Capitulo 65.

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Paola.👸🏽
Dois meses depois.

Acordei com o bofe em cima de mim né? Achei super estranho, até por causa de quê ele tinha dito que ia acordar cedo pra resolver umas coisas.

Só que quando me dei conta, sentir ele queimando de febre e todo jogado por cima de mim. Aí cara, que isso hein??? Dormindo e roncando muito, altíssimo!

Fiquei nervosa, tava na cara que tava doente, ele nunca falta um compromisso desse aí não, ainda mais que foi me padrasto que pediu né???

Paola: Vida??? — apertei ele.— Amor, acorda!!!

Tava todo enrolado, dos pés a cabeça, pô. Só a pontinha do cabelo pra fora, e olha que o ar estava desligado hein?? E nem frio tava fazendo, cara.

Ele nem se mexeu, aí já fui olhando pra ver se tava respirando né kkkkkk bate logo maluquice na cabaça, aiii, Deus me livre. Mas tava, e até demais. Tanto que estava roncando.

Paola: Amor, tá sentindo alguma coisa? Você tá morrendo de febre, cara.— puxei ele.— Nicolas, responde!

Farrat: Coé cara... Tô mal. Dor de cabeça do caralho, pô.

Paola: Você tá queimando, amor! — falei preocupada.— Tá com frio, ne?

Farrat: Tô mermo... Chama sua mãe lá, chama lá. Pede um remédio pra ela pô.

Pior que minha mãe nem tava em casa, tendeu? Tinha saído cedíssimo e só voltava mais tarde. Então tive que me virar pô, mandei mensagem pra ela e ela me passou uns remédio pra eu comprar.

Fui na farmácia voando, tanto que quase cair da moto! Carro veio com tudo pra cima de mim, ainda me xingou o filha da puta... Mas eu tava com pressa, e nem dei ligancia. Coitado, não sabe com quem tá falando!

Cheguei em casa o bofe na mesma posição, aí, me deu uma dó... Me lembrei do ocorrido lá, quando ele levou os tiros. Dá logo um aperto no peito, pô. Mesmo sabendo que não é nada demais, tremo na base.

Dei os remédios, aí levei ele pro chuveiro pra tomar um banho. Se levou dos pés a cabeça, sabe? Com água fria, como minha mae pediu.

Pedi a moça que trabalha aqui em casa pra fazer uma sopa pra ele, apesar de esta de dia né, não pensei em mais nadaaaaa.

Paola: Aí cara, isso é a cachaça que você tomou ontem com seus amigos! Aí, te avisei.

Tinha saído ontem, aniversário de um amigo. Me perturbou horrores pra ir, mas eu tinha que estuda pra prova, então não fui né? Aí chegou aqui em casa bêbado, se caindo.

Farrat: Manda mensagem pro patrão aí, pô! Diz que to mal, vou poder recolher o bagulho lá não.

Revirei os olhos, aí, odeio! Não gosto nem de lembrar as coisas erradas que o Nicolas faz. Tanto que toda vez que estamos juntos, imploro pra ela vim desarmado, mas ele sempre trás né? Diz que é pra segurança. Mas faço de tudo pra esquecer que ele mexe com essas coisas.

Fiz o que ele pediu, por causa de quê o bofe não aguentava nem pegar no telefone! Ele tava mal mesmo, real. Tanto que depois dormiu de novo, e só acordou quando minha mãe chegou pra medir a febre dele.

[...]

Horas se passaram, e o Nicolas já estava melhor! Porém, eu e minha mãe não deixamos ele sair né? Chovendo abeça, e o bofe com história de fazer pagamento! Eu hein, que o meu padrasto procure outra pessoa, ué.

Farrat: Coé cara... Patrão nem tá me respondendo! Deve tá puto.— falou nervoso.— Marquei como, de ir na pista com ele hoje mané, resolver uns bagulho! Coé, patrão deve tá como, bolado comigo.

Paula: Tá nada garoto... Ele sumiu do zap! Falei com ele hoje cedo e nada também. Deve tá ocupado.— falou entregando o prato.— Come aí, fiz uma comidinha leve pra você.

Minha mãe mina muito esse genro dela, vive dizendo que é o filho que ela não teve. Fico besta com isso, papo reto. As vezes mima mais ele, do que eu.

Estávamos sentados na sala vendo um filme. Vó do Nicolas tinha vindo aqui ver ele, tentou até levar, só que minha mãe não deixou kkkkk foi uma briga cara, fiquei de cara. Faltou uma puxar ele de um lado e a outra do outro.

Mas no fim, ela deixou ele ficar! Disse que era só por causa de quê minha mãe é formada em enfermagem, se não ia levar o neto dela pra cuidar, rs. Agora tá aqui me enchendo de mensagens e receitas de remédio caseiro. Aí, muito mimado.

Farrat: Faz um carinho aí pô, tô doente!

Paola: Aí cara, que chatice... Grudou na minha o dia todo né? Nem banho tomei direito.— falei rindo.— Deita aqui, mo!

Farrat: Caralho, tú é mó grossa né filha da puta? Que isso mané, fico bolado contigo!— neguei rindo.— Quero ver como, quando nós for morar junto... Tú vai ter que me dá carinho todo dia.

Paola: Se manca!

Ficou em uma pertubação né? É minha mãe só olhando de canto e dando risada. Aiai, passo mal... Bofe mesmo doente fica me perturbando com a essa história de morar junto.

Podemos até morar um dia, quando ele largar o crime. Já falei várias vezes que não nasci pra ser casada com bandido. Se ele largar, eu movo montanhas pra ficar com ele. Só basta ele querer e se ajudar né?

Não pago cadeia não, mas se ele for lá, se entregar de livre e espontânea vontade quem sabe né? Mas em outras circunstâncias, jamais.

Enfim, estava maior paz até que o celular desse infeliz começou a tocar. No início, eu não quero que ele atendesse, mas já sabe né? Ainda olhou pra tela com um olhar assustado né? Como se não esperasse a ligação.

Farrat: Salve paizão, qual foi da tua? Aconteceu algum bagulho pô? Tu como, não é de me ligar assim... Solta voz!

Bofe começou a falar, e o Nicolas calado, ouvindo... Até que teve uma hora que vi o olhar dele mudar completamente em um semblante sério e sei lá, acho que minha mãe sentiu que não era algo bom, e logo levantou já pedindo pra ele falar.

Eu sentir um aperto quando vi o Nicolas desligando o telefone e olhando para não duas, com um olhar entristecido. Coisa que papo reto, nunca vi ele.

Paula: Nicolas??? O que houve, garoto? — falou nervosa.— Fala cara, fala! Olha como eu tô pô? Me tremendo toda! É alguma coisa com meu marido?

Farrat: Coé cara... Coé... Tô nem acreditando.— abaixou a cabeça.— Que isso, parceiro. Mataram o patrão pô, encontraram o carro dele lá, fuziladasso na pista. Paizão ligou aqui, ninguém sobreviveu não.

Destino Implacável.Where stories live. Discover now