Capítulo 02.

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Capítulo 02.
Nicolas| Farrat.🥷🏾

Dez anos depois...
Complexo da Penha, Rio de Janeiro.

Diablo: Tô contigo e não largo, NC. Mas como, não dá pra ficar abraçando essas paradas aí não! Tu sabe que esse bagulho pode me foder legal, menor.

Farrat: Tô ciente chefe, mas papo reto, não vou parar o que tenho pra fazer não! Dediquei minha vida a esse bagulho aí. Tu tá mais do que ligado que pra mim ou é vida ou morte.

Tava no maior desenrolo com o Diablo, o chefe daqui. O cara me abraçou desde o momento que eu quis fechar, me deu vários conselhos, vários ensinamentos e papo reto, sou eternamente grato a ele no bagulho! É o pai que eu nunca tive, sem neurose.

Desde que meu avô morreu, eu nunca mais fui o mesmo, tá ligado? Ainda lembro daquela cena todos os dias, não dá pra esquecer não parceiro... Bagulho me corrói por dentro, fico puto e acaba que quando bate essas neuroses eu meto os pés pelas mãos e acabo fazendo merda!

Tiraram a vida do homem que eu mais admirava no mundo! De quem largou tudo, por amor a minha vó, e pra ajudar ela a me criar. Depois de tanto tempo, dez anos, eu ainda não superei e ainda não conseguir me vingar de todos que estavam lá naquele dia.

Papo reto mesmo, só ódio parceiro! Um ódio que parece que cada dia vem crescendo mais e cada vez a cede de vingança piora e eu não consigo ter paz nem pra colocar a cabeça no travesseiro. Só quem já passou por esse bagulho aí, sabe. Não dá pra esquecer não! Não dá pra fingir que nada aconteceu... Era meu avô, porra! Meu pai de criação.

Entrei no crime com uma meta só, fazer muito dinheiro pra conseguir me vingar de geral que estava lá naquele dia. Ainda tenho os rostos gravados em minha memória, e porra, nunca vou esquecer! Principalmente o filha da puta que atirou. Ele vai ser o que mais eu vou foder! Vou deixar irreconhecível menor, vai ser de caixão fechado, papo é reto.

Conversei mais uma cota com o Diablo, o desenrolado era sobre eu ter matado um PM em um assalto que fiz lá na pista. Chefe como, sabe por causa de quê eu fechei no crime. Eu falei tudo, deixei bem claro pra ele que minha intenção era matar geral que tava naquela operação naquele dia, mas como, ele tá com medo do bagulho respingar nele né? Tá certinho ele... Até entendo pô, mas não vou parar. Eu tinha quinze anos, mas o pensamento não mudou.

Por aqui como, tô de gerente! Dizer que eu não curto essa parada, eu tô mentindo. Começo, eu era um nada... Sabia nem atirar. Foi foda, mas o Diablo me ensinou tudo que eu sei. Mano como, já foi do exército, então é muito bem aplicado de sabe desenrolar várias paradas. Tudo que eu sei, aprendi com ele mesmo.

Meti o pé pra casa, sol tava dando moca. Cumprimentei algumas pessoas na rua, mas só acenando a cabeça mermo... Sou muito de ficar de ideinha não, papo reto, sou muito fechado!  

Quando entrei na rua da minha casa, a Ágatha me cortou parando na minha frente. Quase que passo com a moto por cima dela, papo reto.

Ágatha: Eai, conseguiu??? Você sabe que tô precisando disso pra ontem, Nicolas.— me parou.— Coé cara, vai ajudar sua prima não?

Farrat: Pô cara, tu é foda mané...— coloquei a mão no bolso.— Última vez hein porra? Nós é bom mas não é bom bom.

Ágatha é minha prima pô, meu fechamento. Garota é filha da puta, perturba a mente de vagabundo legal. Entrou em uma onda de vender bagulho roubado, agora tá aí desesperada! Sei não, pô, sei mais o que eu faço com essa garota não, papo reto.

Ela é o oposto da irmã, menor. Inara é como, sábia. Desde de menorzinha sonhava em ter o salão dela, e eu sempre ajudei. Pagava bagulho de curso, e os caralhos. Até dei uma moral quando ela abriu o studio dela pô. Mas a Ágatha não, só vive de mancada... Nunca vi.

Dei a meta dessa vez pra ela não ficar perturbando, mas eu já dei o papo de que na próxima não vai ter mais. Coé??? Nunca precisei ficar pedindo dinheiro a ninguém não! Por causa de quê ela não procurar trabalhar? Tomar no cú, rapá. Fico bolado com isso!

Cheguei na base tava minha vó e Inara no sofá. Falei com as duas e depois fui para o quarto tomar uma ducha. Maior calor do caralho, se eu não fosse foragido, ia piar na praia baludão pô. Mas não quero ficar agarrado não. Pelo menos não agora, tendeu?

Inara: Nicolas, você deu dinheiro pra Ágatha? — confirmei.— Não tô acreditando, cara! Por isso ela é assim... Você, minha vó, o Yuri. Todos fazendo as vontades daquela sem vergonha! Que ódio, na moral.

Farrat: Coé cara, fica na moral. Eu não fiz nada, só dei o que ela pediu.

Inara: Você sabe pra que, não sabe? — neguei cima cabeça.— Para apostar, garoto! Ela tá viciada nesse bagulho de aposta.

Farrat: E o que tem, pô? Yuri não faz essas paradas também?

Inara: A diferença é que o Yuri aposta em bagulho certo, tem influência, faz bolo... Ágatha não entende nada. Vai perder tudo!

Neguei com a cabeça, que merda parceiro! Já basta o tanto de problema que tenho na minha vida, tenho eu lidar com o dos outros??? Se fuder pra lá, parceiro. Mãe e pai não educa e eu que tenho que educar??? Que isso, e olha que somos praticamente da mesma idade.

Sempre foi assim, pô. Cresci em uma família grande, independente de ter tido pai ou não, tenho uma família do caralho que aos trancos e barrancos sempre foi unida. Faço tudo por eles, na moral mesmo...

Conversei com a Inara, falei que era pra ela ficar na paz que eu ia conversar com a Ágatha.
Mas como, já sei que ela não vai ficar não, ali é praticamente mãe dos irmãos, faz tudo por eles. Aí fica nessa né? Batendo maior cabeça e enchendo a minha também. Pô cara, família é foda mermo. Mas não troco a minha por nada nesse mundão aí. São tudo pra mim, papo reto!

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Destino Implacável.Where stories live. Discover now