Capítulo 21 : Quanto tempo até sua rendição a mim?

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Adam Craig

Deitados na cama de bordo com dossel, Adam dividia o espaço com Lena. Embora fosse o café da manhã para eles, era o horário de almoço para o resto do mundo, pois o sol ganhava força entre as nuvens densas e pesadas no céu. Adam devorava seu yakissoba, reposto em uma vasilha e requentado no micro-ondas da sala dos funcionários. Os seus olhos encaravam-na, apreciando cada mastigada de Lena; que se deliciava — divertidamente — com o sorvete.

— Então você gosta de doces, hã? — Perguntou Adam, após terminar a refeição, fitando-a a todo instante. Abraçando os próprios joelhos, ele dirigiu a ela um amplo sorriso (meio bobo) e questionou-a outra vez. — Algo mais que eu precise saber?

Lena mordeu o lábio, mas foi impossível de conter a risada.

— Para que você quer saber coisas sobre mim?

— Coisas? Não..., curiosidades. Eu quero saber curiosidades.

— Por quê?

Emoções variadas dominaram o lindo rosto de Adam Craig.

— Ué, é simples. Porque quando sairmos daqui, eu precisarei caprichar no nosso primeiro encontro. E para isto, é necessário que eu tenha o máximo de curiosidades coletadas sobre você.

As bochechas de Lena coraram. Ela fitou Adam, ignorando a colher diante de si (com uma generosa porção de sorvete na conchinha do talher de plástico).

— Adam... — Lena choramingou, em um melancólico sinal para que ele parasse com as incessantes investidas.

— Ora, ora. O que aconteceu com os seus modos? Se não quiser sair comigo, tudo bem. Não forçarei a barra. Mas desde que estamos presos aqui, só sabemos o nome um do outro. Estudamos há anos na mesma escola, mas isto, claramente, não significa nada. Então, se pararmos para pensar, ainda não fomos devidamente apresentados. — Adam sentou na cama e bateu no colchão, indicando que Lena levantasse e se sentasse ao lado dele. Quando teve sua vontade obedecida, ele iniciou as formalidades: — Meu nome é Adam Wright Craig. Mas uso apenas o último sobrenome, o da minha mãe. Wright é, obviamente, do meu pai. E eu não quero algum vínculo com ele. — Para a sua total surpresa, Lena olhava-o com uma disposição genuína. — Ele traiu a minha mãe, e casou-se com a amante logo em seguida. — Ele revirou os olhos, e colocou os pés para fora da cama; apoiando-os no chão. — Minha cor preferida é azul, por incrível que pareça odeio meus olhos e, sou viciado em mulheres.

— Odeia os seus olhos? — Indagou Lena, surpresa, como se de todas as informações ditas, ela tivesse absorvido apenas aquilo. Afinal, os olhos de Adam era a parte que mais admirava no jovem.

— Eles me aproximam, e lembram-me, de meu pai. — Confessou o garoto.

Lena penteou os cabelos com os dedos, deixando o potinho do sorvete de lado. Ela tentou imaginar uma versão mais velha de Adam, e conseguiu. Lena segurou um suspiro ao vislumbrar, mentalmente, um homem tão lindo quanto o jovem em sua frente.

As molas do colchão se estalaram quando Adam deitou-se de costas, trazendo de volta os pés para em cima da cama.

— Ande! É a sua vez.

Lena não respondeu.

— Estou esperando. — Reclamou ele, após segundos.

Adam deu um sorriso leve, antes de esticar o braço e apertar a cintura de Lena; provocando-lhe cócegas.

— Esperando o quê? — Perguntou ela, intrigada. Afastando-se dos dedos travessos do rapaz.

A Série Stay With Me: Next To You (Livro 1)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora