A Mente Bélica

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Logo quando retornamos à Torre, tirei meu capacete e fui a passos largos ao encontro de Ikora, pensando em tudo o que aconteceu e principalmente no que poderia acontecer. Eu precisava de mais força, mais luz. Algo que me salvasse nas horas mais difíceis, quando eu estivesse cercada de tantos inimigos que eu nem pudesse contar, ou quando estivesse sem munição, ou simplesmente ferida demais para continuar. Esse poder seria meu último golpe na batalha, para encerrá-la de uma vez por todas!

Na sala tudo parecia como antes. Cada um com os seus afazeres, centrados e silenciosos. Fui procurar minha mentora.

— Senhora. — eu não sabia exatamente como iniciar essa conversa.

— Ikora — Fantasma se pronunciou. — Encontramos a Colmeia no Cosmódromo, trancafiada pelos Decaídos. Eliminamos todos, com muita dificuldade — olhou para mim. Cayde e Zavala já prestavam atenção. — Mas acreditamos que haja outros locais. Estão vindo da Lua.

— Que beleza hein? — disse Cayde.

— Vou solicitar que mais Guardiões investiguem outras áreas. — emendou Zavala.

— Vamos lidar com isso. —concluiu Ikora. Ela ia se retirar quando chamei sua atenção.

— Preciso de treinamento. — seu olhar retornou e eu prossegui. — Eu morri lá, e sei que isso não chega nem perto do que está por vir. Preciso adquirir mais poder.

— Você já tem todo o poder que precisa, falta saber como usá-lo. — disse ela, como uma voz firme e serena. — Sei como se sente. Vai superar isso. — confesso que fiquei aliviada por ouvir. — Venha comigo, Guardiã.

Eu e Ikora andávamos lado a lado. Estávamos atravessando a Praça da Torre e indo para alguma parte interna, e inferior. Pela tensão que eu sentia em mim mesma, havia um certo silêncio.

Só que não.

— Guardiã, há uma Luz em você da qual a Treva não pode se esconder. Somente Guardiões têm o dom da Luz do Viajante: a habilidade de canalizar energias para projetar um vasto poder no mundo. Mesmo sem um esquadrão, Guardiões são máquinas radiantes de destruição. Estas habilidades são natas, mas Guardiões aperfeiçoam o poder de formas diferentes. Titãs entendem a Luz como uma força a ser aprimorada através de treino e rígida disciplina. Caçadores viajam e exploram para aprender, utilizando métodos perigosos para sobreviver ao desconhecido. Arcanos estudam a Luz e seus mecanismos, confrontando mistérios inimagináveis na busca de um poder transcendente. Neste pequeno início, deverá sentir um pequeno impulso, para que sinta e use a sua Luz a seu favor. Logo, conseguirá desenvolver suas próprias habilidades. Começa como uma granada, que seu Fantasma já deve ter te orientado.

— Eu criei a granada?

— Sim, é uma habilidade. E pra você foi tão natural usá-la que não percebeu o uso da Luz nesse meio.

Meu olhar se perdeu em vastos pensamentos. O autocontrole então determinaria o meu nível de poder?

— Existem três caminhos os quais você pode seguir. O do Andarilho do Vácuo, o do Heliomante, e o do Condutor da Tempestade. Todos distintos e altamente destrutivos. Características únicas para situações diversas. Vai depender apenas de você.

— Pode me falar um pouco sobre?

— O Viajante veio do vácuo que cerca todas as coisas. Assim, sabemos que o vácuo é cheio de poder. Então, entramos sem medo. Mentes pequenas chamarão as suas habilidades de blasfêmia. Elas lhe compararão às abomináveis Feiticeiras da Colmeia. Mas você não será contida. Dotada da Luz do Viajante e armada com os segredos da física de uma era perdida, você despedaçará a realidade. Você temerá nada, e nada não lhe temerá. Esse é o caminho do Andarilho do Vácuo.

A Luz de KhivaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora