57. bait

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Gabriella narrando.

Abri meus olhos devagar, não veio nenhuma claridade, apenas escuridão. As coisas foram ganhando formas. Olhei em volta e não vi ninguém. Estava no meio da mata, deitada numa rede. Senti meu braço latejar, minhas costas pediam conforto. Me levantei sem fazer barulho, mas estava sendo vigiada.
Gabriella: Pixote - murmurei. Estremeci quando ele sorriu.
Pixote: Como sabe quem sou eu? - perguntou vindo na minha direção.
Gabriella: Eu já vi você antes
Pixote: Ah, é mesmo né? - Parou e ficou me observando. - Na festa junina do morro do seu pai
Assenti. Ele continuou me olhando e isso me incomodou.
Gabriella: O que eu to fazendo aqui? O que você quer? - perguntei de uma vez.
Ele soltou uma risada fria, que teria dado medo até na Manu.
Pixote: Quero uma coisa que o Polegar tem, e me pertence. Sei que ele não vai me dar fácil, então tirei a coisa mais preciosa dele: Você! - Sorriu. - Vamos ver se ele não me entrega até o cair da noite!
Gabriella: E se ele não entregar? - desafiei.
Ele me encarou com aquele olhar penetrante.
Pixote: Eu mato você! - Deu risada e eu tremi. - Agora chega de conversa, vem comigo. - Fiquei parada. - Cara, eu não to afim de te machucar, to vendo seu braço quebrado. Não sou tão ruim quanto pareço - Revirou os olhos. - Então seja boazinha e vem. Colabora comigo! - Continuei parada, ele fez cara feia. - To falando sério, vem logo! Não to afim de machucar você. Você é só a isca, entendeu? Agora vem!
Respirei fundo. Não tinha opção, então comecei a andar. Ele esperou eu passar e veio andando atrás de mim.
O que vai acontecer?

Mulher de Traficante (TEMP 2) COMPLETAWhere stories live. Discover now