Mulher de Traficante (TEMP 2) COMPLETA

33.

Me soltei do Pietro aos poucos quando percebi alguém cutucando ele. Olhei e era o PH. Me afastei e fui abraçar a Babi, deitei a cabeça no ombro dela enquanto via eles conversando. O PH sussurrou alguma coisa e o Pietro me olhou preocupado.
Larissa: O que foi?
Polegar: É a Manu e o Matheus... - levantei a cabeça na hora.
Gabriella: O que aconteceu com a minha amiga? Cadê ela? - perguntei. Parecia que a bebida tinha saído de todo meu corpo.
Polegar: Vamos! Kelly chama as outras meninas, encontro com vocês lá fora em dois minutos - ela assentiu e saiu andando, Babi me abraçou de novo e fomos saindo. A Lari veio atrás com o Pietro. Saímos da quadra e eu me sentei na calçada, lembrei da primeira noite aqui, me sentei aqui da mesma forma. Sorri comigo mesma, mas logo o sorriso se desfez com a preocupação que eu tava pela Manu. As meninas saíram e nós fomos andando... Até o Hospital!
Gabriella: O que tá acontecendo?
Polegar: Calma, amor, você já vai saber - me abraçou pela cintura e me conduziu pra dentro do hospital. Entramos direto e a Manu tava sentada num corredor com o Guga. A Camila tava um pouco distante, e tava machucada. Olhei pra Manu e ela tinha alguns curativos, o Guga também. Ela me viu e levantou.
Gabriella: Ai meu Deus! - corri e abracei ela com todas as forças. - O que aconteceu? Você tá bem?
Manuella: Calma, Gabi, eu to bem - nos soltamos.
Gabriella: O que aconteceu?
Manuella: Vou contar - ela sentou e eu sentei do lado dela. - O Guga saiu atrás da Camila - apontou pra Camila atrás dela e ela se aproximou. - Eu fui atrás, descobri que ela tava atrás dele há um tempo, nós discutimos e eu dei um tapa nela. Depois o Menor chegou e ajudou o Guga a me controlar. Depois - ela engoliu em seco e respirou fundo. - O Pixote apareceu, com o... Carlos - ao ouvir aquele nome eu estremeci, achei que nunca mais ia ouvir. - Então ele ia atirar em mim, pra atingir você, e se atingir você atinge todos! O Menor se jogou na frente, e o tiro foi nele - contou. Fiquei em silêncio por alguns momentos enquanto ouvia as meninas murmurarem coisas que não consegui entender. - Por sorte não foi grave, ele foi pra cirurgia já tá saindo - se encostou no Guga e ele abraçou ela.
Camila: Não queria que isso acontecesse
Manuella: A culpa não é sua, não - falou sem vontade e fechou os olhos. Carlos. Ele sempre trazia um problema com ele. Apoiei os cotovelos nos joelhos e apoiei a cabeça nas mãos. Por que? Por que ele voltou? Por que estava aqui? Por que sempre tinha que arranjar um problema? Respirei fundo e a Agatha sentou do meu lado me abraçando, deitei a cabeça no ombro dela.
Agatha: Tá tudo bem, não deixo ele chegar perto de você! - sussurrou. Não posso e não vou deixar ele entrar na minha vida de novo. Ele era problema, trazia problema, arranjava problema. Carlos se resume a problema. Eu tava tão bem... E aí ele volta pra estragar. O médico amigo do meu pai apareceu após alguns minutos.
Jorge: O Matheus está bem, tá no quarto se quiserem entrar - gesticulou pro quarto e saiu. Respirei fundo, ele tá bem, que bom. Não ia me perdoar se ele morresse por causa do Carlos.
Guga: Vai lá, Polegar - incentivou. Pietro revirou os olhos, mas acabou indo. Depois foi a Manu, e agradeceu aposto. Depois a Camila entrou, ela tava se sentindo culpada, dava pra ver isso no rosto dela. Até a Agatha entrou. E aí chegou a minha vez.

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Foto da mídia: Gabriel Bitencourt (Gasolina)