Na noite seguinte o telemóvel de Harry não parava de tocar e olhando para o ecrã do mesmo ele apenas via o nome do Zayn lá inscrito. Ele não parava de lhe ligar e Harry nem sequer sabia porque não estava a atender as chamadas do amigo. Desde a noite anterior que ele ainda não tinha falado com Zayn, tinha passado aquele dia a tentar estudar para os exames que estavam próximos. Porém, não tinha passado disso mesmo, de tentativas quase todas elas falhadas. A droga consumida na noite anterior tinha deixado, como ele já sabia, a suas consequências e Harry mentalmente ficava com vontade de bater a si próprio, contudo, nem isso fazia com que o rapaz prometesse a ele mesmo que aquela tinha sido a última vez que tinha consumido droga. Ele não gostava de fazer promessas que sabia que não ia cumprir.
- O que é que queres? – Harry perguntou quando se decidiu a atender uma das milhares de chamadas de Zayn. O outro era muito teimoso e não ia parar enquanto não recebesse uma resposta, por isso mais valia atender de uma vez por todas e acabar com aquilo.
- Harry... Estás chateado comigo? – o rapaz perguntou e Harry quase podia imaginar a cara de cachorrinho abandonado que Zayn deveria de estar a fazer naquele exato momento.
- Não, claro que não. – ele disse enquanto fitava o seu rosto no enorme espelho que havia numa das paredes do seu quarto.
- Então porque é que passaste o dia inteiro a ignorar as minhas chamadas? – o outro procurou saber.
- Apenas estava ocupado, tenho de estudar. Foi apenas por isso Zayn, eu não estou chateado contigo. – e não estava mesmo, não tinha motivos para tal, na verdade. A noite passada era para esquecer, visto que Harry nem sequer estava no seu estado normal. Quer dizer, ele nem se lembrava direito do que tinha feito, apenas tinha alguns vislumbres que eram suficientes para ele se conseguir situar.
- Queres sair agora à noite? – o outro perguntou.
- Hoje não posso, desculpa. Já tenho umas coisas para fazer...
- Que coisas? – Zayn perguntou, tal como o rapaz de olhos verdes estava a prever.
- Nada demais, apenas umas coisas. – ele encolheu os ombros como se isso fosse visível aos olhos do outro. – Olha eu tenho de desligar agora, depois falamos. – ele nem deu tempo a Zayn de se despedir ou de dizer mais alguma coisa pois no instante seguinte a chamada já tinha sido desligada e o seu iPhone já tinha sido enfiado no bolso das calças que ele tinha vestidas.
Já não era muito cedo quando Harry saiu de casa e tentou fazê-lo sem fazer muito barulho, para não ser visto pelos pais. Ele sabia que eles não se importariam de ele sair de casa, porém o rapaz preferia que eles ficassem na ignorância. Ele saiu para a rua e entrou no seu carro que estava estacionado em frente da casa. Quando tinha conseguido acordar e sentir-se minimamente bem ele tinha ido buscar o carro à praia onde tinha estado na noite anterior e onde o automóvel tinha ficado até ao dia de hoje.
As ruas escuras eram apenas iluminadas pelos candeeiros que se encontravam nos passeios que ladeavam a estrada por onde Harry estava a passar. A sua mente era assolada por uma infinidade de pensamentos mas como nenhum deles agradava ao rapaz, ele tentava afastar todos eles, mesmo que isso se mostrasse mais complicado do que era suposto.
Ele parou por fim o carro quando chegou ao sítio do costume, já começava a conhecer aquelas ruas e becos demasiado bem, e sinceramente ele nem sabia se isso era algo bom ou mau. Talvez fosse mau. Depois de trancar o carro, Harry apressou-se a caminhar pelas ruas, sendo o barulho dos seus sapatos a bater no pavimento o único barulho que naquele momento chegava aos seus ouvidos, que estavam atentos a todos os barulhos. Assim como os seus olhos, que estavam mais abertos que o normal, de maneira a não deixar que nada lhe escapasse. Ele não queria ser outra vez surpreendido por Louis, como tinha acontecido na outra noite, portanto hoje a sua atenção era redobrada.
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Criminal || larry
FanfictionLouis sempre lidou com o Mundo corrompido em que vive, a violência, a corrupção, a manipulação, a desigualdade, a falsidade, sempre estiveram presentes na sua vida. Contudo, ele desde muito cedo foi habituado a lutar contra tudo isto, crescendo e lu...