A Série Stay With Me: Next To You (Livro 1)

Capítulo 7: Na mira do gigante

Adam Craig

⌚ Tardíssimo demais ⌚

10:01 a.m.

O cheiro da saliva dominava todo seu — ai meu Deus — corpo de deus grego. Adam prometera tomar banho assim que chegasse à mansão dos Craigs. As duas garotas de programa da cidade de Silverstone haviam lhe dado trabalho na noite anterior, mas conseguira dar conta do recado e o resultado fora uma das melhores noites de sua vida. A esta altura, nem lembrava mais de Selena.

Adam acelerou o carro e quinze minutos depois a estação Floomstones apresentou falhas. — Ótimo. Fooootlose! — disse ele, adentrando os limites territoriais de Birmingham.

Diferente da cidade de Silverstone, as nuvens pareciam mais carregadas em Birmingham; e o céu estava escuro como se fosse noite. O milharal, em ambas as beiradas da rodovia, balançava de um lado para o outro — como se as raízes fossem desprender-se do chão. E estranhamente, ao tentar sintonizar com alguma das duas estações permitidas localmente, Adam percebeu que ambas não davam sinal.

A forte brisa parecia não estar só afetando as vastas plantações pertencentes ao fazendeiro, e homem mais rico da vila, Carl Stuart. O próprio carro de Adam não aguentava a ventania. Ele tinha a impressão que o automóvel tombaria para o lado a qualquer momento, e de que estava sendo, pouco a pouco, arrastado para fora do asfalto.

Adam tentou, novamente, achar as rádios 98.2 e 99.9, mas nada aconteceu. Apenas chiados dominavam os alto-falantes. Mas, em certo momento, até os chuviscos sonoros foram embora; entregando o ambiente ao absoluto silêncio.

Uma brisa quente tornou-se presente dentro do automóvel. O que era, absurdamente, estranho; já que as janelas estavam fechadas e o aquecedor desligado. Só tinha uma explicação lógica, a ventania de fora estava entrando no carro por meio das tubulações usadas pelo sistema de ar.

— Mas que merda é...

Olhando a sua volta, sem perder a atenção na estrada à frente, que por sinal estava deserta, Adam reparou em algo. Algo enooorme. A sua esquerda, beeem longe, mas visível, uma nuvem no céu era fonte e portal de um tufão de ar em formato cônico, cuja extremidade mais fina tocava o solo. Rodeado por uma névoa de pó e outras partículas, o fenômeno concentrava-se bem no meio do milharal.

— Droga! — Exclamou Adam, ligando os pontos e entendendo o que, realmente, estava acontecendo.

Birmingham estava sendo devastada por uma espécie de tornado. Beeem, ele não saberia afirmar se aquilo era um tornado. Física nunca fora seu forte. Mas tinha a certeza que o fenômeno era nocivo à saúde, e se não apertasse o pé no acelerador... pois bem, tornaria-se sua vítima.