smells like teen spirit

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aviso: safadezas markhyuck, se n gosta n leia

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– Eles estão aqui – Mark sussurrou no ouvido do outro Lee que tinha o corpo grudado no seu, de costas.
Mesmo que baixo, conseguia ouvir a conversa que Taeyong e outro cara tinham do lado de fora.
– Eu tenho certeza que foi aquele tailandês de merda que pegou a chave! – Taeyong exclamava irritado.
– Fala mais baixo, Tae – o outro pedia, quase que sussurrando – Mas por que ele viria aqui e deixaria aberto?
– Não sei, Jaehyun – Taeyong suspirou, parecendo frustrado – Mas quando eu pegar aquele viado maldito ele vai ver só.
– Amanhã você pensa nisso – se ouviu um estalo baixo, um provável beijo – Vamos para casa. Tô com sono.
Taeyong pareceu concordar e logo o lugar ficou silencioso novamente.
– Eles já foram – Donghyuck falou, fazendo menção de se afastar para sair.
– Ainda podem estar lá – Mark falou em seu ouvido, o segurando pela cintura contra o corpo – Espera.
Donghyuck suspirou nervoso, sentir Mark tão próximo de si o deixava nervoso e confuso, e o Lee parecia se divertir bastante com isso.
– E qual é o seu plano? – perguntou, sentindo um arrepio percorrer a espinha ao ter a respiração morna de Mark tão próxima da nuca.
– Acho que é uma boa hora pra receber sua recompensa.
Estava escuro e Donghyuck sentia o coração tamborilar no peito. Tanto pelo medo de serem descobertos quanto pelo nervosismo ao ter Mark tão perto. Por razão disso levou um susto ao sentir a língua do mais velho percorrer seu pescoço como se experimentasse um doce.
Mark sempre tinha a boca ocupada, mas infelizmente os pirulitos de cereja e os cigarros haviam acabado. Tinha certeza que Donghyuck era o melhor substituto que poderiam ter.
– Não precisa ter medo, Hyuck – sussurrou, enlaçando melhor os braços ao redor da cintura do outro e ficando de frente para ele – Eu já falei que só mordo se você deixar.
Donghyuck riu soprado, sentindo o rosto esquentar.
– Você tem minha permissão, hyung.
Mark sorriu e encostou o outro contra a parede ao fundo do armário. Se aproximou e mordiscou o lóbulo alheio, ouvindo Donghyuck suspirar alto pela ansiedade. Ainda se sentia um pouco receoso, mas as mãos de Mark pareciam lhe transmitir certa calmaria e segurança.
– Finalmente um momento onde não seremos interrompidos – Mark falou em um sussurro rouco, levando os lábios até o pescoço do Lee e descendo as mãos até o quadril do mesmo.
Donghyuck apoiou ambas as mãos na cintura fina do mais velho, fechando os olhos e entreabrindo a boca ao receber beijos úmidos por toda a região do pescoço e maxilar.
Mordeu os lábios, aproveitando a sensação boa que era ter Mark lhe proporcionando aquelas carícias. Era tão prazeroso que poderia explodir.
Logo não se conteve e aproximou a boca do pescoço alheio, fazia algum tempo que tinha curiosidade em fazer aquilo, ainda mais no pescoço alvo e repleto de veias do Lee mais velho. Respirou fundo. Além do perfume masculino, cheirava a adolescência, problemas não resolvidos e adrenalina. Deixou um selar curto, seguido de um forte chupão, sentindo a pele quente e inebriante preencher sua boca.
Mark riu e afastou o rosto, ainda o prendendo contra a parede.
– Você sabe que isso vai ficar marcado, não sabe? – perguntou, passando a mão no recente chupão que já tinha uma coloração avermelhada.
– Desculpe, mas você não parece tão chateado assim, hyung.
– Ah, eu estou tão bravo que poderia punir você, Hyuck. Mas… eu prometi uma recompensa, não é?
Mark se aproximou de novo, guiando os selares curtos até os lábios cheinhos do mais novo, beijando-os com vontade como queria ter feito antes.
Beijou superficialmente de início, mantendo os olhos abertos para ver a expressão de puro desejo de Donghyuck, este que logo cansou daqueles toques calmos, puxando o mais velho pela cintura e adentrando com a língua em sua boca. Mark se surpreendeu com o ato, sorrindo em meio ao beijo, mas sem cessa-lo. Donghyuck não era tão inocente quanto pensava, afinal.
Mark levou a mão até a cabeleira avermelhada do outro, puxando os fios com certa força e fazendo o mais novo grunhir em meio ao beijo que se tornava cada vez mais intenso. Sorriu quando o garoto emitiu outro grunhido ao ter a nádega esquerda apertada sem dó pela sua mão livre. Queria ouvir muito mais de Donghyuck. Escutar seus gemidinhos finos e entonados era tão bom quanto beija-lo.
Mark direcionou a mão que estava em sua coxa até o cinto de Donghyuck, desafivelando-o rapidamente enquanto prosseguia o beijo fervoroso, descontando todo aquele deseja guardado de outrora.
Antes que pudesse abrir o zíper da calça, Donghyuck o impediu, segurando sua mão e cessando o ósculo.
– Perai caralho, por que você tá abrindo minha calça?
– Sério isso? – Mark riu, voltando a desabotoar a calça com calma – Pra ver a marca da sua cueca, Hyuck – debochou.
– É que… eu nunca fiz nada disso, Mark...
– Então relaxa e aproveita.
Donghyuck suspirou nervosamente antes de Mark voltar a beija-lo de forma sensual e calma, o fazendo realmente começar a relaxar. Se sentia ansioso, afinal nunca havia passado de alguns beijinhos bobos. Mark era insano, fazia um ato tão simples parecer algo de imensa proporção. O fazia se sentir no limite da sanidade, levitando em um escuro desconhecido e prazeroso.
Mark adentrou com a mão na calça do garoto, atravessando a camada de tecido da cueca e finalmente chegando ao destino. Desceu a mão com calma, sentindo a temperatura quente da pele até então confinada no interior da roupa apertada. Passeou com os dígitos pela região, sentindo alguns pelos pubianos e afagando a pele superficialmente.
Segurou-o firmemente, fazendo movimentos de vai e vem lentos enquanto apoiava o rosto no ombro de Donghyuck, deixando sua boca livre.
Em apenas um toque, o garoto já estava se contorcendo e gemendo contidamente, pela primeira vez experimentando aquela sensação tão boa que Mark estava lhe proporcionando.
Mark apertou mais a mão e acelerou os movimentos, fazendo um gemido alto escapar dos lábios entreabertos do menor e se deliciando ao ouví-lo. Sorriu em meio aos beijos que distribuía pelo seu pescoço, movendo a mão cada vez mais rápido e sentindo a própria calça ficar mais apertada.
Amava aquele poder, aquele controle que tinha sobre Donghyuck. Amava saber que era o primeiro a fazer Donghyuck gemer alto, a fazer seu corpo tremer de prazer, o primeiro a toca-lo e fazê-lo se desmanchar completamente em sua mão.
Mark recolheu o braço, vendo Donghyuck apoiar a cabeça em seu ombro, esgotado. Estava ofegante, tentando controlar a respiração tão rápida quanto seus batimentos.
Levantou a cabeça, já tendo controlado a respiração, e beijou os lábios de Mark, sentindo toda a energia voltar aos poucos.
Mark o fazia sentir como se tudo fosse perfeito. E mesmo que aquele garoto que agora beijava depois de uma punheta fudida fosse cheio de problemas, sentia como se pudesse ser tudo com ele. Como se pudessem fazer as próprias regras, a própria história. Como se pudessem por abaixo aquele mundo de hipocrisia, cheio de ratos com fome de dinheiro e status. Se sentia feliz por descobrir a si mesmo e mais ainda por fazer aquilo junto de Mark.
– Sua boca é tão gostosa, Hyuck – Mark falou, cessando o beijo, mas o ainda roçando os lábios contra os semelhantes – Queria sentir muito mais dela…
– Talvez depois, hyung – sussurrou no ouvido de Mark, fazendo-o morder o lábio inferior – Eu…
Donghyuck ficou em silêncio antes de conseguir formular as palavras. Fazia algum tempo que queria tratar de certo assunto com Mark. Estando ali sozinho com ele parecia uma boa hora, afinal não teria outra oportunidade se a missão desse errado. Engoliu em seco e baixou o rosto enquanto fechava novamente a calça.
– Você o que?
– Eu queria saber uma coisa sobre Minhyung… – falou, olhando de soslaio para Mark e vendo sua expressão ficar séria ao citar o nome do irmão.
Ele não falou nada, apenas concordou com a cabeça e olhou para o mais novo, como se pedisse para continuar, de repente todo aquele tesão que sentia se esvaiu como uma nuvem de fumaça na chuva.
– Ten me contou que foi Taeyong quem fez os desenhos… e não Minhyung. Ele falou que você não acreditou quando Minhyung lhe falou, mas que é verdade. É verdade, Mark.
– Espera… o que? — Mark se virou para Donghyuck, uma expressão confusa tomando suas feições. Era muita informação depois de uma punheta – Mas…
Mark apoiou as costas na parede, deslizando e sentando no chão. Os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça baixa.
– Eu não acredito nisso – balbuciou, cerrando os punhos até a pele ficar branca pela pressão das unhas.
Donghyuck também se abaixou, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, ouviu-se um barulho de passos do lado de fora e os dois ficaram em completo silêncio.
O som de passos aumentou e os dois garotos ficaram em alerta, ainda abaixados.
Pela fresta do armário puderam ver que alguém se aproximou perigosamente do armário. Podiam quase que sentir a respiração da pessoa entrar pelo pequeno vão.
Se fossem pegos, tanto por Taeyong quanto pelos guardas da escola, a missão estaria acabada e Mark temia que não pudessem po-la em prática nunca mais, até porque se descobrissem as bombas tudo estaria acabado. Dois adolescentes escondendo bombas de grande potência, isso com certeza seria um problema grave e de proporções imensuráveis.
– Eu sei que vocês estão aí – ouviram a voz do outro lado dizer antes da porta ser brutalmente aberta.
Mark engoliu em seco e sentiu Donghyuck apertar sua mão. Estava tudo perdido.

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número de palavras: 1588

cool kids | markhyuckOnde as histórias ganham vida. Descobre agora