuidado do Jin e do Amon. O que acham?

— Porque não? - disse Tommy.

Assim ficou acordado.

Antes de eles partirem, Amon avisou:

— Quando pegarem o anel, têm de vir para cá imediatamente. Este lugar saberá que vocês têm os ingredientes e iram mandar todas as criaturas vos caçar.

Kate olhou para Tommy assustada.

— Espero que o anel esteja perto - ela disse.

Após isso, Kate e Tommy dirigiram-se para a floresta e, enquanto isso, John e Peter foram para o sentido contrário.

Já na floresta, Kate reparou que Tommy estava demasiado calado e pensativo.

— O que se passa? - perguntou Kate preocupada.

— Eu espero não ser nada... - ele respondeu.

— Tommy, tu podes confiar em mim. Acho que já passámos por muita coisa juntos para te preocupares em se me contas algo ou não - ela disse.

— Aqueles humanos sem olhos. Não confio neles - disse Tommy por fim.

— O Peter parece ser bastante inteligente... E ele confia neles - ela respondeu.

— Eu acho que ele e o John estão cegos pela esperança de sair daqui. E não posso julgá-los por isso - respondeu Tommy.

— Porque não confias neles? - perguntou Kate confusa.

— Até podem dizer muita coisa que é verdade, mas ninguém lhes fez uma pergunta: Porque nos estão a ajudar? - ele disse olhando para Kate - Nenhum de nós, nem mesmo o Peter ou o John, lhes deu alguma coisa em troca.

— Estás a querer dizer que pode não ser desta que saímos daqui? - perguntou Kate aparentemente desapontada.

— KATE! - ele gritou, fazendo com que ela se assustasse - É PIOR QUE ISSO! NÃO SABEMOS OS PLANOS DELES! PODEMOS MORRER DEPOIS DE CONSEGUIRMOS O QUE ELES QUEREM.

— Não precisas ser assim... - ela respondeu acelerando o passo.

Tommy acelerou o passo para a acompanhar.

— Desculpa - ele disse - Não devia ter gritado.

Ela parou de andar.

— Eu só quero sair daqui - ela disse começando a chorar.

Tommy abraçou-a quando viu a primeira lágrima.

— Não sabemos se eu estou certo, Kate. Posso ser só eu que tenho dificuldade em confiar nas pessoas - ele disse.

— Pela primeira vez eu quero que estejas errado - ela respondeu com os olhos avermelhados do choro.

Tommy afastou-a do abraço e olhou-a nos olhos, frente a frente.

— Mesmo que esteja certo, eu vou fazer o possível para nos manter a salvo - disse Tommy - Isso eu prometo-te.

— Obrigada - ela respondeu forçando um sorriso.

— Vamos continuar a procurar? - perguntou Tommy.

Kate não respondeu e ficou a fitar o chão por uns segundos antes de falar.

— Porque é que és tão boa pessoa comigo? - ela perguntou.

— Nunca me deste motivo para não ser - ele respondeu.

Ela aproximou-se dele.

— Deve ser terrível carregares a responsabilidade de cuidar de ti mesmo e de outra pessoa - ela disse.

— Foi o que eu prometi a mim mesmo. Eu iria te proteger até o meu último suspiro - respondeu Tommy.

— Obrigada - ela disse sorrindo.

Dito isto, aproximou-se ainda mais dele e beijou-o nos lábios.

Ele correspondeu, porém a meio do beijo, surgiu um barulho de uma explosão.

Ambos olharam para trás e poderam reparar, entre as árvores numa luz branca.

Essa luz era muito forte e tinha como fonte um lugar a uns quilómetros dali.

O Dia em que o Sol não voltou [CONCLUÍDO] Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon